O interrogatório

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Estava caminhando até a sala de interrogatório, quando ouvi Styles chamando por mim

- Emma, espera! - Ele estava ofegante

- Oi, Styles.

- O que vai fazer?

- Interrogar o Barnes. - Respondi como se fosse óbvio

-O quê? Por quê? Como? O diretor autorizou?

- STYLES! - O repreendi

- Vai me falar o que está acontecendo?

- Confia em mim. Okay?

- Que droga, Emma.. - Me conhecendo tão bem como ele, Styles já previa que eu faria alguma besteira

- Até logo! - virei e comecei a caminhar pelo longo corredor

Segui até a sala, deixando Styles para trás, que ainda me olhava confuso e preocupado.

Abri a porta e ele estava lá, com a cabeça baixa e os cabelos caídos em seu rosto.

- Já disse que não vou falar nada!!! - ele gritou enfurecido

- O-oi, sou eu. Agente Emma Schmidt. - me aproximei com cautela

Barnes levantou o olhar e me encarou com desconfiança.

- Você outra vez? - perguntou, com um olhar de desconfiança

- Sim. Só quero informações. Soldado Barnes, quem é o mandante dos seus assassinatos? E por quê queria matar nosso diretor?

- Você não vai arrancar nada de mim.
- Foi então que meu dispositivo vibrou. Obrigada, Matt!

- Okay, o áudio foi cortado. Somos só eu e você agora. - Barnes me olhou confuso

- Quem é você, soldado? Quem realmente é. E por quê não me machucou?

- Não ataco mulheres. A não ser que me ataquem. - Ele permanecia sério

- Algo me diz que você não é esse monstro que todos falam que é.

- Não sou? Você quer minha lista de assassinatos por ordem alfabética? - Olhei assustada.

- Você nem sempre foi o soldado invernal. Como se tornou isso?

Barnes se deu por vencido, e vendo que eu não iria desistir...

- Hidra

- Hidra?

- Sou a marionete deles. Eles brincam com minha mente, apagam minhas memórias. Eles tem o controle da minha vida. Sou um assassino perfeito! - Ele forçou um sorriso, mas eu vi que ele estava triste.

Meu dispositivo vibrava mais uma vez. Sem imagens!

- Barnes, quero ajudá-lo.

- Como pretende fazer isso?

- Eu vou ajudá-lo a sair daqui! Mas com uma condição.

- E qual seria?

- Você vai me prometer que não vai matar ninguém, e que vai me dizer absolutamente tudo que eu preciso saber.

- Sou um assassino. Tudo o que eu faço é matar! 

- Sei que não é bem assim. Você mesmo disse que tem uma tal de hidro.

- É hidra 

- Que seja! Toma. - Entreguei um papel com meu endereço. - Se não tiver lugar para ficar.

- Confia mesmo em mim? - Ele parecia incrédulo

- Não. Mas eu posso correr o risco.

- Como vou saber que não é uma armadilha?

- Você já está preso, não está? Por quê eu arriscaria minha vida e meu emprego só pra fazer uma armadilha, e a troco de quê? - Barnes assentiu.

Entreguei a chave das algemas e saí da sala dando a última olhada para ele. Que estava observando suas mãos algemadas.

- Agente!!! - Droga, droga, droga!

- Oi diretor. - Tentei parecer o mais calma possível.

- E aí, como foi?

- Ele não disse nada que eu já não soubesse. Desculpe. - Tentei fingir uma expressão de decepção

Christopher me olhou desconfiado, mas me liberou.

Eu não acredito que acabei de mentir para o diretor do FBI

Eu precisava contar isso pra alguém. Mas ao mesmo tempo não queria envolver ninguém nisso.

Segui pelos corredores tentando achar o Styles, quando de repente uma luz vermelha começa a piscar por todo lugar emitindo um som de sirene.

- Alerta vermelho, Alerta vermelho! O soldado invernal fugiu da sala de interrogatório. Todos os agentes dirigam-se a saída.

Soldado InvernalWhere stories live. Discover now