Capitulo 51

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Catarina

Depois que ele deliga o celular, lagrimas descem pelo meu rosto. Sei que vou fazer burrada indo atrás do que esse louco quer, mas não posso deixar o Edu nas mãos do Carlos. Tento achar um meio de acabar com isso da melhor maneira possível, mas, não acho meios de fazer isso, é arriscado colocar a minha vida e de mais três crianças nisso? Sim, mas não posso simplesmente deixar o Eduardo com o Carlos e continuar minha vida com o marco.
Marco!
Quando vou poder ficar com você de novo? Quando vamos poder criar nossos filhos? Será que ainda viveremos juntos?
As perguntas sobre nosso futuro martelam na minha cabeça, rezo para que tudo isso chegue em um final feliz.
Olho para o teto e encaro-o, como irei passar pela vigilância do hospital? Minha cabeça começa a maquinar com as possibilidades de fuga que tenho pela frente.
Me levanto e vou ao banheiro, olho-me no espelho e não me reconheço mais. Aquela Catarina que um dia existiu, hoje já não existe mais. Com um suspiro derrotado vou ate o box e começo a me lavar. Tento tirar a angustia que me acerca, mas em vão, sei que nada vai fazer passar isso que estou sentindo.
Mais lagrimas rolam pelo meu rosto e se misturam com a agua que desce do chuveiro. Escorrego ate o chão e abraço forte os meus joelhos, sinto que estou cada vez mais perdida.
Saio do banho quando já estou com a pele enrugada e sem estoque de lagrimas, de tanto que chorei nas ultimas horas. Coloco a camisola do hospital e volto para o quarto, na hora que saio vejo a enfermeira me trazer mais comida.
- Olá querida, como esta hoje?
- Mesmo de sempre.
- Tudo vai se resolver. - ela me dá um sorriso gentil - A proposito, hoje ira ser trocado a segurança do hospital, todos ficaram em alerta por uma hora, se notar qualquer movimentação estranha, comunique-nos.
Olho para ela e minha cabeça começa a fervilhar com a possibilidade da fuga.


Carlos

Depois de desligar, encaro o garoto na minha frente.
- Que foi? - pergunto a ele.
- Estou com fome.
- Tem pão com mortadela na geladeira.
- Não vou comer "pão com mortadela".
- Então não coma nada. E não encha mais a minha paciência porque ela já esta se esgotando.
Deixo o pirralho ali e vou para o escritório, começo a ver - de novo - os detalhes da nossa fuga amanhã.
Estou muito ansioso de ter Catarina em meus braços novamente. Eu a amo tanto que nem cabo em minha de tanta felicidade por finalmente ficarmos juntos.
Penso em como será quando nos dois estivermos juntos novamente, irei mandar esse pivete para um colégio interno e eu e ela, viveremos em lua - de - mel, viajando pelos países, continentes, e ate mares se ela quiser...
- Papai? - olho para a porta e o garoto esta me olhando.
- Fala moleque.
- Me ensina a jogar futebol?
- Você não tem que jogar futebol, tem que aprender desde cedo, a dar um rumo para vida, tem que ser macho, e não jogar 'futebol'?!
- Mas o marco...
Aquele nome me fez o sangue fervilhar. Me levanto num rompante. E soco a mesa a minha frente.
- Se falar mais uma vez o nome desse crápula, você vai se ver comigo.
Ele sai assustado e eu estou fervendo de raiva.
Quando estou para jogar o vaso em cima da mesa na porta, meu celular toca.
Sorrio Catarina me liga.

Catarina

- Olá meu amor! Ansiosa?
- Tenho novos planos para a fuga.
- Posso saber o que esta cabecinha linda esta pensando?
- Hoje a noite.
- O que?
- Hoje a noite, vai ser trocado o plantão de seguranças no hospital e eu vou sair la pelas 22:00 hrs, pode ser?
- Mas é claro, te espero no mesmo local, não esqueça, sem policia e sem panacas nos meio, ou adeus Eduardo. Beijo na sua boca linda.
Desligo o celular e encaro a carta que fiz para o marco.
Com o coração dividido, eu vou atrás de uma parte, enquanto a outra parte - que não deixa de ser importante - pertencera a meu verdadeiro amor... Marco!

Para Sempre VoceOnde histórias criam vida. Descubra agora