Capítulo 16 - Névoa

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Olá queridos leitores, como vocês estão? Aqui estamos nós – novamente depois de um longo tempo – com uma atualização bem grande!

Precisamos nem dizer como sentimos falta de vocês, não é? Porque nós sentimos <3

Vamos dar alguns recadinhos nas notas finais, então por enquanto é isso. Esperamos que gostem do capítulo, e não se esqueçam de comentar e deixar aquele votinho maroto que nos ajuda a saber se vocês estão curtindo a história, estamos com os zoinhos em vocês :33

Aviso: menores de idade ou pessoas que não gostam de conteúdo adulto explicito, esse capítulo contém cenas fortes.

BOA LEITURA

Na beira da estrada uma carruagem luxuosa estava parada a nossa espera. A cabine era inteira azul, com detalhes dourados nas laterais, e na porta tinha uma pintura de um leão que parecia furioso, os dentes para fora, enquanto, eu podia jurar, que as sombras de uma garra surgia sobre a cabeça de uma serpente sendo esmagada. Eu podia ter ignorado aquilo, mas eu começava a ver coisas que não podiam ser ignoradas. O retrato do rei, que era exatamente a cópia de Jungkook. O anel com uma serpente que o rei usava no dedo médio, igual ao anel que pertenceu ao Duque Jeon Songmin, e que Jungkook ainda usava. E o leão na pintura era muito semelhante aos pequenos leões bordados em dourado no lenço de seda que Jungkook havia me emprestado quando eu o conheci. Naquela noite eu não tinha reconhecido o símbolo, mas agora eu me sentia um pouco estupido por não perceber que se tratava do brasão da família real de Tarla.

Minha boca ficou seca. Eu devia deixar aquilo de lado, pelo menos por um tempo, pelo menos até que eu tivesse certeza de algo. Eu não queria confrontar Jungkook por enquanto. Não era só o custo da nossa relação que eu podia por em jogo. Mas também da alma dele, alterada com cicatrizes invisíveis que poderiam desaparecer ou se tornarem mais fundas.

O gemido do vento passou ao longo das copas das árvores, estalando os galhos e as folhas, chicoteando o casaco que Jungkook tinha vestido – um inteiramente cor de sangue com os punhos e a lapela pretas e uma rosa bordada com fios de ouro, em tamanho médio, nas costas – ele tinha usado apenas uma camiseta e uma capa durante todo o tempo que eu mal havia percebido que ele carregava aquela peça extra no lombo do Trovão.

Jungkook pegou Trovão que estava afivelado a uma árvore e o prendeu junto dos dois corcéis negros atrelados à carruagem. Ele veio para o meu lado, me explicando que havia instruído um dos cocheiros do palácio a encontrá-lo ali no fim da tarde - independente da minha decisão, ele havia agido como se eu estar com ele fosse quase certo. E ele não estava errado.

Olhei para o homem de cabelos grisalhos e olhos pequenos, quase como dois botões negros, que nos esperava recostado à carroceria em uma pose relaxada.

Jungkook me observou subir na carruagem – que reluzia feito safira sob o sol do meio da tarde. A porta se fechou e o veículo se pôs em movimento, indo para o norte, para longe do afloramento de rochas que brotavam no mar e na areia.



Estávamos em uma trilha estreita, mas para mim era igual a todas as outras que passávamos, com diferença da posição de uma árvore, de umas gramas aqui e ali, o resto parecia igual, embora Jungkook soubesse exatamente nossa localização. Sua voz sussurrava "Monte negro de Philia", "Cavernas de Balli", "Floresta Cinza" e apontava para cada uma delas, me contando das vezes que passava por aqueles lugares quando saía para caçar e pescar. Minha reação horrorizada não mudou o fato de que ele era um Duque que aparentemente levava a vida como um camponês.

O cocheiro seguiu em direção a um grande morro coberto por mata. Por entre as árvores vi a entrada de outra caverna, me virei para ouvir o nome daquela, mas Jungkook parecia distraído com a parede de flores que se afastavam cada vez mais, até não conseguir mais vê-las.

Um mais um igual a quatro ✹ JikookOnde as histórias ganham vida. Descobre agora