Capítulo 3 - Uma pequena ajudinha!

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Saímos de casa, estamos parados em pé na varanda esperando o Uber que Tomás chamou, eu não me importaria em ir de ônibus mas vou deixar ele bancar o cavalheiro.

O Uber chega e nós entramos, é claro que de carro é mais rápido do que de ônibus então chegamos no shopping em menos de 30 minutos!

Entramos no shopping e vamos andando até o cinema.

- Você não falou uma palavra desde que a gente saiu? Tá tudo bem? - Pergunta Tomás.

- Hmm... desculpa, eu não sei oque dizer! - Digo com um tom de nervosismo.

- Você ta nervoso? - Pergunta ele.

- To um pouco. - Digo baixando minha cabeça. Por um lado eu pensei, se eu disse que estou nervoso então ele vai pensar no porque eu estou nervoso. - Na verdade não muito, eu to bem, desculpa! - Digo tentando disfarçar.

- Ah sim, que bom, então qual filme você quer assistir? Pode escolher a vontade, eu gosto de todo tipo de filme. - Diz ele apontando para o telão do cinema que mostra os filmes em cartaz.

- Ah, vamos assistir aquele! - Aponto para o filme, é "Me chame pelo seu nome". - Já li o livro e nesses dias estava pensando em assistir. - Digo.

- Vamos então! - Diz ele .

Nós andamos a caminho da bilheteria e compramos o ingresso junto com um combo de pipoca que contém uma pipoca grande e dois refrigerantes médios.

Entramos na sessão e assistimos o filme, é magnifico , um romance LGBT que se passa na cidade da Itália, não vou falar muito, vão assistir, vocês não vão se arrepender.

Saímos do cinema e andamos em direção a saída do shopping.

Tomás está mexendo no celular, provavelmente chamando o Uber.

- Iai, oque achou do filme? - Decido puxar assunto.

- O filme é ótimo, é tão delicado e apaixonante, é bem cativante, eu gostei muito. - Diz ele sorrindo pra mim. Meu deus aquele sorriso de novo, ele realmente gostou do filme, que bom.

- Que bom que você gostou, eu particularmente adorei, posso te emprestar o livro se você quiser ler depois. - Digo.

- Eu adoraria ler. - Diz ele sorrindo e olhando fundos nos meus olhos.

O Uber chega e  nós estramos.

O carro segue caminho, encosto minha cabeça no banco , estou muito cansado. Estou olhando para a janela e percebo um movimento do meu lado, Tomás está se aproximando, sinto meu ombro perto da minha cabeça, encosto minha cabeça no seu ombro e cá estamos nós , colados um no outro.  Vamos a viagem toda assim até que por fim chegamos em casa.

Dessa vez eu pago o Uber, Tomás pede que não mas eu insisto e acabo pagando.

Estamos parado em frente a minha casa.

- Felipe você quer entrar pra jantar, posso fazer comida pra gente. - Pergunta Tomás.

- Claro. - Respondo.

Ouço barulhos vindo de casa e vejo Karen abrindo a porta, ela está segurando uma garrafa de Whisky e está cambaleando pela varanda.

- Oi gente..... Como foi o primeiro encontro? - Pergunta Karen completamente bêbada.

- Droga! - Digo indo até ela, segurando-a.

Felipe me segue até a varanda.

- Tá tudo bem? Eu posso ajudar. - Pergunta Tomás.

Em outra situação eu teria falado que está tudo bem e que não preciso de ajuda, mas, esse não é o caso.

- Pode sim, por favor, me ajuda a leva-lá para dentro. - Digo.

Tomás apoia o braço direito de Karen no ombro, eu seguro o esquerdo e levamos ela para dentro.

- Vamos por ela na cama. - Ordeno.

Subimos a escada segurando Karen, confesso que se não fosse por Tomás a Karen teria ido dormir no sofá, não conseguiria subir com ela sozinho , digamos que força não é muito meu forte.

Chegamos no quarto da Karen e deitamos ela na cama.

- Vocês deviam se beijar, vocês são lindos juntos. - Geme Karen.

- Desculpa por isso, ela nunca fica bêbada desse jeito, deve ter acontecido algo. - Digo, tentando me esquivar da vergonha que Karen está me fazendo passar. Ela me paga.

- Tá tudo bem Felipe, não se preocupa. - Diz ele.

- Você pode pegar aguá lá na geladeira, por favor, é só descer as escadas, final do cômodo, enquanto eu troco a roupa dela. - Pergunto.

- Claro, estou indo. - Ele diz saindo do quarto e fechando a porta. 

Pego no guarda-roupa dela uma camisa grande , e um short de dormir, tiro suas roupas e visto ela com as outras que peguei.

- Posso entrar? - Ouço Felipe perguntando por de trás da porta.

- Sim, entra. - Respondo.

Ele entra e me entrega o copo de aguá, Levanto a cabeça de Karen e ela por fim bebe. Deito ela na cama , ponho o lençol por cima dela, apago a luz e saio do quarto deixando a porta semi-aberta.

Tomás e eu descemos a escada e seguimos até a cozinha. Tomo um copo de aguá, estou com muita sede e cansado.

- Olha, eu te devo desculpas, a noite foi ótima, eu adorei sair e assistir filme com você, mas me desculpa pela forma de como a noite termino. - Digo dando mais um gole de aguá.

- Felipe, está tudo bem, essa foi umas das noites mais controversas e inesperadas da minha vida, e eu adorei, ainda mais estando junto contigo. - Ele diz sorrindo para mim e passando a mão no cabelo que por sinal está um pouco bagunçado, mas mesmo assim deixando-o irresistível. Meu deus.

- Você deve estar muito cansado, assim como eu estou, então eu vou indo. - Diz Tomás.

- Claro, eu te acompanho até a porta. - Digo apontando para a saída.

Abro a porta e saímos para a varanda.

- Eu me diverti muito hoje, muito obrigado por me convidar para sair. - Digo sorrindo. 

- Eu digo o mesmo, ei, será que posso anotar seu número , pra gente se falar e quem sabe marcar de sair mais vezes. - Diz Tomás.

- Claro, sim sim, pode ser. - Digo, Tomás me entrega seu celular, anoto meu número e entrego o celular de volta. 

- Então até amanhã. - Diz Tomás se aproximando de mim, ele  me pega de surpresa quando chega mais perto, sinto sua respiração perto da minha, seus lábios tocam o meu suavemente com um selinho delicado, nossa, foi muito bom!

- Boa noite Felipe. - Diz ele.

- Boa noite Tomás! - Digo sorrindo e acenando para ele. 

Entro e fecho a porta.



Uau!

Um Vizinho EstranhoWhere stories live. Discover now