TRÊS

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Não ia postar hoje pq o dia tá meio corrido mas eu tô muito empolgada com essa história (espero que vocês também!) Por favor comenteeeem e votem pra me ajudar! Receber o feedbeck de vcs importa muito! Nesse cap tem fogo no parquinho hehehehe
Boa leitura xuxus. ♡
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Livia Mitchell

- Protetor solar, óculos de sol... Acho que pegamos tudo. Vamos, já sinto o cheiro das carnes na churrasqueira. - Disse Natalie fazendo uma lista mental nas mãos. Antes que eu pudesse responder ouvimos a voz do meu irmão que acabara de chegar e fui atropelada pela Natalie correndo para a janela com o intuito de observá-lo. David e Antony sempre gostaram muito do meu irmão e o elogiavam constantemente por seu trabalho.

- Bonitinho mas ordinário... - Natalie suspirou e eu não pude evitar rir.

- Está bem, está bem. Eu falo com ele ainda hoje. Mas se você quebrar a cara lembre-se de que eu avisei! - Natalie mais uma vez me atropela, dessa vez com um abraço muito animado.

Passamos pela sala chegando na área externa. Os três pares de olhos caíram sobre nós. Antony abriu seu sorriso de tio protetor, enquanto Bryan comia Natie com os olhos. Eca. Mas então, o terceiro par de olhos caiu sobre mim. David subiu seus olhos por mim na mesma intensidade que seu rosto ficava vermelho.

Três anos se passaram desde a última vez que estivemos todos naquela mesma área externa, e muita coisa em mim mudou. Entrei pra academia, engordei uns quilinhos e posso dizer que nunca estive tão confortável com o meu corpo. Mas ele... ele sempre fora monumental.

Seu corpo era maravilhoso. Músculos definidos, era alto e um pouco forte. Ele não era como esses galãs de filme que parecem que passam todos os dias da semana dentro de uma academia. Ele era perfeito. Tinha uma pose de durão, mas era tão doce e envergonhado as vezes que parecia um menino.

No meio da nossa troca de olhares Antony me observava analisando cada detalhe na minha expressão, o que me fez rapidamente desviar o olhar na tentativa de disfarçar. Acho que mal sucedida, pois pude notar cochichos entre ele e David.

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David Collins

Assim que Livia pôs os pés no gramado da área externa o meu coração disparou. Ela estava linda, usava um biquini preto que ressaltava sua pele. Seus lábios eram avermelhados como os de quem acabou de sair de um beijo daqueles. Ela sorria para algo que Natalie disse e eu simplesmente derreti. Ela sempre fora linda assim? Senti que ia babar quando Antony me arrancou dos pensamentos.

- David, o que você está fazendo?

- Eu? - Perguntei tentando disfarçar. - Assando umas carnes.

- Você sabe do que estou falando! - Antony esperava alguma reação minha que não veio. - Essa troca de olhares, David. Não me diga que está rolando...

- Como? - Perguntei surpreso, mas de certa forma sabendo do que ele estava falando.

- Você quase a queimou com os olhos, e ela retribuiu! Dá pra sentir a tensão entre vocês de longe! - Comecei a arder com as palavras de Antony. Ela retribuiu? Puta merda. - Aconteceu algo entre vocês ontem? Você estava bêbado...

- Não fale merda, Antony. É a Livia! - Tentei acalmar a situação e principalmente a mim.

- Pode mentir pra si mesmo, mas não pode mentir pra mim, amigão.

- Vá se foder, 'amigão'.

- Você quem deveria transar pra ver se larga essa amargura. - Senti a raiva me consumir e fui com tudo para cima dele derrubando-o na piscina.

- Merda, David! - Gritou ele enquanto tentava sair da água. Todos riam sem entender muito bem o que havia acabado de acontecer.

O resto da tarde foi bem agradável. Comemos muito e ficamos à beira da piscina. Mal percebemos a hora passar quando Antony se levantou dizendo já estar tarde pra ele.

- Tenho um compromisso daqueles hoje, David. Uma ruivinha sen-sa-ci-o-nal - Disse ele enfatizando as sílabas na última palavra. Não pude evitar rir. - Você deveria sair também. É sábado, David, saia um pouco, encontre uma mulher, leve-a pra cama, enlouqueça-a e tire essa cara de dor de barriga. Talvez você nem precise sair de casa... - Apontou para Livia com a cabeça. Me deixei olhá-la por um instante longo. Sua pele estava ainda mais reluzente com a luz da noite. Suas curvas eram como um pôr do sol, me perdi olhando-a quando me assustei por encontrar seus olhos. Nossas trocas de olhares ficavam cada vez mais frequentes.

