Meteorito

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Se essa pedra bruta
Que desce encandecida
Bem que poderia
Para sorte nossa
Estar cheia de compromissos
Com a verdade e bondade.
Despencando livre e enraivecida,
Nos ovalados de Brasília,
Tanto nos côncavos,
Como nos convexos,
Que vivem sob os céus
Desse Planalto Central.
Não se esquecendo porém,
De liquidar outras infâmias
Que tomam tantas outras
Estruturas públicas corrompidas
Onde prosperam as corrupções
Desavergonhadas que se alastram
E espalham sobre carpetes e parquetes
Mármores e granitos,
Por onde caminham "homens"
Vestidos de ternos e gravatas,
Togas negras desregradas,
Encapuçados como ratos,
Que correm pelos cantos,
E deixam nos seus rastros,
Manchas da peste
Documentadas em papéis.
Estocados em arquivos
Enferrujados
Nunca destrançados.
O pensamento é o mesmo,
Cada um consigo mesmo, a
Alimentarem suas próprias vestes
Bolças e bolsos e até malas.
Como consequência
Matam gentes nos currais
Da inocência e ignorância.
Bem que essa pedra bruta
Poderia ser fecunda de verdade
E, toda indignada, munida da força
De quem vem de longe,
Aniquilar a vergonha
Que enoja.

HummmmmWhere stories live. Discover now