EVELYN o fruto dos bosques

Cap. 11 Segredo Eminente

Com a promessa de levar a paz efectiva a seu povo, e tornar Sérvia tão unida e pacífica como nos tempos de Blákard, assim chegou o príncipe de Thámblak a Koblák, esperançoso e convicto de que uma aliança entre os reinos surgiria. Chegou a Koblák apenas com dois Zeus, o que era de certo modo, corajoso, demonstrando benevolência por parte do príncipe, chegar a um reino que por anos foi considerado um inimigo declarado, com uma corte¹ reduzida e segurança fragilizada, as tantas, tudo não passava de uma estratégia do príncipe, numa tentativa de demonstrar a confiança que tem em Zac e seu reino.

Kayn e sua corte, felizmente chegaram a Koblák antes que o sol se tenha posto, pois, até o ser mais destemido temeria passar a noite na trilha dentre as árvores, o clima é totalmente hostil², desde os sons da conversa dos corvos que ecoam por todas direcções, aos ruídos que se escutam entre os arbustos, embora ninguém tenha realmente visto, acredita-se na existência de seres criados pelas bruxas em meio aos arbustos. já aos arredores de Koblák, a trilha ao entardecer é coberta pela névoa sombria, o que torna difícil vislumbrar o que quer que seja, salve pela lua cheia que se faz sentir, dando um pouco de claridade a névoa, permitindo de forma embaçada³ avistar a formação das árvores e consequentemente a trilha.

A sua recepção no Reino de Zac, foi digna de um soberano, desde os portões do reino até ao pé do castelo, continha um aglomerado, a carruagem real de Thámblak passava em meio ao povo de vestes escuras, que se mostrava alegre, pois, na sua óptica, eram questões de dias até que a aliança se firmasse entre e reinos, e eles poderem finalmente conhecer o reino de redenção Thámblak.

Quando finalmente a carruagem real chegou a pé do majestoso Castelo feito de pedras escuras, que com certeza era muito maior que o de Thámblak. Possuía inúmeras torres em toda sua extensão, e bem acima, estava a torre de menagem⁴, que abrigava um maior número de guerreiros sombrios, também possuía seteiras¹ʼ em algumas das torres.

Então estava o homem que possuía o visual mais exuberante na gigantesca entrada do castelo um pouco acima da superfície. Assim que avistou o príncipe descendo a carruagem, prontamente caminhou em sua direcção, descendo alguns degraus até a superfície, fazendo assim  com que seu manto de cor escura rastejasse escada abaixo.

Quanto mais se aproximava do príncipe, mais o seu rosto que demonstrava certa idade, marcado por lembranças de batalha,ficava em evidência. E quando finalmente chegou a sua presença fazendo uma vénia6 proferiu: — É uma honra receber o sucessor de Veigar em meu reino.

— A honra é toda minha. — Disse Kayn retribuindo a vénia, e no mesmo instante seus Zeus também o fizeram.

O povo Koblakiano colocou-se eufórico presenciando o momento, foi então que seu rei olhou em sua direcção, assentiu e levantou o braço, esboçando um sorriso um tanto quanto forçado. E então dirigiu seus convidados para dentro do seu castelo.

— Como vai o seu pai? — questionou Zac colocando sua mão sobre o ombro de Kayn, na tentativa de puxar o assunto, enquanto caminhavam pelos corredores mostrando a beleza e a dimensão de seu reino ao príncipe.

— Podia estar pior, por sorte o ataque que a bruxa vermelha usou contra ele, causou somente um ligeiro ferimento, só um pouco de repouso e estará pronto para outra. — proferiu o príncipe que via seu olhar perdido nos cómodos com tapeçaria²ʼ e nas armaduras de soldado  ao longo dos corredores.

— Desculpa incomodar, mas onde o nosso soberano irá passar essa noite? — Preferiu Oryon, que foi no mesmo instante severamente reprimido pelo olhar de Harkin ao seu lado, Kayn não se deu ao trabalho de olhar para trás, pois já conhecia a peça que levou a Koblák.

— Claro já ia me esquecendo que a vossa viagem até aqui deve ter sido cansativa. — Disse Zac, fitando os Zeus a sua trás. — Como imaginei que a sua corte seria maior, providenciei que deixassem todos os aposentos em ordem.