LadyBug e Chat Noir

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POV MARINETTE

   Depois de perseguir a trilha de pombos, encontrei o Sr.Pombo no topo da Torre Eiffel. Percebi algo se movendo atrás de mim e ataquei. Quando vi, Chat Noir estava caído no telhado do prédio. 
- My Lady, acordou com o pé esquerdo hoje? Esse gatinho é muito lindo pra virar saco de pancadas - disse meu companheiro levantando, com um sorriso presunçoso nos lábios.
- Gatinho bobo - disse sorrindo e dando um soquinho em seu ombro - Desculpa, foi instinto.
- Não tem problema Bugboo, porque meu instinto vai ser sempre ficar do seu lado - revirei os olhos. "Ele não cansa mesmo"
- Agora não Chat, temos que parar o Sr. Pombo. De novo.
- Depois de você My Lady - disse o garoto apontando para Torre Eiffel.
Fomos em direção ao topo da construção e nos aproximamos do akumatizado.
- O que aconteceu dessa vez Sr.Ramier ? - perguntei para o homem atrás da máscara.
- Meu nome é Sr.Pombo! E eu vou me vingar de todos que me impediram de alimentar minhas amadas pombinhas! - ele apitou e uma horda de pombos veio em nossa direção. Eu e Chat nos esquivamos juntos.
- De novo a mesma história... já tá ficando cansativo... - falei para meu companheiro.
Se houvesse um prêmio para quem foi mais vezes akumatizado, ele e o Gigantitã ficariam empatados em primeiro lugar - disse Chat, e nós dois rimos.
- Seria uma disputa acirrada. - eu comentei - Vamos acabar com isso logo...
Mal se passaram dez minutos e já havíamos derrotado o Sr. Pombo e deixado o sr.Ramier num local seguro, onde ninguém ia atrapalhá-lo de alimentar suas "pombinhas"
- Zerou - eu e Chat Noir fizemos nosso tradicional toque depois que eu restaurei a ordem com meu Miraculous Ladybug
- É sempre uma honra proteger Paris ao seu lado My Lady - falou o gatinho pegando minha mão e dando um beijo terno em seu dorso, enquanto olhava em meus olhos. Puxei-a rapidamente, logo antes do meu Miraculous apitar.
- Tenho que ir gatinho, até a próxima.
- Ainda vou fazer mais uma ronda pela cidade antes de me destransformar. Au-revoir Ladybug- disse o gatinho enquanto eu jogava meu ioiô em um prédio e em seguida voei pelo céu de Paris, enquanto pensava em Chat Noir.
" Desde que a gente se conheceu, ele dá em cima de mim e eu sempre levei na brincadeira. Agora já me acostumei com isso. Antes achava que era só o jeito galante dele de ser, porque Chat Noir canta todas as garotas, mas depois do dia em que enfrentamos o Glaciator descobri que ele realmente gosta de mim. Quer dizer, da Ladybug.
Nesse dia, foi uma das primeiras vezes que eu senti o verdadeiro Chat Noir, aquele por trás da máscara de brincalhão que ele veste. Tudo bem que eu estava como Marinette quando ele se abriu para mim, mas é bom saber que ele confia em mim independentemente se eu estou ou não de máscara. Não sei dizer o que foi, mas algo sobre o meu momento como Marinette com o Chat Noir mexeu algo em mim...
Mas sinceramente o que mais me deixou abalada sobre esse dia foi falar para Chat Noir que eu não correspondia aos sentimentos dele pela Ladybug. Sei bem como é o sentimento de rejeição. Me senti assim quando Adrien me disse que estava gostando de Kyoko e pediu para ajudá-lo em seu encontro com ela, no dia que eu e meu parceiro enfrentamos Frozer.
Mesmo não gostando dele como ele gosta da Ladybug, eu confio nele mais do que em qualquer outra pessoa no mundo. O dia em que combatemos o Coruja Negra é a maior prova disso. Sabia que ele não abriria os olhos, mesmo morrendo de curiosidade para descobrir qual é a minha verdadeira identidade. Ou então quando enfrentamos a temporizadora, onde Chat Noir se colocou em minha frente para me proteger do toque da akumatizada, me permitindo assim salvar o dia. Posso confiar nele com a minha vida que sei que Chat Noir não vai me decepcionar. "
Olhei para ver se não tinha ninguém por perto e entrei um beco qualquer para me destransformar sem ser vista. Alimentei Tikki e sai em direção da minha casa, vagando pelas ruas de Paris.
Voltei a pensar em Adrien e Kyoko. Já estava escurecendo. Quase chegando em casa senti uma mão em meu ombro. Me assustei. Não podia me transformar em Ladybug pois senão saberiam minha identidade. " E agora? "
Virei preparada para gritar, quando eu vi que era Luka, o irmão da Juleka.
- Marinette, me desculpe, não era minha intenção assustá-la. Vi você e decidi comprimentá-la - disse o garoto com um leve sorriso - Tá tudo bem? Você está com uma feição triste.
- Ah desculpa Luka, é que eu estava pensando em algumas coisas e eu me distrai, nada demais - respondi, não ia falar que eu estava triste por que o garoto que eu gosto não sente o mesmo por mim - Só tente não se aproximar silenciosamente de pessoas na rua.
- Desculpa mesmo, prometo não fazer isso. Da próxima vez que te vir, eu toco uma bateria no meio da rua para chamar sua atenção, combinado?- disse o menino rindo e me fazendo rir, ainda com a mão meu braço
- Combinado! - olhei nos olhos do garoto e reparei que seus olhos ficavam mais azuis ainda nessa luz
- Missão comprida, consegui fazer você rir! - falou o garoto enquanto eu abria um sorriso envergonhado - Olha eu não sei o que te fez ficar pensativa mas tenho a sensação de que a situação que te atormente vai passar logo!
- Tomara que você tenha razão... - um silêncio constrangedor tomou conta do ar. Depois de alguns segundos, Luka decidiu quebrar o gelo.
- E como que está a criação das novas roupas da banda? - o menino perguntou. Geralmente falar de design me faria tagarelar sem parar mas nesse caso não.
- Ai, nem me lembre... estou tentando criar figurinos no nível que a Kitty Section merece faz mais de uma semana, mas não tenho nenhuma inspiração... Nem sei se vou conseguir terminar a tempo da próxima apresentação...
- Não fale isso Mari, você é muito talentosa, sei que vai conseguir - falou o garoto com um sorriso no rosto - Olha se você quiser, eu posso te ajudar! Não sei se vou ser de muita ajuda mas ter alguém pra te auxiliar pode vir a calhar...
- Se não for atrapalhar... eu iria adorar! Meus pais vão trabalhar até tarde na padaria, então podemos ir lá e roubar uns macarrons.
- Agora sim você está falando a minha língua! - respondeu o menino com um sorriso ainda maior que o anterior no rosto, enquanto pegava a minha mão. Corei.
- Vamos que a minha casa é logo ali - falei seguindo conversando com o garoto. Ainda bem que Luka apareceu para animar a minha noite.

