Marco
Droga!
Estou desde as onze da noite na delegacia. Depois da carta da Catarina, eu entrei em estado de choque, não sabia o que fazer. Fiquei ali parado por um tempo, foi quando o medo de perdê-la foi maior e eu comecei a agir.
Sai correndo e fui ate os seguranças do hospital, segundo eles, hoje em particular seria a troca de plantão e não teria, por uma hora seguranças. Inferno! Eu havia esquecido completamente. Sai como um louco para a delegacia mais próxima, onde me encontro agora.
O delegado, o dr Miguel, começou a operação de resgate. Segundo ele, o Carlos nunca foi considerado morto, ele falsificou o exame de óbito e não fez sozinho. Ele diz que Carlos, tem um irmão que é um falsificador conhecido a muito tempo da polícia. E adivinhe quem é? O Rodrigo, aquele almofadinha, filho de uma boa égua, falsificou até o diploma de médico. Ele pôs em risco a vida de muitas pessoas que passaram por ele. E para a operação dar certo, eles precisariam de alguém que ficasse em torno da Catarina todo esse tempo, que fosse não só meu amigo, mas também amigo dela. e aquele desgraçado do Jonas, fazia o intermédio, era ele quem estava sempre junto.
Merda! Estavam bem debaixo do meu nariz, e eu não percebi isso. Depois de muito esperar na sala do delegado, o dr Miguel volta.
- Sr Denaire, tenho as câmeras de vigilância do seu hospital e da rodovia. Vamos ver se conseguimos ver a exata localização da sua esposa.
Assinto com a cabeça, nesse momento não consigo falar nada.
Catarina
Passamos a viagem inteira, eu deitada, Jonas dirigindo e o Rodrigo me olhando nada discretamente, seu olhar me causa repulsa, não sei como pude beija-lo. A van parou e o Jonas saiu, me levantei e o rodrigo me puxou pela cintura e falou bem perto do meu ouvido.
- Você ainda vai ser minha.
Empurro-o para longe.
- Nem por cima do meu cadáver.
Ele me solta e ri.
- Ai, ai... Vamos ver quando você gozar e chamar o meu nome.
Depois de ouvir isso, o enjoo me bate e sinto uma bola se forma em minha garganta, e num impulso, solto meu vômito em cima do Rodrigo.
- Ai que nojo.
A van se abre e o Jonas e o Carlos aparecem em minha frente.
Como não comi muito, agora depois de vomitar sinto-me fraca. Deito-me novamente na maca e vejo tudo girar.
- Catarina? – ouço a voz do Carlos ao longe, enquanto me perco na imensidão escura que me rodeia.
Carlos
- Catarina? – falo assim que abro a porta da van, junto com o Jonas.
O Rodrigo esta todo vomitado e a Catarina esta muito pálida, seus olhos parecem perder o foco e ela desmaia na van.
Pego Rodrigo pelo colarinho da camiseta.
- O que você fez com ela?
- Eu?
Aperto a sua garganta com as minhas mãos.
- Eu não fiz nada... – fala com uma voz esganiçada.
O solto antes que eu faça uma merda muito grande e pego meu amor em meus braço e levo em uma cabana que tem no cais do porto.
Chego e o Eduardo vem ao encontro da mãe.
- Mamãe.
- Ei calma, sua mãe desmaiou. – advirto-o.
Vou levando-a para o quarto com o Eduardo em meu encalço, deixo-a na cama e tiro seus sapatos, ponho uma manta por cima dela e faço um carinho em sua cabeça.
Deito-me ao seu lado da cama e mando o Edu ir ver televisão e a hora que a mãe levantar eu o chamo. Ele sai e aconchego Catarina em meus braços. Sinto seu perfume e sua respiração calma. Sorrio ao ver como ela esta mais bonita e ainda tem os mesmos traços de quando nos conhecemos: linda, delicada e muito gostosa.
Coloco minha cabeça no vão de seu pescoço e aspiro seu perfume e planto um beijo, vejo sua pele se arrepiar. Sorrio, ela não é imune a mim.
Marco
Estamos a mais de duas horas que estamos aqui na delegacia. Já se passa da meia noite e nada de achar a Catarina. Tenho medo que aquele desgraçado atenha levado para fora do país, então se isso acontecer, as chances de acha-la vão para nada e nunca mais a verei e nem os meus filhos crescerem.
Começo a realmente me assustar com a hipótese, se isso acontecer eu não terei o meu chão, o meu ar para respirar, não terei mais vida.
Estou sentado na sala do Miguel enquanto ele e seus homens estão procurando por alguma pista da van. Eles acham que é uma ambulância do hospital, mais segundo a enfermeira chefe que cuida das vans, todas as ambulâncias do hospital se encontram no mesmo. Não falta nenhuma.
Estou perdido em pensamentos, quando ouço a voz do Miguel.
- É. Voltamos a estaca zero. Não tem nenhuma ambulância circulando e todas que investigamos não deram em nada.
Solto um ar pesado. Que ótimo! Agora nunca mais a verei!
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Para Sempre Voce
ChickLitNa vida todos tivemos um grande amor... Pode ser o primeiro, ou o segundo, enfim, um dia amamos incontrolavelmente alguém. Para Catarina, seu grande amor morreu em um acidente de carro, deixando-a grávida e sozinha. Ela cria o filho Eduardo, até co...