chapter 11

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O crepúsculo se fazia presente. O céu estava exuberante em tons vermelhos e arroxeados. Toni estava encostada na porta do dormitório de Cheryl. Ela esperava a garota se arrumar para curtir a noite com fogueiras e bebidas. Ela fitava as nuvens brancas e suaves, indo lentamente com o vento, contrastando com a cor majestosa acima delas. Mas a única coisa que realmente via, era um amontoado de cabelos ruivos e molhados, descendo pelas costas até a curva de um belo traseiro. Uma cintura fina, barriga lisa e macia. Via lábios entreaberto elevados para cima junto com a cabeça, um pescoço exposto e seios pequenos e redondos, com mamilos rosados e tentadores, que ela desejava saborear.

Ela chacoalhou a cabeça para tirar esses pensamentos, como se fosse errado pensar em Cheryl daquela maneira. Ela repassara em sua memória todo o pequeno minuto em que admirou Cheryl em câmera lenta. E toda vez que se lembrava, um pequeno sorriso se formava nos lábios, mesmo que ela não soubesse explicar o por quê. Já havia admirado rapazes antes, ficado com alguns, até. Mas não foi como foi com Cheryl. Quando a beijou, foi como se explodisse por dentro. Sua mente e seu coração começaram a trabalhar de uma maneira rápida e constante, a deixando confusa. Quando a viu nua, a desejou mais que tudo. Deus, a menina era linda, e agora, toda vez que estava por perto, fazia sua pele formigar.

Cheryl abriu a porta lhe tirando de seu devaneio. Ela estava vestida com short e moletom, seus pés calçados por um par de all star surrados.

- Vamos? - Perguntou Toni se afastando da parede.

Cheryl virou o olhar para ela e sorriu, um sorriso tão feliz e inocente, que os lábios de Toni espelharam a ação.

- Vamos. - Disse ela, erguendo o braço e o oferecendo na direção de Toni.

Toni a pegou e a puxou para fora da varanda. Andaram pelo gramado e desceram para perto do lago, aonde haviam várias barracas, pessoas deitadas em cobertores ou ao lado de seus sacos de dormir. Cheryl usava seu bastão de locomoção. Andar em terrenos gramados era imprevisível, e com o cair da noite, temia que Toni acabasse não enxergando algum obstáculo.

- Cheryl, Toni. - Cumprimentou Jughead animadamente, tocando os ombros delas por trás.

Cheryl se esgueirou de seu toque e fez uma careta. O rapaz foi para o lado de Toni.

- Oi. - Respondeu Toni, ainda seguindo seu caminho.

- Seu cabelo está bonito, Toni. - Elogiou o rapaz, pegando uma mecha e acariciando.

- Obrigada. - Agradeceu a garota.

Cheryl rolou os olhos e se agarrou mais a Toni.

- E ai? Vocês estão animadas? - Perguntou o rapaz.

- Estou com um pouco de sono. - Resmungou Cheryl, lembrando o rapaz de sua presença.

- Ah, para. Hoje nós vamos ver o sol nascer. - Disse ele com alegria.

Os ombros de Cheryl caíram em desanimo.

- Você vai ver o sol nascer, Jughead, eu não vou ver nada. - Disse ela.

O rapaz fez uma careta.

- Foi mal, Cheryl. Não quis dizer isso.

- Você não disse que ia beber hoje, Cherry? - Perguntou Toni, tentando desviar do embaraçamento.

- Isso foi mais cedo, agora deu preguiça. - Reclamou Cheryl.

- Não. - Protestou Toni, parando e sentando Cheryl em um cobertor perto de uma das fogueiras. - Hoje a gente vai beber. - Completou ela convencida.

beyond the darkness - choniWhere stories live. Discover now