twenty eight.✨

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Larissa

2 semanas depois.

- Você promete que vai ficar bem? - perguntei pra ele, que me olhava com uma cara triste. Me cortava o coração ter que ir pro Rio logo no início do nosso relacionamento.

- Eu vou, eu vou amor. - ele disse, triste. 

- Eu não quero chorar, nem ver você chorando. Vai ficar tudo bem, eu prometo. Eu te amo, meu bem. - disse, sentindo lágrimas escorrendo por meu rosto.  Vi ele chorar, me cortava demais isso.

- Tá, tá bom. Por nós. Eu te amo, ouviu?

- Ouvi, meu amor. - disse, me aproximando e dei um beijo carinhoso nele.

Nos despedimos e eu passei a viagem de avião toda chorando, triste por isso. Eu não queria ir embora, mesmo. Não tinha mais motivos pra ir pro Rio, eu já sou uma adulta, faço o que quiser. Eu tinha feito amizade com a Day e a Carol, a gente estava super próximas e isso me deixava super confortável com nosso relacionamento, já que as duas são como irmãs pro Victor.

Assim que cheguei em casa, estava morta, só queria dormir. Nem tirar as roupas da mala eu tiraria. Fui para meu quarto e fiquei surpresa. O que ele tá fazendo aqui? O que eles estão fazendo aqui? Alice e Pedro estavam se pegando na minha cama, no meu quarto.

- Larissa? Você não tava viajando? - Alice perguntou, saindo do beijo com Pedro.

- Estava, falou certo. Cheguei hoje. Por acaso eu posso saber porque vocês tão fazendo safadeza no meu quarto invés de ser no seu quarto, Alice?

- Achei aqui mais agradável para o momento, né amor? Algum problema? - perguntou, com um olhar desafiador nos lábios. Ela tava querendo mexer comigo. Meu sangue subiu.

- Você não tem que achar porra nenhuma, pode levantar da minha cama e você também, seus pervertidos! Você não tem vergonha na cara não, Pedro? Você tem 23 anos e beijando uma garota de 17? - gritei.

- Eu fico com quem eu quiser. - ele disse.

- Tudo bem, problema teu. Você pode ficar com alguém até na puta que pariu, menos no meu quarto. E Alice some da minha frente, ou eu quebro a tua cara. - gritei, eu ia passar mal. Meu coração estava acelerado, eu sempre fico assim quando tenho ataque de choque.

- Que gritaria é essa? - minha mãe subiu as escadas.

- Alice, esse menino tá aqui porquê? Já disse que não quero ele aqui em casa. Não vai me dizer que.. - ela perguntou. Eu fazia de tudo para me acalmar, respirar fundo.

- Tia, ele só veio conversar comigo.. 

- Não veio nada, eles tavam se beijando quando eu cheguei mãe. - disse.

- Alice, vai pro seu quarto, anda. E você sai da minha casa.

Pedro se levantou e Alice continuou sentando na cama.

- Porquê a senhora falou assim com ele? Eu não posso trazer um amigo pra minha casa não? - Alice perguntou, com uma voz ousada, como se estivesse enfrentando minha mãe.

- Alice, enquanto você for menor de idade e viver debaixo do meu teto, você vai obedecer minhas decisões e o que eu disser. Agora, vá pro seu quarto.

Ela saiu do meu quarto pisando fundo no chão. Gostei do que minha mãe disse a ela. Entrei no quarto rindo pelo o ocorrido e fui tomar um banho.

Assim que terminei, fui pentear meu cabelo. Decidi lavar para dar uma relaxada. Victor estava me ligando por Facetime, resolvi atender e logo vi seu rosto na tela do celular.

Victor

- Oi minha coisa linda. - ela disse, sorrindo.

- Oi meu amor. Tá fazendo o quê?

- Penteando meu cabelo. E tu? - perguntou, passando o pente nas mechas loiras do cabelo

- Tava dormindo. Peguei no sono aqui do nada. Tu tá com uma carinha cansada, que foi?

- Tu acredita que eu cheguei aqui em casa, sem querer brigar, surtar com ninguém e quem eu encontro no meu quarto na maior safadeza com meu ex? O capeta da Alice. - ela disse.

- Pervertida do caralho. - disse e ela deu uma gargalhada.

- Muito. O pior é que, no meu quarto amor! No meu quarto. Se fosse no quarto dela eu nem reclamava, mas é o meu.

- Ela fez pra te provocar, amor. Certeza. Por ele ser teu ex, meio que sei lá. - disse. 

- Sabe o que ela me disse sobre isso? Ah, achei que aqui fica mais agradável.. O cu dela. - ela disse, me fazendo morrer de rir.

- Aí amor... tu surtou né?

- Se eu surtei? Eu quase tive um ataque de choque, amor. Eu tenho direto isso, capaz de eu parar no hospital e ter um ataque cardíaco. Eu começo a ter ânsia de vômito, meu coração falha, enfim. Tenho isso desde um 12 anos. - ela disse e eu a olhei um cara de assustado.

- Caramba amor.. é tipo uma doença crônica?

- Sim bebê. Eu quase morri. Eu gritei tanto que sei lá, perdi o controle. Eu acho que ela queria isso sabe amor? Ela sabe que eu tenho isso, ela já me viu tendo um ataque disso.. desculpa. - ela disse, começando a chorar e com a voz falha.

- Aí minha coisa linda, chora não..  não liga pra isso, você não merece isso. Sei que tá sendo difícil de lidar, mas seja forte o máximo que você puder, pelo seu bem, da tua saúde.

- Eu sei, eu sei meu anjo. Eu não aguento mais viver aqui na casa dos meus pais, eu quero trabalhar, sei lá, fazer algo para ocupar a minha mente sabe? Eu já sou adulta, posso muito bem morar sozinha.. - ela disse.

- Pô amor, quer morar comigo? - perguntei.

- Tá falando sério?

- Claro que eu tô.  A gente tá namorando, sei lá, fica até melhor pra nós dois. O emprego tu pode ver com a Day, ela é tua amiga agora, conversa com ela. Ela conhece geral, pode te ajudar. - disse.

- Ô meu amor... muito obrigada, sério!

- Nada, meu anjo. Teus pais se importam de tu sair de casa? - perguntei.

- Pior que não. A minha mãe dá total liberdade pra mim, e meu pai também.

- Que bom meu anjo. Fala com a Day e com teus pais. Se tu vir, vou explodir de felicidade. - disse, rindo e ela deu uma gargalhada.

olhos castanhos • vitão | concluída Where stories live. Discover now