chapter 7

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//millie\\

Eu não acredito. Aquele viado me deixou aqui sozinha na merda do escuro.
Pra todos os lados que eu olhava, tava escuro. Começou a me dar desespero, não por causa do escuro, mas por causa do que poderia ter nele. Tirei meu celular do bolso, e liguei a lanterna; era só grama que eu conseguia ver, quando eu apontava pra trás eu via a porteira, pros lados eu só via grama e pra frente eu via a estradinha de terra que descia até a casa, e mais grama.

-- WOLFHAAAAARD - comecei a gritar, tentando chamá-lo.

Repeti o ato umas 10 vezes, mas como ele não voltou, resolvi ir descendo, seguindo a estradinha. Fui indo devagar pra ir vendo por onde andava, mas tentei ir o mais rápido possível. A pé, aquilo parecia nunca ter fim, e eu estava ficando nervosa.

esse filho duma égua, se não tá sendo grosso e mal humorado uma hora, na outra ele tá bancando o engraçadão - pensei, bufando.

//finn\\

Ouvir a millie gritando meu nome lá do além era muito bom. ela gritava como se tivesse desesperada, mas estacionei o carro calmamente e depois fui abrindo a casa. Esse sítio é do meu tio que mal vem pra cá, mas ele me deu uma chave, então eu acabo vindo aqui mais que ele.
Como eu quero aproveitar meu bom humor, vou irritar a Millie. Resolvi ir buscá-la, mas a pé mesmo. Liguei a lanterna do meu celular, e subi o que seria a descida da millie correndo, pra chegar rápido.

Uns 5 minutos depois, a vi de longe, seguindo a estradinha olhando pro chão, com a lanterna do celular acesa. Apaguei minha lanterna pra Millie não me perceber, e dei a volta e consegui ir atrás dela, e eu mal conseguia enxergar. Me aproximei e fui atrás dela, mas ela começou a ouvir o barulho dos meus passos na grama e bem nesse momento eu a assustei.

-- HA - gritei alto assim que ela se virou pra direção que o som dos meus passos vinham, e a mesma levou um baita susto.

-- AAAAAAA - ela gritou, me deixando quase surdo, escorregando e caindo no chão no exato momento, derrubando o celular e comecei a gargalhar.

-- calma, sou eu - falei rindo, e ofereci minha mão pra ela levantar. A mesma olhou pra mim com uma cara brava, pegou seu celular, pegou minha mão e levantou, bufando.

-- seu corno, VOCÊ ACHA QUE É QUEM PRA ME LARGAR ESCURO NO MEIO NO MEIO DO MATO HEIN - ela gritou, e comecei a rir mais ainda. Ela se irritou comigo rindo, e me deu um tapa no braço - foram quase 15 minutos dando só eu descendo essa MERDA, e você vem me assusta? - ela continuou brava

-- nossa se acalma milliezinha, foi só uma brincadeira - falei rindo, e realmente, irritá-la virou meu hobby - vai me dizer que você não gostou - falei provocando.

-- não, eu odiei. E não foi engraçado - ela disse bufando.

-- ah é?? - provoquei ela e a mesma debochou de mim - então faz favor de subir nas minhas costas - falei plenamente.

-- como é?? Nem ferrando, você vai me derrubar, sei que vai - ela falou rindo, e tentei convencê-la.

-- lógico que não vou, confia em mim vai - falei rindo.

-- porque eu deveria confiar em você sendo que você me largou aqui, huh?

-- eu tava só zuando aquela hora - dei um empurrãozinho nela - vamo logo, para de frescura, nem vou correr - falei.

-- tá bom, só não me derrubar - ela disse, enquanto colocava seu celular no bolso e puxava sua calça pra cima. ela fez um coque bagunçado com as mãos, e agachei pra ela subir. A mesma deu um pulo e a agarrei pelas coxas.

xanny » fillie !Where stories live. Discover now