Cap.5 Um novo recomeço a explicação

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Qual é o preço que você estaria disposto a pagar, para que nada de mal acontecesse a pessoa pela qual você tem muito apreço? Existirá limite para o sacrifício quando o que está em jogo é o amor? E se por ventura, você tivesse a capacidade de mudar o rumo dos acontecimentos, mudar a história, fazer ela ser contada de um jeito diferente, agora se o preço a pagar for a sua existência? Você o faria na mesma?

O Reino de Redenção nunca estivera tão agitado, primeiro o misterioso desaparecimento do príncipe, e logo depois o subido sumiço da rainha, com certeza é um dia que Veigar escolheria esquecer.

— Senhor. — Disse a Jasp que estava em frente do batalhão de Zeus que ela comandara. — Fomos escalados para vasculhar aos arredores do rio que vai dar ao mar cego. — Continuou falando a Jasp, olhando para seu soberano em seu trono, que a fitava de volta com muita atenção. — E por aqueles lados, com certeza o príncipe e nem a rainha estão. — Concluiu.

Desmotrando agunstia em sua expressão, em meio a um profundo suspiro perguntou o rei: — E quantos batalhões ainda estão por voltar?

— O meu batalhão era o último, cada batalhão seguiu uma direcção, aproximamo-nos até onde pudemos dos inimigos, mas nenhum sinal da rainha e do príncipe. Mas assim que o sol nascer

— O príncipe!!! — Gritou a serva interrompendo a Jasp, enquanto invadia a sala do trono, correndo sobre o tapete em meio ao batalhão de Zeus que a olhavam incrédulos.

— Onde? — Rebateu Jasp no mesmo instante.

— Onde está o meu filho? — Proferiu o rei levantando-se de seu trono.

Com respiração ofegante, a Serva em meio a pequenos gemidos falou: — Eu estava fazendo a limpeza do aposento do príncipe, e de repente surgiu uma luz tão forte, foi tudo muito rápido, era impossível ver qualquer coisa, de tão iluminado que o aposento ficou, eu fechei os olhos, só abri quando a luminosidade sessou e o príncipe estava deitado em seu leito.

Veigar colocou-se a correr em direcção ao aposento do príncipe, enquanto um silêncio se estendeu naquela sala, e começou um jogo de olhares e expressões.

— Kayn, Kayn, Kayn. Gritava o rei abrindo a porta do aposento de seu filho.

Respirou a alívio permitindo-se sentar nos degraus logo depois da porta, enquanto observava seu filho repousando tranquilamente em seu leito. Então seguiu caminhando o rei em direcção ao príncipe.

— Hey Kayn, acorde. — Sussurrou o rei, passando a mão em seu rosto.

—Pai? — Proferiu o pequeno príncipe ainda mole recuperando a consciência.

— Você lembra de algo? — Perguntou Veigar.

— Como eu vim até aqui? — Questionou Kayn ao perceber que estava em seu reino e em seu aposento.

 — Calma, se concentre, e me fale até onde você se recorda.

Kayn manteve-se concentrado por alguns instantes, entretanto não levou muito tempo até que seu coração acelerasse e ele arregalasse as vistas demonstrando medo e angústia em sua expressão.

   — Pai, eu estive com a Bruxa vermelha. — Proferiu o pequeno príncipe, assustado e segurando firmemente o braço de seu progenitor. — Estava também a mãe, uma garota de olhos negros, e-e mais uma guerreira. — Concluiu.

— E depois disso o que aconteceu? — Perguntou Veigar, com coração na mão, mesmo já imaginando a resposta.

A resposta foi tal e qual ele imaginara. Olhando bem no fundo dos olhos do pai, Kayn respondeu: — só me lembro de ver Varredores por todo lado vindo em nossa direcção, e depois disso, mais nada recordo, até  chegar aqui.

A reposta foi como uma pontada em seu coração, ao mesmo tempo que o rei quisesse gritar revoltado, ele tinha de se manter forte pelo seu filho.

Era o novo recomeço, no instante em que Shauna e Shadir deram as mãos e uma luz se estendeu por todo vale, elas estavam traçando um novo início, Kayn e finíxia acordariam em seus reinos, tudo voltaria ao normal, seria como se aquele momento nunca tivesse existido.

— Kayn presta muita atenção no que eu vou falar. — Proferiu Veigar, com uma voz tremula e visivelmente abatido. — Existem guerreiros supremos como o seu pai, a linhagem das Jasps como a sua mãe, os Zeus e as Safiras, existem também guerreiros capazes de dominar um fenómeno, como fogo, o ar, até a agua, e muitas outras linhagens de guerreiros. Uma das habilidades da linhagem das Japs, é que bem treinadas elas podem aumentar a sua energia interna, até executar qualquer habilidade de qualquer outra classe de guerreiros.

— Eu já sei disso. — Falou Kayn, não entendendo o real propósito da conversa.

— Me deixe continuar. — Disse Veiga se sentando de lado so seu filho sobre o leito. — Mas quando uma Jasp, usa uma técnica suprema, o preço a pagar pode ser alto. — Concluiu.

— Continuo sem entender, isso tem haver com a mãe? Falando nela, onde ela está? Ela tem de saber que já estou bem. — Proferiu Kayn.

— A sua mãe sabe que você está bem. Agora escute com atenção, a sua mãe usou uma técnica suprema para te tirar daquele vale, e ela

 — Morreu? — Falou Kayn interrompendo seu pai que o olhava sem reacção.

— Ela não morreu, mas não faz mais parte dessa realidade. — Disse Veigar.

— Então tem como traze-la de volta? — Perguntou o rapaz que tinha um pingo de esperança, mas viu a desabar, quando seu pai respondeu:  — Somente Renekton conseguiria traçar uma linha entre as realidades.

A notícia de que a rainha Shadir, líder das Jasps, tinha deixado aquela realidade espalhou-se como ar, carregado de tristeza, que rapidamente se estendeu por todo reino de Thámblak. Eram tempos obscuros sobre o reino, nunca se tinha vivido algo assim desde a destruição de Blákard. Veigar visivelmente abalado, ordenou que fossem executados quaisquer varredores que sobrevoassem aos arredores do seu reino.

O tempo foi passando e a angústia que o rei carregava só aumentava, entretanto, Zeus, Safiras, e Jasps, foram convocados a sua presença. — Hoje invadiremos o vale, e destruiremos a Bruxa vermelha. — Gritava o rei, se impondo diante do seu exército. Veigar sabia que tal ataque podia colocar a vida de todos em risco, e mesmo assim continuou firme na sua decisão.

Esse ataque foi o início de uma longa guerra entre os Thámblakers e as Bruxas, estava claro que nunca haveria paz na sérvia, até que um dos lados fosse totalmente extinto. A guerra durou cinco anos, o ultimato só vira a acontecer porque o reino de Zac, Koblák se juntara. Aquela foi a primeira vez desde a destruição de Blákard, que Zac e Veigar estiveram frente a frente, Kayn, já com os seus dezoito anos, lutou bravamente ao lado do seu Pai e de Zac.

Com os reinos de Koblák e Thámblak juntos, vingando a extinção das suas rainhas daquela realidade, a Bruxa vermelha via a sua vasta orgia de varredores e as suas Bruxas sendo decimadas, e não lhe restavam muitas opções, a não ser abandonar covardemente o seu exercito e sumir. Marcando assim termino da guerra que uniu o reino de redenção, Thámblak ao reino das sombras Koblák.

EVELYN o fruto dos bosques Where stories live. Discover now