Cap1. O início (Blákard)

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"O meu amor eu guardo para os mais especiais. Não sigo todas as regras da sociedade e às vezes ajo por impulso. Erro, admito. aprendo, ensino. Todos erram um dia: por descuido, inocência ou maldade. Conservar algo que faça eu recordar de ti seria o mesmo que admitir que eu pudesse esquecer-te."

William Shakespeare

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— Tudo começou em Blákard, era o reino mais poderoso de toda sérvia. Renekton, a primeira e única criatura capaz de dominar a magia pura e sombria, mantinha o reino impenetrável. Renekton deu a vida por Blakard, transformou todo seu poder em uma jóia a "Blak". Uma antiga lenda das bruxas fez com que todos acreditassem que quem destruísse a jóia herdaria todo seu poder.

— Se a Blak tinha o poder de manter Blakard segura, porquê que nunca ouvi nem vi tal nome em nenhum dos pergaminhos e livros de magia antiga? — Pergunta o rapaz sobre o leito, que demonstra atenção e curiosidade no seu olhar.

— Realmente o poder da Renekton mantinha todo reino seguro, e depois do que aconteceu. Achamos melhor esquecer tudo, assim as futuras gerações viveriam em paz. — digo caminhado até a maior janela do aposento, e fechando-à, pois por mais que o sol seja escaldante pela tarde, sempre no fim do dia, o ar gélido se faz sentir.

— Mas pai. — Exalta o pequeno príncipe num tom alto olhando em minha direcção. — Então porquê que o reino de Blákard não existe mais se era indestrutível? — Questionou no mesmo tom de a prior.

— Shhhhhh!!! — Rebato num acto involuntário, levando o dedo até a boca. — Você não quer que a sua mãe acorde, Certo? Concluí.

— Certo. — Sussurra o Rapaz encolhendo-se em seus ombros, enquanto esboça um sorriso tímido.

— Então vem aqui. — Chamo-o caminhando até a sacada do aposento. — Diga-me o que você está vendo?

— Ahh isso é fácil, bem lá em baixo, eu consigo ver os guerreiros ao pé do castelo, mais para frente as ruas onde as crianças do reino costumam brincar pelas manhãs, consigo ver as casas, e também lá ao fundo, dá para ver as muralhas do reino. — Profere o futuro rei que apontara cada lugar que indicara, e logo colocou suas mãos esfregando seus braços, na tentativa de se manter imune ao meio frígido que nos rodeia.

— Isso irá ajudar. — Digo ajeitando em seu pescoço o manto dourado que eu possuía, apesar de ser gigante para ele, pelo menos com frio, não vai precisar se preocupar.

— Dêem-me uma coroa e uma espada, e estarei pronto para assumir o trono. — Profere ajeitando a postura e olhando para o horizonte.

— As suas ordens senhor. — Falo enquanto faço uma vénia¹— Aqui está a sua coroa meu rei. — Retirei a minha e a coloquei em sua cabeça. — E quanto a espada, ainda não é a hora.

— Olha meu filho, você um dia será o soberano de tudo isso que você viu e indicou, você terá de Zelar pela segurança do povo, você terá de saber lhe dar com as ameaças, será sua responsabilidade manter o reino Próspero.

— Sim pai, o senhor diz isso todo dia. E nunca me fala porquê o reino de Blákard não existe mais?

— Sabe, a sua persistência me espanta.

— A mãe diz que herdei do senhor. — Afirma. — E outra: o futuro rei deve saber de todo passado do seu povo, não é verdade?

Não é que é mesmo verdade, que criatura astuta.

— Blákard era mantida pelo imenso poder que a Renekton deixou em sua Jóia. E Devido a magnitude do poder da Blák, as Bruxas sempre tentaram invadir o reino, sempre sem sucesso.

EVELYN o fruto dos bosques Where stories live. Discover now