Capítulo 4

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Hj mais cedo pq vou fazer minhas comprinhas de Natal :)
Espero que gostem, mores!

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"Beije-me assim, sem compaixão

Fique em mim, sem condição

Me dê apenas um motivo

E fico eu."

Camila – Bésame

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Maria chegara à casa possessa de ódio do marido. Ao se encontrar com Estêvão, ela decidira que ia se distanciar ao máximo dele, e então, vem o marido e decide que eles serão vizinhos.

— Oi mãe! – Juliana cumprimentou a mãe assim que ela entrou, mas a mesma passou direto sem falar com as filhas. – Eu hein, o que deu nela?

— Vai saber. – Giovana respondeu sem tirar os olhos do celular.

As horas foram passando depressa e logo anoiteceu. Cláudio chegara à casa ansioso para falar com a esposa, já que não entendera o porquê de ter agido daquela forma.

— A mãe de vocês está em casa? – Perguntou às filhas assim que chegou ao apartamento.

— Chegou há um tempo, e foi logo para o quarto. Ela tava com uma cara. – Juliana respondeu. A irmã, que ainda estava grudada em seu aparelho, não dera atenção à chegada do pai.

Cláudio deixou sua pasta em qualquer canto da sala, e foi ao encontro da esposa. Ao entrar no cômodo, viu Maria vestida com seu hobby rosa bebê deitada de bruços, com um travesseiro por cima da cabeça.

— Maria?! – Quis saber se estava acordada. Percebeu que sim quando ela se mexeu. – Posso saber por que você reagiu daquela forma? – Sua voz era toda calma.

Vagarosamente, Maria retirou o travesseiro de sobre sua cabeça e sentou-se, olhando-o.

— E então? – Esperou que ela dissesse algo.

— Por que você fez isso, hein? – Sua voz também era calma, mas continha um tom de melancolia.

— Isso o quê? – Indagou sem entender do que ela falava.

— Tanto lugar pra comprar uma casa – ela se levantou – por que logo lá?

— Ora Maria, eu não vi lugar melhor. Perto de pessoas que nós conhecemos, sua irmã, seu cunhado.

— Eu não queria! – Gritou. – Será que você não entende que eu queria ficar o mais longe possível de qualquer pessoa que eu conheça aqui?

— Mas Maria!

— Não tem mais Cláudio, você deveria ter pedido a minha opinião! – Sua voz era potente, e ela não se importava com a possibilidade das filhas estarem escutando. – É a segunda vez que você faz isso, toma uma decisão sem antes me consultar!

— Eu faço pensando no melhor pra nós! – Sua voz aumentou em algumas oitavas.

— Não sei se você se lembra, mas somos um casal, temos que tomar decisões juntos, como um casal! Não é pra você sair agindo como convém e só depois vir me informar!

— Você quer que compre outra casa em outro lugar?

— Não! O que está feito, está feito, eu só gostaria que minha opinião valesse alguma coisa! – Ela se virou, ficando de costas para ele.

— Por favor, se acalme, vamos tentar acertar isso.

— Não tem mais nada pra acertar – o olhou – agora me deixa quieta, por favor.

Encantos & DesencontrosWhere stories live. Discover now