Vampiros entre humanos (yaoi)

Nova vida.

Rúben, o pequeno vampiro e humano, nasceu de uma humana. Seu pai era um vampiro, chamado Tony. E sua mãe era uma humana, chamada Eva. Tony e Eva se conheceram na faculdade, tiveram um relacionamento comum. Amizade, depois namoro, depois casamento, filhos...
Apesar de naquela época os humanos e os vampiros ainda terem relações boas, nunca aconteceu dessa relação pular para algo como um amor. Eva e Tony foram os primeiros.
Quando tiveram o pequeno Rúben, foi revelado a possível verdade sobre existir vampiros metade humanos. Era apenas ter um filho, como Tony e Eva, ou um vampiro dar uma mordida de amor verdadeiro, algo que não havia acontecido ainda naquela época.

Depois que os humanos se revoltaram contra os vampiros, o pai de Rúben fora morto por humanos. A mãe, Eva, ficará tão triste que cometeu suicídio, deixando Rúben sozinho, que agora já era jovem, tinha 20 anos. Foi ele quem dera vida ao livro explicando sobre metade humano e vampiro. Quando terminara de escrever, se suicidara como a mãe. Depois da morte de Rúben, nunca mais surgiu um outro humano metade vampiro na história.

- Toma logo. - disse James, pela milésima vez.

- Não consigo. - coloquei a garrafa com sangue sobre a mesa. - Eu sou um pouco humano ainda, não significa que tenho que beber sangue.

- De acordo com o livro, você tem que beber sangue, apenas não bebe sangue de humanos. Mas de animais sim.

Encarei a garrafa com sangue, que, de acordo com James, era sangue de ovelha.

- Vai logo, sangue de ovelha é um dos melhores.

- Você é um vampiro!

- Você também é, em partes.

- Mas...

- Beba!

Peguei a garrafa mais uma vez, abria, e, encarei todo o sangue de lá dentro. Fechei os olhos com tanta força que parecia que nunca mais queria abrir eles de novo. E, bebi. O gosto não era ruim, não era aquele gosto horrível de ferro que geralmente sentimos, quando somos crianças e nos machucamos e insistimos em beber o próprio sangue como "que gosto tem?"
Era bom, um líquido doce. Quando abri os olhos, bebi como se fosse minha bebida favorita - suco de morango - e deixei a garrafa vazia, o que acabou com a minha fome.

- Pronto. - sussurrei.

Escutei James soltar uma gargalhada.

- Parece que você gostou. - pegou a garrafa vazia das minhas mãos. - Quer mais?

- Não.

- Olha. - suspirou fundo. - Eu sei que está sendo difícil pra você, bem, você é um humano, então...

- Eu sempre quis ser um vampiro.

- Eu sei. - disse, parecia estar com a cabeça em outro lugar.

Acho que ele ainda se lembra do dia que eu pedi para que ele me transformasse em um vampiro, e então chorou, com medo de me perder.

- Mas eu sou apenas metade disso, e é complicado. - admiti. - como isso funciona?

- Eu não sei, só existiu uma pessoa assim. - disse. - E agora você.

- Eu sou a segunda.

- É, a segunda. - fez uma pequena pausa. - De qualquer jeito, não precisa se preocupar, só temos que seguir o livro.