Tatuagem

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Kyungsoo pov

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Kyungsoo pov.

Acordei com alguém cutucando minha bochecha, eu tive um sonho muito estranho, eu transava com um gostosão muito esquisito que vestia um terno vermelho, a pele morena, sonho de consumo de qualquer um.

Abro os olhos e vejo o Sehun me olhando bem de perto com uma cara de poucos amigos, ele segurava um papel na mão, sentei e cocei os olhos, ainda estava meio atordoado, percebi que eu estava vestido, cheiroso e minhas mãos tinham pequenos curativos.

— Do Kyungsoo? – ouço o Sehun falar meio ríspido. Me fudi.

— Fala – digo.

— Tenho duas perguntas pra fazer.

— Então faz logo, fica enrolando – eu sempre respondo ele assim quando ele quer me dar bronca.

— O que você tem na cabeça? E por que tem um gostosão cozinhando pra você? – Ele pergunta.

— Eu não tenho nada na cabeça a não ser músicas e depressão – falo sincero vendo ele fazer uma careta e colocar o papel no meu colo — E que gostosão?

— Um moreno alto, ele disse que você precisa se alimentar direito – ele suspira — Quem é ele?

— Uau, não foi um sonho – digo mais pra mim do que pra ele — O nome dele é Kai.

Pego o papel e vejo que é uma notificação do síndico, uma multa por barulhos pra ser mais exato. Primeiro por gritos e vidros quebrando. Segundo por gemidos muito altos de madrugada. Dou de ombros e me levanto, percebendo só agora que eu estou no quarto que eu dividia com o Chanyeol, olho em volta meio confuso procurando os cacos de vidro, mas estava tudo limpo, balancei a cabeça depois eu pediria explicações ao Kai.

Caminhei até o banheiro, fiz minhas higienes, depois fui até o closet do quarto pra trocar de roupa, o Sehun estava lá dentro me esperando, ele me observava com uma expressão indecifrável, retirei minha camisa, não é como se ele não tivesse me visto sem roupa.

— Caralho Kyungsoo quando você fez uma tatuagem? – Ele praticamente gritou.

— Que tatuagem? – Eu perguntei — Tá maluco?

Ele veio andando até mim e me arrastou até o espelho grande dentro do closet, me virou de costas e apontou pra o espelho, olhei pra trás e vi que tinha uma tatuagem que acompanhava toda linha da minha coluna, desde a nuca até a minha lombar, fiquei boquiaberto, era uma tatuagem linda, mas o que estava escrito era muito estranho. Slave to lust; Escravo da luxúria. Em volta da frase nasciam uns arabescos como se fossem uma moldura.

— Puta. Que. Pariu – digo olhando pra o Sehun — Eu não me lembro de ter feito isso.

— Não se desespera tá bom? – Ele diz com um sorriso esquisito — A gente pode isso a seu favor depois do hiatus.

Slave to lustOnde as histórias ganham vida. Descobre agora