Hold My Hand!

CAPÍTULO 01

Me acordei com o alarme tocando. Espreguiço-me antes de se levantar. Olho a hora em meu relógio, já são 07:00 horas da manhã. Nem acredito que hoje é o último dia do ano, 364 dias passaram-se como num sopro e eu continuo o mesmo. Lamento nunca ter conseguido mudar o meu jeito. Não que eu não goste do meu jeito, mas acho que era necessário para que eu evoluísse. Eu sou um cara de boa, mas nunca me dei a oportunidade de me apaixonar por ninguém. Levanto-me da cama e vou direto para a cozinha, preparar algo para lanchar. Mas pra minha sorte, minha irmã Emilly  já estava preparando o lanche.

— Bom dia! — Ela profere ao pegar um copo com um líquido amarelado, talvez fosse suco de manga, penso.

— Bom dia! — Retruco. Vou até o seu corpo que se encontra sentada num banco vermelho e deposito um beijo suave em sua testa. — Temos que fazer os preparativos para a virada, hoje.

— Virada? Que virada? — Emilly indaga me olhando assustada.

— Esqueceu-se que hoje é o último dia do ano? Familiares nosso vem comemorar a virada conosco. — Profiro. Coloco um pouco do líquido amarelo num copo de vidro e tomo. Confirmo que era suco de manga, ao sentir o seu sabor.

— Ah! Verdade. — Emilly exclama, colocando uma de suas mãos na testa. — Você poderia ir no mercado, comprar algo para ser o aperitivo?

— sim, sim. Eu vou, mas você quem vai preparar.

Emilly gargalha alto. — e deixar que tudo se queime? Nem louca, essa honra eu deixo para Edcarla.

Rio de volta. — por falar nisso, cadê ela?

— está no trabalho, hoje ela foi cedo, queria ver se o patrão libera cedo.

- "olho para os cantos" ah! Sim. Eu vou indo então.

Pego o biscoito recheado, procuro meus fones de ouvidos antes de ir no mercado. Por fim, encontro-o. Conecto os fones de ouvido e coloco uma música qualquer.

O mercado mais próximo de casa, ficava a uns 3 quarteirões, mas eu não tenho pressa. Eu não sou um cara estressado, eu tenho muita paciência. Havia uma igreja a uns 2 quarteirões de casa, Eu amava visita-lo, me trazia paz, sossego. Decido passar por lá, antes de ir ao mercado.

*KAMILLA*

Tenho que terminar de me arrumar, vou viajar hoje, não quero que nada dê errado. Tem algo em mim dizendo que hoje eu vou conhecer a felicidade, não sei o que é, só sinto.

Termino de me arrumar e de arrumar minhas malas. Vou até a cozinha para praparar algo para comer. Felizmente minha avó já estava lá, me preparando algo.

- bom dia meu amor!

- bom dia vó, a senhora está bem? "Pergunto-lhe dando beijos em seu rosto".

- estou sim, sente-se que eu vou lhe servir. "Profere pegando um prato dentro do armário" está ansiosa para a viagem? Fiquei sabendo que lá é bem divertido.

- a senhora sabe que eu não queria passar meu ano Novo lá, quer dizer, morar lá. "Pego um copo e coloco água".

- Eu sei, mas fará bem para você. Imagina, conhecer novas pessoas...

- que não fala nossa língua "interrompo".

- com um tempo você se acostuma "sorri" gata bem para você.

Apenas sorrio e pego um pão para degustar. Os minutos se passam, ainda tenho 30 minutos antes da viajem. Decido ir á igreja, quero pedir proteção ao meu pai...

Entro no táxi, coloco meus fones de ouvido e vou direto para a igreja. A igreja mais próxima da casa da minha avó ficava uns 3 quarteirões. A cidade onde eu moro é bem chamativa. Minutos depois, chego á igreja.

- obrigado moço, quanto foi?

- 8 reais.

- "entrego-lhe o dinheiro" obrigado.

- obrigado você.

Paro em frente a porta da igreja, me benzo. Entro na igreja e me sento no primeiro banco. Me ajoelho no chão e estendo minhas mãos em gesto de oração.

*RAFAEL*

Chego em passos lentos a igreja. O lugar lá era maravilhoso, cheio de árvore verdes, belas paisagens, vento fresco. Não havia muita gente lá. Decido entrar. Sento no último banco da igreja e começo a orar.

- pai, apesar de todas os meus desentendimentos, sinto que o senhor nunca me deixou de lado. Sinto que era o senhor que estava lá, me apoiando, dando-me forças para continuar a seguir em frente. Obrigado por tudo, Amém.

Me levanto, mas antes que eu pudesse levantar-me por completo, lembro-me de fazer pedido a Deus.

- oi, pai. Sou eu denovo "sorrio" como o senhor vê, Eu sou um cara muito na minha, Eu nunca me dei a oportunidade de me apaixonar. Talvez isso seja um medo, não sei. Mas enfim. Eu vim aqui pai, para te pedir. Faz com que eu me apaixonei, e faça com que essa pessoa também se apaixone por mim. É só isso, amém.

Me benzo, ainda com os olhos fechados. Antes que eu pudesse abrir meu olhos, uma garota sentada lá na frente faz um barulhinho ao se levantar do banco. Abro meus olhos, e ela está lá, olhando para todos os lados da igreja. Ela era uma garota tão linda, seus olhos, seus cabelos e o seu sorriso eram tão maravilhosos. Ela parecia um anjo em forma de pessoa.

*KAMILLA*

- nossa, essa igreja é tão linda! "Penso enquanto olho todos os cantos da igreja".

De repente me vejo olhando para um garoto que estava sentado no último banco da igreja. Meu Deus, aquele garoto era tão lindo, seu olhar caia sobre mim, e eu não sabia o que fazer. Sorrir? Para estranho? Não, apenas continuei olhando. Tomo a iniciativa de deixar de olhá-lo e ir embora. Passo por ele, dou apenas um sorrisinho forçado e saio para fora da igreja. Paro na porta, antes de sair. Aquele garoto ainda continuava me olhando, o que me deixava animada, pois eu senti algo, não sei explicar, só senti. Talvez isso fosse o que eu estava sentindo hoje mais cedo.

- conhecer a felicidade hoje.

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