Capítulo 20

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Apreciem a letra dessa bela música, um pouco triste, mas ainda sim, linda. Como amanhã seria niver do mestre Renato Russo, resolvi homenageá-lo com essa canção que eu amo, não é muito conhecida, mas é uma das minhas preferidas.

Eu sei que vcs não ligam muito pra isso, mas eu faço assim mesmo 😂😂😂😂

Espero que gostem 😘😘😘

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“Vai, se você precisa ir
Não quero mais brigar esta noite
Nossas acusações infantis
E palavras mordazes que machucam tanto
Não vão levar a nada, como sempre
Vai, clareia um pouco a cabeça
Já que você não quer conversar.
Já brigamos tanto
Mas não vale a pena
Vou ficar aqui, com um bom livro ou com a TV
Sei que existe alguma coisa incomodando você.

Meu amor, cuidado na estrada
E quando você voltar
Tranque o portão
Feche as janelas
Apague a luz
e saiba que te amo.”


Legião Urbana – Quando Você Voltar

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Dos olhos de Maria pareciam querer saltar duas bolas de fogo. Sua fisionomia mudou completamente: de preocupada se tornou em indignação. Antes de proferir qualquer palavra, ela respirou fundo uma, duas, três vezes antes que pulasse no pescoço de Estêvão e o matasse com suas próprias mãos.

— Por que você tá me olhando assim? – Ele perguntou com certo receio.

— E você ainda pergunta? – Rebateu alterada. – Como você deixou ela entrar aqui e mexer nas suas coisas?

— Eu não deixei, eu não sei como ela entrou. Eu não tenho culpa.

— Mas é claro que tem! Desde o momento que você a trouxe pra essa casa, abriu qualquer tipo de brecha pra ela. – A mulher, tomada de ódio, fora até a janela e ficou por alguns segundos olhando para fora, mas logo retornou. – Por que você ainda tem coisas minhas, nossas, guardadas? – Perguntou confusa, como se não entendesse de fato o porquê.

— Ora Maria, por que mais eu teria? Você não tem as cartas que eu te mandei?

— Claro que não Estêvão – ela ficou de costas para ele – eu queimei qualquer coisa que me fizesse lembrar você, depois do que você fez.

Um considerável silêncio se formou entre eles. Apesar de estar em seu direito, Maria não se sentiu tão bem quanto queria quando lançou aquelas palavras em cima de Estêvão, e ele, por sua vez, sentiu-se novamente culpado. Sem olhar para trás, Maria seguiu em direção a sala, sendo seguida pelos passos pesados de Estêvão.

— Maria, por favor, vamos conversar, você está muito alterada.

— Ainda tem alguma coisa pra ser dita? – O encarou. – A essa altura, Giovana sabe sobre o que aconteceu conosco no passado, pra ela me chantagear é um passo. Você é um... Estúpido!

— Ah, agora eu sou  estúpido? Sua filha invade minha casa e rouba minhas coisas, e eu sou o estúpido?

— Sim, e dê sorte que eu me contenha nos xingamentos. Tenho certeza que você merece ouvir coisas muito mais pesadas que essa.

— Então vamos lá, diga. – Ele abriu os braços pronto para receber qualquer coisa que ela o dissesse.

— Não, ficar aqui te xingando não vai resolver meu problema. – Inundada por pensamentos perturbadores, Maria se sentou no sofá com a mão no rosto. Queria chorar, mas se conteve. – Estamos perdido. – Disse ao olhá-lo.

Encantos & DesencontrosWhere stories live. Discover now