Me virei para Antony o expulsando da casa - Vamos, ande, sua ruiva te espera, você já pôs minhocas demais na minha cabeça.

Dei um mergulho na piscina e quando levantei a cabeça pude observar Natalie conversando um tanto amorosamente com Bryan. Aquilo me deu uma pontada de preocupação. Bryan é um ótimo garoto, trabalha duro, é esforçado e responsável. Mas em questão de mulheres é quase uma versão mais nova do Antony. Lembro-me de uma conversa descontraída no escritório em que ele contava suas aventuras sexuais. Não consigo imaginar isso com a minha filha.

Sempre opto por deixa-la tomar suas próprias decisões, mas em casos como esse não posso evitar interferir um pouco. É natural que um pai não queira que sua filha se machuque. Não é como se eu fosse proibi-la de namorar com alguém. Não sou tão presente quanto gostaria na vida dela, mas tento sempre ser um bom pai, faria de tudo por ela.

Desviei a cabeça um pouco pro lado, para a espreguiçadeira que Livia estava. Notei que estava lendo um livro, Trópico de Câncer. Seria algo normal, lembro-me que Livia sempre estava lendo, mas esse livro eu conhecia. Era um grande clássico da literatura americana, mas também, um livro com alto teor sexual. Aquilo me intrigou muito. Ela se interessa por 'essas coisas'?

Livia levantou e caminhou até o culler para pegar uma bebida. Saí da piscina e enquanto enxugava meu tórax com a toalha percebi que ela me olhava. Senti uma força me puxar até ela enquanto a mesma não tirava os olhos de mim. Me perguntei se havia mesmo desejo em seus olhos e por um segundo gostei de pensar que sim. Ao chegar perto dela fui dominado por um eu provocador que raramente aparecia.

- Gostou de algo que viu? - Disse quase sussurrando com um sorriso consideravelmente malicioso nos lábios. Quase não acreditei que aquela frase saíra da minha boca. Livia arregalou os olhos que antes admiravam meu corpo e fitou meu rosto. Percebi que ela estava envergonhada, desviando o contato visual, e na mesma hora toda a minha face ardeu em vergonha também. Que merda. Natalie a chamou nos tirando daquela situação constrangedora. Suspirei soltando a respiração que antes prendia. Que porra eu tenho na cabeça?

•••

Nos recolhemos para dentro. Mostrei o quarto de hóspedes para Bryan que ficaria conosco essa noite e subi para um banho. Quando desci, encontrei os três jovens conversando na sala.

Bryan falava sobre sua faculdade de administração e sobre o estágio na minha empresa. Livia percebeu minha presença e desviou o olhar para trás, onde eu estava, e rapidamente voltou sua atenção para Bryan.

Percebi que ela ficara inquieta quase pude vê-la maquinando algo. A conversa continuava rolando e eu me sentei dividindo minha atenção entre o celular e os movimentos de Livia.
Segundos depois ela se deixou derrubar a almofada que estava em seu colo. Levantou do sofá e abaixou para pegá-la deixando sua bunda arrebitada para o alto. Pude ver uma pequena parcela da sua calcinha preta minúscula, mas foi suficiente para me fazer transpirar.

Ela sentou-se novamente e olhou mais uma vez pra mim. Eu ainda estava com a boca aberta pelo choque. Subi os olhos até seu rosto. Dessa vez ela estava com um sorriso malicioso que quase me matou. Quando achei que não podia ficar mais impressionado ela mexeu os lábios perguntando "Gostou de algo que viu?". Eu. Não. Acredito.

Senti uma necessidade de ficar sozinho. Subi as escadas o mais rápido que pude, não sei como não caí. Entrei no quarto e me tranquei. Não podia ser verdade. Eu devo estar delirando. Ela fez mesmo isso? Me perguntei se ela realmente acabara de me provocar ou se eu estava ficando louco. O fato era que eu estava mais uma vez duro.
Talvez eu realmente precise transar.

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Não se apaixone por mimWhere stories live. Discover now