A Fiel

capitulo trinta.

Mari: Não vem ficar putinho comigo não, eu ein.- Resmunguei, assim que cheguei do lado dele na praça.

Souza: É pô.- Falou sem me dar atenção.

Mari: Você não transa com várias meninas também? Então, uê. A gente não tem nada, apenas gostamos um do outro.

Souza: Que não tem nada, caraí. Vai tomar no teu cu, maluca.- Falou bolado e eu ri.

Mari: Você nunca pediu nada, só pra lembrar.- Falei apoiando minhas mãos na coxa dele.

Ele estava sentado no mais alto da arquibancada e eu estava sentada em um degrau depois.

Souza: E preciso pedir, Marina? - Olhei óbvia pra ele.- Vou pedir porra nenhuma.

Mari: Então não temos nada.- Revirei os olhos.

Souza: Beleza, então eu vou pegar quem eu quiser, demorou?

Mari: Deixa eu te explicar o que eu tenho em mente. Se você não me pede em nada, significa que não temos nada assumido. Então, nós dois somos solteiros, porém, se gostamos um do outro, mesmo sem assumir, não ficamos com mais ninguém.

Souza: Minha rola! Tu fica chamando os outros de amor, Mariana.

Mari: Ele é meu amigo e vou fazer um favor pra ele hoje, não tem nada demais. Diferente de você eu não vejo uma pessoa e penso em transar.

Souza: Beleza, pô.- Falou cortando o assunto.

Só tinhamos nós dois nesse local, geral tava mais afastado.

Me levantei e desci, fui na barraquinha e comprei uma coca e peguei uma cerveja pra ele, porque eu sou uma boa pessoa.

Mas quando eu voltei, vi uma ruiva sentada do lado dele, toda com sorrisinho e passando a mão na coxa dele.

Ele me olhou com a mesma cara fechada que olhava pra ruiva do lado dele.

Mari: Toma.- Joguei a latinha nas mãos dele e cruzei meus braços, sentando no meu lugar, de costas pra ele.

Sentir uma risada dele e a mão dele passando no meu cabelo, fiquei calada mas a ruiva não parou de falar.

Pelo que eu escutei, ela acha que o Souza tá gostando dela, porque a Joyce foi afrontar ela.

Em falar, eu tinha que conversar com a Joyce. Apesar de eu não ter que dar mínima satisfação pra ninguém, quero falar com ela.

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