Um mais um igual a quatro ✹ Jikook

Capítulo 14 - Sentimentos

Oiiiiii, a saudade de vocês é grande demais, mas aqui estamos nós <33 como vocês estão? Estão bem? Esperamos que sim.

Estão todos preparados? Vão preparar um chocolate quente porque o negócio tá grande!

BOA LEITURA ٩(♡ε♡ )۶

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As coisas tinham mudado entre nós em questão de horas. Conversamos mais no caminho de volta ao palácio, e também durante boa parte da noite. E até demos um sorriso um para o outro um pouco antes de deitarmos. E não houve vergonha ou constrangimento; assim que deitei na cama e senti o cheiro de lençóis limpos, de conforto, de Jungkook, eu quis continuar ali, e abraça-lo, conhecer cada pedaço dele, saber tudo o que ele gostava e odiava, quais eram seus sonhos e desejos, cada pequeno aspecto que o compunha. Eu queria saber tudo.

E quando ele passou o braço por mim, bem devagarzinho, tomando permissão, eu coloquei minha mão sobre ele...E o senti em todos os lugares.

A minha vida toda, além das minhas obrigações e da forma que eu devia agir na sociedade, também aprendi quais eram meus deveres com meu marido. Fui criado para ser um acessório de um alfa, para ele me levar em bailes, me exibir e depois usufruir do que eu podia oferecer a ele numa cama. Porém, nunca pensei nisso enquanto estive com Jungkook. Ele nunca me tratou como se eu fosse parte da sua fortuna e ele pudesse usar quando bem entendesse.

Ele apenas me fez sentir como se eu não fosse apenas um ômega frágil dentro de uma sociedade que impunha a forma que eu devia andar, falar, me portar numa mesa e me vestir. Jungkook me deixou ser quem eu era, me deixou vestir suas roupas, suas cores, e apesar de eu ter hesitado, a sensação de estar fazendo algo que não devia foi incrível.

E agora eu não me sentia como um ômega dentro de uma sociedade. Me sentia simplesmente como o ômega do meu marido.

A nossa história era mais complicada que qualquer outra coisa. Jungkook nunca esteve distante de mim, mesmo quando criei uma distância entre nós dois, uma na qual cheguei a acreditar que nunca seria quebrada. E quando ele tentou transpassa-la, eu tentei impedir que ele tivesse sucesso. Mas mesmo assim, mesmo com todos os empecilhos que criei, ele arrumou uma forma de contornar essa distância e chegar até mim.

Jungkook sempre deu um jeito. Sempre me tratou como algo precioso. Muito mais importante que qualquer parte da sua fortuna.

E agora eu queria retribuir; queria amá-lo sem pensar e sem sentir medo.

Eu me virei para ele, buscando seus olhos. Eles estavam fechados, os cílios sombreando suas bochechas conforme a luz que entrava pela janela cobria o corpo dele. Estiquei a mão e toquei o meio entre suas sobrancelhas, depois desci o dedo pelo seu nariz, até chegar na pontinha, e depois fui até o lábio, o tocando de leve.

Tão lindo...

Eu fui para mais perto dele, me curvando até meu rosto estar a centímetros do dele, sua respiração se misturando à minha.

— Jungkook... — sussurrei. — Está dormindo?

Sem resposta.

Ele devia estar tão cansado. Mesmo exercendo sua função como Duque, cuidando das províncias de Tarla, e ainda trabalhando para o rei, ele tirou o dia só para estar comigo.

Espalmei uma das mãos em seu peito, circulando o primeiro botão da sua camiseta. Será que eu devia acordá-lo para que também vestisse um pijama?

Eu estava usando um pijama amarelo com botões de pérola, o tecido era quase transparente, e gotas de água do banho brilhavam como uma névoa fina sobre minha pele, fazendo o tecido se aderir a minha pele. E quando Jungkook me olhou dentro dele, ele caminhou em uma passada pesada até uma mesa no canto do quarto, que tinha mais de quatro garrafas com tipos diferentes de bebida. Ele despejou uma boa quantidade de rum em uma taça pequena e a levou à boca, tombando a cabeça para trás enquanto sorvia o líquido de uma vez. Ele me olhou, e seus olhos pareceram famintos, e um tremor que não tinha nada a ver com o frio e nem com a estranheza do quarto do palácio percorreu cada canto dentro de mim. Será que eu fui ousado demais e Jungkook me viu como um ômega qualquer que não se dava ao respeito? Ou...Será que ele me desejou? Eu não consegui ter certeza, porque ele apenas se deitou na cama e me chamou com algumas batidinhas no espaço vazio do colchão ao lado dele.