Desaparecimento

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Kyungsoo POV

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Kyungsoo POV.

O Jongin simplesmente desapareceu. A seis dias atrás eu voltei completamente atordoado pra casa, esperava o encontrar aqui mas ele não estava e não apareceu.

Pode me chamar de idiota ou dizer que é uma completa besteira, mas a parte que me fazia sentir bem, foi embora junto com ele, eu me senti vazio, como se tivessem arrancado o pedaço do meu peito. Tinha esquecido como é me sentir assim, pelo menos durante os dias que ele estava aqui.

Acho que entrei em uma falsa ilusão, de que eu me curaria, entrei em um estado de falsa felicidade. Eu nunca quis que minha felicidade dependesse de outra pessoa, mas cometi esse erro com o Chanyeol e a agora com o Kai.

Na minha estrada eu cometi erros demais, deixei pedaços de mim por onde passei e hoje eu me sinto incompleto, como se eu fosse um quebra cabeça que tem muitas peças faltando.

A toda hora eu me pergunto onde ele está, por que não apareceu, por que não deu notícias, eu não sei como procura-lo, nem onde acha-lo, não sei se ele está no inferno. Mil questionamentos rondam a minha cabeça e me fazem pensar mil besteiras.

Meu peito doía e eu sentia um bolo subindo pela garganta, mas em seis dias não me permiti chorar, eu não queria chorar, eu iria me sentir ainda mais fraco se o fizesse, mas também não sai do quarto e nem da minha cama, o Kyunghyun deixava comida e água pra mim e depois ia embora, nós não conversamos e acho que dificilmente a gente vá fazer isso.

Hoje decidi que ia me levantar, nem que fosse pra andar até a sala e ficar sentado no sofá olhando para o nada enquanto penso em tudo, como eu fiz a tantos meses atrás quando o Chanyeol me deixou.

Me levantei e fui até o banheiro, o reflexo no espelho não me assustou, já estive pior, as olheiras profundas davam a impressão de que meus olhos são ainda maiores, a pele pálida e aparência doente, ri sem ânimo, eu estava mesmo doente. Tomei um banho e vesti uma calça de moletom e uma camisa preta, sai do quarto de fininho.

Um vento forte entrava pelas janelas da sala, ia ter uma tempestade, ironicamente no dia em que conheci o Jongin também teve uma. Sai do apartamento indo até as escadas que davam acesso ao terraço, fui com os pés descalços mesmo, só queria sentir o vento, só queria me sentir livre dos pesos que carrego.

Ali no terraço estava frio, o vento parecia ainda mais forte dali, fui até o parapeito, senti o vento e pela centésima vez na minha vida quis ser uma pena pra que o vento me levasse pra bem longe dali, pra longe da minha vida. Pela primeira vez nesses dias permiti derramar algumas lágrimas, me debrucei um pouco sobre o parapeito e cheguei a uma conclusão.

A dor é um vício. Como aquela ferida que você insiste em cutucar, insiste em tirar a casquinha, ai sangra, e você promete que nunca mais vai mexer, mas no dia seguinte você está lá, fazendo a ferida aumentar, é a porra de um vício.

Slave to lustOnde as histórias ganham vida. Descobre agora