blindspot [jjk + pjm]

• twelve •

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Eu tinha entendido direito?

Jimin queria que eu entrasse na South Blood?

- Q-que? Como é que é? - Eu obviamente estava gaguejando depois de ter sido pego de surpresa.

- Você ouviu bem, JK.

A voz dele era cortante. Seu olhar também.

- Primeiro você desconfia de mim, agora quer que eu entre para sua máfia. É no mínimo compreensível que eu fique confuso.

Eu fico muito tagarela quando me deixam nervoso.

- Apenas dê sua resposta.

Sustentei o olhar dele respirei fundo.

- Onde você quer chegar com isso, Jimin?

- Não parece simples? Quero que você prove que está do meu lado.

Eu via o perigo me rondando e senti um arrepio na espinha.

- Eu posso negar?

- Claro que pode, JK. Mas será uma pena, pois você não poderá mais trabalhar para mim e consequentemente eu não poderei te proteger.

O medo me dominou nesse momento, mas segui firme.

- Você está me ameaçando, Jimin?

- Jamais, bae. Apenas explicando os fatos.

Pela primeira vez, desde que nos conhecemos, eu detestei ouvir esse apelido saindo da boca dele.

Nós ficamos nos encarando por um tempo, eu sentado em sua cama e ele de frente para mim, sentado na poltrona.

- Então, o que me diz?

Suspirei o olhando.

Não tinha como eu negar. Sua ameaça era clara. Eles me afastariam e depois me investigariam, e eu não podia ficar com essa opção. Eu morreria, e nas mãos de Jimin.

Eu estava encurralado.

- Eu aceito.

Jimin sorriu da forma mais irônica possível.

- Você não parece feliz, bae.

- Talvez seja pela falta de confiança e ameaça explicita vindas de você.

Ele sorriu daquela forma novamente, eu estava ficando enjoado.

- Você está com medo?

É claro que sim.

- Eu deveria? - Era tudo o que eu podia fazer. Responder a pergunta dele com outra pergunta.

- Apenas se você esconde alguma coisa. É o caso?

Ele nem fazia ideia do quanto.

- Não.

Disse firme e não desviei os olhos dos dele. Isso deveria servir de alguma coisa.

- Então por que aceitou entrar para South Blood?

- Porque eu não quero ficar longe de você.

A pior parte era que aquilo não era mentira. Eu realmente não queria ficar longe dele.

E eu poderia dar mil motivos pra isso, dizer que era pelo meu trabalho e sobre provar para mim mesmo que eu conseguia levar essa missão adiante. E era isso, mas também era muito mais. Eu queria estar perto dele, poder olhar para ele, poder beijar a boca dele. E meu desejo era mortal. Havia uma grande sirene em minha cabeça naquele momento, me alertando do perigo em que eu estava me metendo. Mas não tinha o que fazer.