Cap.8 Especial Feníxia e os elementos de Vénus II

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Feníxia manteve firme e forte o seu desejo desenfreado pelo poder elementar, já se passavam quase dois anos desde a sua chegada ao templo de Vénus. Ela treinava de dia de noite e de madrugada, porém para atingir a forma elementar, não basta somente muito esforço físico, mas também um excelente equilíbrio mental.

Durante todo esse tempo, pairavam as mesmas perguntas pela mente da jovem princesa de Koblak: "Quem será o mago negro?", "Como será que Vénus veio aqui parar?".

E foi num simples e comum dia de treino, pela manhã, o sol quase que não se percebia. A princesa encarava o treino sem nenhuma melancolia, na arena de batalha que a sua localização a elementar de todos escondia.

— perdi a contagem de quanto tempo estou aqui. —Proferiu Feníxia enquanto se lançava ofegante em meio ao campo de batalha.

— Dessa forma nunca se tornará uma elementar. — Falou Vénus suspensa por uma força invisível, que a movia lentamente ao encontro de Feníxia.

Vénus continuou movendo-se suspensa, quando chegava ao meio do campo, prontamente colocava os seus pés a superfície, então no mesmo instante, Feníxia ergueu um dos braços contra a elementar, e todos pedregulhos presentes no campo, seguiram na direcção que a princesa apontara.

Sem hipóteses de reacção, Vénus foi projectada para longe pelos pedregulhos, a jovem princesa de Koblak, ergueu-se caminhando em direcção a elementar, chegando a sua presença proferiu: - Eu sou forte o suficiente para me tornar uma elementar.

— Se eu fosse você,  não teria tanta certeza. — Disse uma voz fina e doce que surgira do nada no campo, fazendo com que o corpo de Vénus desaparecesse com o ar.

— Onde você está? — Exasperava Feníxia olhando para um lado e para o outro.

— Porquê perguntar o que você já sabe, estou em todo lado. — Pronunciava a mesma voz de a prior que ecoou no campo. - Mas por hoje é tudo. — Completou a voz.

— Apareça, como você fez isso? Você não me falou que podia fazer clones. — Disse Feníxia ainda olhando as voltas.

— As Vezes você parece o príncipe ingénuo de Thámblak. Ainda não compreendo porquê o mago negro escolheu justamente você, tanto tempo e ainda não consigo ver frieza no seu coração. E se quiser saber onde estou, olhe para trás.

— Por qual motivo você fala justamente eu? — Diz a jovem princesa inquietada, caminhado em direcção a elementar.

— Acho que chegou o momento certo. — Proferiu Vénus.

— Então você vai contar toda verdade? — Rebateu Feníxia.

— Depois.

— Mas você disse que...

— Depois que nos chegarmos ao templo. — Falou Vénus interrompendo Feníxia.

A arena, não muito distante era do templo, mas a aquela altura o proverbio: "a curiosidade matou o gato", já teria acabado com Feníxia a muito tempo. Durante o percurso a elementar se mantinha concentrada, pois era ela responsável pela princesa levitar. Não tardar ao templo chegaram, e sem demoras as inquietações da princesa soaram: "— Agora você vai dizer quem é o mago negro?"

— Agora eu vou contar o que você precisa saber. — Proferiu a elementar, caminhando até seu altar.

— Muitos desconhecem a minha história, quanto mais a minha existência, eu sou Vénus, a elementar, a minha existência vem muito antes da destruição de Blakard, eu pertencia a corte de Renekton. - Seguiu falando Vénus sentada em seu altar, enquanto Feníxia ficava cada vez mais presa a historia.

— Renekton, como você já deve ter ouvido falar, era detentora dum nível exorbitante de conhecimento e magia, ela deu-me a capacidade de controlar o ar, fogo, agua, e, roxa.

— Então foi a Renekton que te tornou uma elementar, mas isso ainda não explica o porquê de você estar aqui nesse templo. — Falou a princesa inquietada.

— Como estava falando, a Renekton tinha um enorme poder, mas ela não o usava devidamente, sempre se preocupava em viver pelos outros, "tudo pelo equilíbrio" como ela bem dizia, ela se esqueceu de nós, a sua corte, queria construir um reino em que todos pudessem viver em harmonia e longe das bruxas. Mas com o poder que ela tinha, nós podíamos invadir o vale, e dizimar a existência das bruxas. — Proferiu com tremendo rancor.

E levantando-se do seu altar seguiu esbravejando: — Ela não merecia tamanho conhecimento, eu que devia ser a escolhida, se eu tivesse o poder dela tudo seria diferente.

— E o mago negro? — Perguntou Feníxia num tom doce, já temendo a reacção da elementar.

— O mago negro, ele que deu todo poder a Renekton. Ele é o responsável pela sucessão dos acontecimentos. — Falou Vénus calma e sentando novamente em seu altar.

— Mas como você consegue...

— Chega de perguntas. — Exasperou a elementar, interrompendo a princesa.

Levantando-se e caminhando em direcção a Feníxia, a elementar sussurrou em seu ouvido: - Você vai voltar a Koblak.

— Mas eu ainda não controlo os quatro elementos. — Rebateu a herdeira de Zac.

— Pobre Feníxia, "o poder elementar é atingido pela frieza de um coração puro", você já é uma elementar, só que ainda não teve a oportunidade de achar a fonte da frieza em seu coração. No que então, eu dar-te-ei a chance.

— Como assim? eu não estou entendendo nada. — Perguntou Feníxia atordoada.

— Entenda bem, existe um propósito bem maior por detrás disso tudo, durante todo esse tempo, muita coisa aconteceu na sérvia, o reino de Veigar, Thamblak, declarou guerra contra as bruxas. Agora cabe a você vencer o torneio que o seu rei organizou, e decidir se juntar a Thamblak na batalha contra o vale das bruxas.

— Então é nesse torneio que irei encontrar a fonte da frieza em meu coração, Zac, o meu pai.

— Agora você falou como uma elementar.

— E você? — Perguntou Feníxia olhando para Vénus.

— Eu já cumpri a minha missão. — Proferiu a elementar, enquanto era levantada por uma força invisível.

— E mais uma coisa. — Disse a elementar, e no mesmo instante o templo ganhou tanto brilho que era impossível vislumbrar o que quer que fosse.

— Procure por Valkiria. — Completou, e tal como foi com o brilho, a escuridão tomou conta do templo, sem que Feníxia tivesse tempo de assimilar algo, quando deu por si, estava novamente nos corredores de Koblak.
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EVELYN o fruto dos bosques Where stories live. Discover now