POV ADRIEN
- É sempre uma honra proteger Paris a seu lado My Lady - disse enquanto pegava a mão da garota para dar um beijo nela. Ladybug se desvinculou rapidamente de mim. Seu Miraculous apitou, avisando que faltava pouco para ela se destransformar.
- Tenho que ir gatinho, até a próxima.
- Ainda vou fazer mais uma ronda pela cidade antes de me destransformar. Au-revoir Ladybug- disse enquanto a garota jogava seu ioiô em um prédio e voava pelo céu de Paris.
Expandi meu bastão e comecei a vagar pela cidade, vendo se estava tudo em ordem. Enquanto isso, pensava na minha joaninha favorita.
"Como eu a amo! Ela é tão bonita, corajosa, bondosa, altruísta... E aquelas sardas, meu Deus, são tão fofas que me fazem ronronar. Como no dia em que estávamos lutando contra a rainha repórter e ela caiu em cima de mim no trem.
E tem também quando estava prestes a se destransformar em frente as câmeras da Lady Wi-fi e mesmo assim não saiu do meu lado até que me recompusesse do frio por conta de ter ficado trancado no freezer.
Eu sempre quis dizê-la o que eu sinto. Quase consegui no dia dos namorados se não fosse pelo Cupido negro, mas em compensação, ela me beijou! Acho que foi o melhor momento da minha vida, mesmo que eu não me lembre dele. Quando enfim consegui falar o que sentia, ela me disse que não correspondia, pois gostava de uma pessoa na sua identidade secreta, ainda assim nunca vou desistir da My Lady, ela é minha alma gêmea e sei que um dia ela irá perceber isso.
No dia que Volpina foi akumatizada, por um momento, apenas uma porta nos separava e a única coisa que eu queria fazer era abri-la e mostrar a ela quem realmente sou. No dia que o Coruja Negra nos prendeu num container eu poderia ter feito isso, mas nunca trairia sua confiança, sei o quão importante é que não saibamos nada da vida um do outro. E mesmo assim é como se nos conhecêssemos melhor do que ninguém. Nós temos uma sincronia perfeita e isso ficou mais que evidente quando tivemos que dançar e rimar para desakumatizar a Cantora. Sempre sabemos o que fazer durante as batalhas, basta uma olhada, igual aquela quando lutamos com a Antibug. Somos uma dupla imbatível."
Depois de rodar por toda cidade Luz, tomei o rumo de casa, e no meio do caminho algo chamou minha atenção. Ao sol poente, vi duas pessoas na rua, eram Marinette e Luka, e suas mãos estavam bem próximas. Próximas até demais...
Isso, por algum motivo que eu não entendo, despertou um sentimento estranho em mim. E por instinto, decidi segui-los e ver o que os dois fariam, e o por quê de estarem tão juntinhos...

Os ImprováveisTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang