Capítulo 26

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Heeeey

Já peço mil perdões pelos possíveis erros. Tô caindo de sono, mas se eu parasse pra dormir, não sei se encontraria coragem pra postar hj, mas cá estamos.

Espero muito que vocês estejam gostando ❤️❤️

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“Agora, que faço eu da vida sem você?
Você não me ensinou a te esquecer
Você só me ensinou a te querer
E te querendo eu vou tentando te encontrar
Vou me perdendo
Buscando em outros braços seus abraços
Perdido no vazio de outros passos
Do abismo em que você se retirou
E me atirou e me deixou aqui sozinho.”


Você Não Me Ensinou A Te Esquece – Caetano Veloso

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Juliana paralisou diante da frase dita pela mãe. Levou algum tempo para que a menina voltasse ao seu estado normal, Maria, contudo, aguardava a reação da filha em silêncio, sem impor sua ansiedade pela resposta, afinal, estava começando a se acostumar com tais olhares incrédulos.

— Você tá querendo dizer que Miguel é só meio irmão da gente? – Ela perguntou calma, e Maria anuiu. – Inacreditável. – Olhando para o nada, a jovem movia a cabeça para cima e para baixo, e após poucos segundos digerindo a informação, voltou à mãe. – Por que nunca nos contou isso? – Sua fala ainda era calma, porém repleta de acusação.

— Por quê?! Motivos não me faltaram, Juliana! Eu já até decorei essa fala. – Riu, irônica. – Sabe por quê? Por, principalmente, saber que receberia todo esse julgamento de vocês.

— Você não tinha esse direito, mãe! – A voz delicada se elevou em alguns tons. – Isso é sério demais! Você não escondeu somente seu romance sujo com Estêvão, você escondeu um fato importante da vida do meu irmão!

— Você não tem o direito de cobrar nada de mim, Juliana! Eu simplesmente estou esclarecendo as coisas, mas não estou te dando a liberdade de dizer que estou errada! Você, seu pai, e até mesmo Miguel e Estêvão agindo da mesma maneira, mas será que vocês têm a humanidade de se colocarem no meu lugar ao menos uma vez e entender o que eu passei? – O desespero que aquela mulher sentia era notório, tão evidente, que algumas pessoas próximas a elas, percebiam que algo de anormal acontecia naquela mesa. – Não. Sabe por quê? Porque vocês não viveram o mesmo.

— Você nunca falou assim comigo. – Concluiu chorosa.

— É porque estou farta. Eu errei ocultando isso de vocês? Sim! Mas será que eu mereço mesmo ser tratada como uma criminosa?

— É tudo por culpa daquele cara...

— Para. – A cortou. – Ficar culpando Estêvão não vai me fazer voltar com seu pai, ou apagar toda essa parte da minha vida. Ele não é culpado de nada. Seja adulta, Juliana, e entenda que a vida não é um conto de fadas, como você imagina.

— O que você quer que eu faça então? – Indagou, enquanto segurava algumas lágrimas que teimavam em querem rolar. – Se vai dizer que quer que eu volte pra sua casa, e passe a chamar ele de papai, pode esquecendo, isso nunca vai acontecer.

— A única coisa que eu espero, não só de você, mas de todos, é que me respeitem, respeitem minhas decisões e escolhas. Eu não vou suplicar pelo amor de ninguém, eu só quero que me respeitem. – Foi enfática.

— É só isso? – Apesar de querer conter o choro, algumas lágrimas caiam, mas ela logo tratou de seca-las.

— Sim, é só isso.

Encantos & DesencontrosWhere stories live. Discover now