Capítulo 32

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Mil perdões. Não vou dar desculpas, somente quero que perdoem a minha demora.

Espero que gostem 😘😘

RETA FINAL

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“Eu preciso respirar
O mesmo ar que te rodeia
E na pele quero ter
O mesmo sol que te bronzeia

Eu preciso te tocar
E outra vez te ver sorrindo
E voltar num sonho lindo
Já não dá mais pra viver
Um sentimento sem sentido

Eu preciso descobrir
A emoção de estar contigo
Ver o sol amanhecer
E ver a vida acontecer
Como um dia de domingo.”


Gal Costa e Tim Maia – Um Dia De Domingo


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Giovana olhava a mãe como se implorasse para que ela mudasse de idéia, e por mais que aquele par de olhos tivessem um efeito sobremaneira grande sobre Maria, em momento algum ela pensou em voltar atrás.

Era um sentimento tão horrível e pesado, que Maria se encontrava tonta diante das revelações. Certamente, era uma das piores sensações que já havia sentido. Pior do que ser chamada por nome nada cordiais, era saber que já havia lutado com a morte, e agora, descobrindo que quem intermediou essa luta fora sua própria irmã, sangue do seu sangue.

— Mãe, por Deus, se acalme, você vai acabar tendo um troço! – Giovana implorou indo até o chão, onde estava Maria.

— Eu não quero me acalmar, Giovana! – Maria gritou. Seus olhos estavam repletos de lágrimas e raiva. – Eu quero vê-la, quero olhá-la nos olhos.

— Mãe...

— Não tente me convencer do contrário. Se você não for comigo, eu vou de qualquer jeito, mas preferia te ter do meu lado. – Com a voz amena, ela falou, mas ainda havia muito pesar em seu tom.

— Tudo bem, vamos.

Mesmo contrariada, Giovana acompanhou Maria, mas ficou em silêncio durante todo o percurso, como em desaprovação a ordem da mãe. Maria também não tentou puxar nenhum assunto, pois estava ocupada imaginando como seria o reencontro com a irmã.

O tempo passou tão depressa que Maria nem notou quando o carro estacionou, quando deu por si, estava sendo cutucada por Giovana. Como era de esperar, o lugar não era nem um pouco convidativo, pelo contrário, aquela imagem só fazia mãe e filha quererem sair dali o mais depressa possível.

Em cima daquela prisão parecia pousar uma permanente nuvem cinzenta e tenebrosa, dando àquele ambiente um ar ainda mais tenso. Mas nem com todos sentimentos ruins, Maria pensava em se retirar dali, não sem antes trocar algumas palavras com Fabíola.

— Acorda detenta, você tem visita.

Fabíola certamente não se assustou somente com as batidas do cassetetes na grade, mas, principalmente por ouvir aquela pequena frase, já que isso não acontecia há algum tempo.

— Você... – Foi o que ela disse quando entrou na saleta destinada à visitas. Ela não escondeu a surpresa ao ver Maria ali sentada à sua espera.

— Que falta de sorte, né Fabíola. Você aqui, enjaulada, e não pode nem ao menos ter a felicidade de saber que estou morta. – Disse irônica.

Encantos & DesencontrosWhere stories live. Discover now