Hold My Hand!

CAPÍTULO 21 - Wants To Date Me?

(...)

- ora, ora, ora.

A voz masculina ecoa por toda a cozinha chegando aos nossos ouvidos, Yasmim me solta e fica sem reação ao perceber que era Johan.

- Joh... Johan! O que está fazendo aqui. "Interpela aturdida".

- eu vim aqui para conversar com Rafael, mas vejo que o próprio está bem ocupado. "Fuzila com os olhos".

Ficamos uns segundos em silêncio, Johan estava chateado. Yasmim não parava de olhá-lo, com vergonha.

- Era para você ter batido na porta antes de entrar! "Delibero".

- se eu soubesse que iria ver uma cena dessa não teria nem entrado. "Grita". Para mim chega!

- Johan, espera.

Yasmim pega pelo seu braço a fim de pará-lo, mas é empurrada. Ele olha para ela, olho à olho. 

- fica com ele.

Johan se retira, Yasmim fica sem reação, envolvo-a em meus braços cheirando os seus cabelos. Yasmim estava certa, eu tinha alguém que realmente gostava de mim e eu não estava dando valor. Eu não sei se kamilla voltará algum dia. Estou confuso, decido falar com Yasmim.

- precisamos conversar! "Respondo sério".

Yasmim afasta-se de meu abraço. Convido-a para irmos para a sala, ela assente. Yasmim senta-se no sofá, faço o mesmo, ficando ao seu lado. Ela me olha sem entender nada.

- eu não sei como começar.

- não me faz ficar nervosa, me dará ansiedade.

Pego em suas mãos, olho fixamente para ela à procura de coragem.

- você realmente gosta de mim?

Yasmim para por um momento, olha para os cantos, sinto minhas mãos sendo apertadas.

- sim, eu gosto de você mais do que tudo.

Ela sorri torto, então eu decido fazer o pedido.

- quer namora comigo?

- o que? "Indaga sem acreditar".

*Johan*

Que babaca, não acredito que ele estava beijando a garota que eu estou tentado iludir! Mas isso não ficará assim, resmungo. Acho que vou ter que fazer uma visitinha à uma pessoa no presídio. "Gargalho". Entro no meu carro e ordeno ao condutor que ele vá direto para o presídio. Ele assente.

Meia hora depois chegamos ao destino, não sabia se ali era de certo o presídio em que ele estava preso. Desço do carro e peço para que o condutor venha comigo, eu não posso entrar num presídio só, sou de menor. Ele obedece.

Entro na delegacia. Havia muitos familiares esperando na fila de visita. Vou para um canto a sós com um policial, pago bem para que ele deixasse eu entrar primeiro, ele sorri.

Meu pai é um cara bem sucedido, fazendo coisas erradas para ganhar dinheiro, mas bem sucedido. Acho que herdei essa falsidade dele. Consigo convencer ao policial que me deixasse entrar primeiro, comemoro. Digo o nome do presidiário ao policial, ele disse que sabia quem era e me leva á uma sala vazia. Entro na sala, Pego um copo descartável e coloco café, viro a cadeira para trás para não identificar meu rosto. Sento-me na cadeira à espera dele. Minutos depois ele chega. O policial abre a porta para que ele pudesse entrar. Sinto a porta ser trancada. Término de tomar o meu café e me viro para ele. Vejo sua expressão de medo. Impressiono-me ao ver que ele mudou bastante, não passou nem um mês direito. Ele estava horrível, aquele cheiro de presidiário entrava pelo meu nariz, o que fazia-me revirar os olhos. Sua barba estava extremamente grande.

- quem é voc... Você? "Indaga".

*RAFAEL*

Yasmim estava sem reação, pensei que eu fosse receber um NÃO, mas me enganei. Yasmim senta-se sobre mim e começa a comemorar depositando beijos sobre todo o meu corpo, sorrio.

- Sim, sim, sim meu amor! Eu quero. "Beijando". Você não sabe quanto tempo eu esperei por isso. "Sorri". Mas tem certeza de que é isso mesmo que você quer?

- você tinha razão quando disse aquilo ontem, na escola. Talvez Kamilla nunca mais volte, e você já demonstrou tantas vezes que gosta de mim, porque não dá uma chance à você? "Sorrio". Só peço que tenha muita paciência comigo.

- terei toda a paciência do mundo. Você aprenderá a gostar de mim. Te amo.

- eu também.

Yasmim me abraça, ainda sentada sobre mim, queria que aquele dia não acabasse, mas aquilo tinha que acabar. Pego o meu celular e vejo que horas são. Já são 11:49, daqui à alguns minutos Vítor chegaria à minha casa. Eu estava morrendo de fome e com certeza, Yasmim também, convido-a para almoçar comigo.

- aceito, meu namorado. "Sorri".

*VITOR*

O moto táxi me deixa no local exato onde Rafael tinha dito, mas eu não sabia em que casa ele morava, decido sair perguntando de casa em casa.

Passei minutos batendo de porta em porta e ninguém sai para fora, resmungo. Decido bater numa porta no qual a parede é de cor verde limão e vermelho escuro. Bato a primeira vez, a segunda vez, e nada. Decido bater a última, por fim algum abre a porta.

*RAFAEL*

Ouço batidas na porta, decido ir abrir, era Vítor, convido-o para entrar.

- demorei muito?

- só alguns minutos, nada demais. Se sinta em casa.

Ele sorri. Yasmim entra na sala.

- Vitor, vocês já se conhecem.

Eles se cumprimentam.

- eu sou a namorada de Rafael.

Yasmim estava deixando claro para todos, eu sou o namorado dela, admito que eu estava gostando.

*JOHAN*

- Vai me dizer quem é você?

O presidiário me pergunta ainda assustado. Sério que eu mudei tanto assim? A ponto de ninguém me reconhecer?

- eu vou te dar umas pistas. Eu sou o garoto que você e seus comparsas agrediam quase todos os dias. Eu sou aquele garoto que você chutou uma vez, quebrou meu óculos, quase me fez entrar em depressão. Eu sou aquele garoto que todos riam da minha cara quando você fazia suas brincadeiras idiotas. Eu sou aquele garoto que irá destruir com sua vida! "Grito batendo com impulso minhas mãos sobre a mesa".

Ele me olha por um momento até me reconhecer.

- Johan, é você?

Sua expressão fica pálida, sinto um nervosismo passando por todo o meu corpo, mas não falho.

- o próprio.

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