21.LAÇOS DE AMOR

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A sensação do corpo quente e forte de Jacob me abraçando era tão confortável que eu suspirei. De olhos fechadas, entrelaçada nos braços do garoto, eu sentia como se nada pudesse me atingir. Billy continuou.

O bebê crescia rapidamente dentro dela, ela escondia como dava, não queria que ninguém soubesse, não queria prejudicar o jovem médico, caso ele voltasse. Foi quando os sintomas da doença começaram a aparecer nela, lentamente, um espirro, um febre branda. Ela se calou, tinha medo de que se fosse examinada alguém soubesse o que crescia dentro dela, ela não queria perdê-lo, não permitiria. Como ela havia previsto o médico voltou, envergonhado. Ela o consolou, disse que tudo estava bem. Que ela estava feliz, que não se arrependera em nada, que ele havia lhe feito o maior bem. Ele não entendeu, mas aceitou. Elizabeth piorou, acabou morrendo. Antes de morrer ela disse a Marie que o médico iria salvar o filho dela, que iria curá-lo transformando o garoto como ele. Marie pensou que talvez o médico pudesse salvá-la também, e a seu bebê. Mas, se ela congelaria naquele estado, pelo pouco que ela sabia respeito daquelas criaturas, era o que aconteceria se ele a tranformasse, então de que o bebê se alimentaria? Ele morreria. Não! Ela agüentaria, a doença não a levaria antes de ter o bebê. O filho de Elizabeth sumiu, o médico também. Apenas Marrie imaginou o que havia acontecido. Já não era possível esconder a barriga. Marie não sabia o que fazer, embora soubesse que seria a pior solução, voltou para a casa. Pelo menos não precisaria mais se casar. Quando o pai a viu naquele estado, percebeu que algo não estava certo. Pelo tamanho de sua barriga, ela só havia fugido a quatro meses. Ela soube de suas intenções, estava muito fraca para ficar sozinha, a doença chegara a seus pulmões. Quando sentiu que a hora estava próxima Marie chamou o irmão e explicou-lhe o que havia acontecido, que apesar de ser um vampiro, o homem por quem ela havia se apaixonado era diferente, era bom e humano. Explicou-lhe seu plano. Eles fugiram juntos, o menino entendeu, se era importante para ela salvar o bebê, também seria para ele. Além disso, se ele perderia prematuramente a irmã, pelo menos ela deixaria algo para que ele se sentisse perto dela. Foram para uma região em Olympic, uma grande clareira, onde estariam protegidos. Ela havia contado ao irmão que pesquisara tudo que era possivel sobre vampiros, contara a ele seu plano. Uma família na Itália, uma família de vampiros da realeza, e sobre a atração do chefe desses vampiros por talentos especiais. Ela sabia que ele se interessaria por seu bebê, sabia que a única chance do bebê viver era se ele o adotasse, todos na aldeia queriam matá-lo, achavam que ra uma aberração. E o irmão, era muito jovem para ficar com o bebê, morreriam os dois. Além disso ela não sabia do que o pequeno ser precisaria para viver. Era a única esperança. Ela havia pesquisado sabre a lenda de crianças imortais e sabia que esta era a maneira de atraí-los até o bebê. Com lágrimas nos olhos ela mandou a carta. Três dias depois, você nasceu

Assim que você nasceu, ela a segurou em seus braços e a beijou. Era linda, uma linda menina, um bebê perfeito, coradinha e sorridente. Todo o sofrimento havia sido compensado, apenas por aquele pequeno espaço de tempo em que ela teve você em seus braços. Ela morreu algumas horas após seu nascimento, tranquila, apenas fechando os olhos, como quem se entrega ao inevitável. O pequeno Ephain escondeu o corpo da irmã, arrumou você no cesto e esperou escondido na floresta que os vampiros viessem pegá-la.

Meus pensamentos se foram para Demetri. Para o dia em que ele me encontrou. Para a maneira como tudo se deu.

Demetri havia sido tão corajoso. Havia assumido uma responsabilidade que não era dele. Com um bebê que não era dele. Havia me amado e cuidado de mim.

Pensei em Aro. Pensei em como ele havia sido bom para mim. Em como havia me dado carinho, afeto. Graças aqueles vampiros que todos odiavam tanto, eu havia me tornado essa pessoa.

Naquele momento, eu jurei para mim mesma que nunca esqueceria quem eu era. Jurei que nunca esqueceria que eu era uma Volturi. E que nunca abandonaria meu pai de verdade, Aro. Eu nunca o deixaria.

I Love DemétriWhere stories live. Discover now