thirty.✨

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Larissa

Dormi a tarde toda, e disse a meus pais que na hora do jantar precisava falar com eles. Na hora, cheguei, me sentei. Alice se sentou, sem dizer uma palavra sequer, acreditei que ela ainda estivesse com raiva do que minha mãe disse a ela.

- Bom filha, você disse que queria falar com a gente uma coisa importante. Pode dizer.. - meu pai disse, me olhando.

- Então, eu queria dizer duas coisas. A primeira é que eu estou namorando. - disse, vendo meus pais comerem a lasanha que minha mãe tinha feito e logo eles largaram os talheres quando terminei a frase.

- Com quem? - minha mãe perguntou, com a voz calma.

- O Victor.  O Vitão, mãe... é, a gente começou a se conhecer melhor e aconteceu. Eu comecei a gostar dele, enfim. - disse, meio sem jeito. Ficava meio envergonhada em falar de namoro para meus pais e percebi que Alice não gostou da notícia, continuou calada.

- Tudo bem filha, mas e a segunda coisa que queria falar?

- É relacionado a isso. Eu não estou me sentindo confortável morando aqui com vocês. Não é nada de errado que vocês fizeram, antes que me perguntem. Só questão de, sei lá, ter uma vida própria. Eu sou adulta, já posso trabalhar e viver sozinha. Ter um apartamento, enfim. Eu conversei com o Victor sobre isso e ele me chamou para morar com ele. - disse.

- Ele é de São Paulo? - meu pai perguntou e eu assenti.

- Filha, eu acho particularmente uma boa ideia. Eu e seu pai sempre demos abertura e liberdade para você fazer o que quiser então, tudo bem. Eu acho que se você quiser isso, tudo bem. Vá, aproveite, more com seu namorado e seja feliz. Estamos aqui pra tudo. - minha mãe disse, sorrindo.

- Sua mãe disse tudo o que eu queria dizer, filha. Você quer ir? - meu pai perguntou e eu assenti.

- Pretende ir quando? - minha mãe perguntou.

- O mais rápido possível. A melhor amiga do Victor que é minha amiga também, a Day, me deu um emprego na produção dela. Ela também é cantora. - expliquei.

- Semana que vem então, está bom pra você? - meu pai perguntou.

- Ótimo. Eu não sei como agradecer vocês, eu amo vocês papai e mamãe! - disse, feliz e eles riram.

Fui para o meu quarto, ligar para o Victor.

Victor

- Oi amor. - disse.

- Amor, eu vou pra São Paulo. Semana que vem.

- Puta que pariu, amor eu tô feliz demais! - disse, animado e escutei ela dar uma gargalhada do outro lado da linha. 

- Eu também! A gente vai dividir o mesmo teto cacete! Não tem mais o capeta da Alice, porra, eu vou surtar. - ela gritou.

- A gente vai poder transar todo dia sem parar!

- Victor! Seu safado! - ela disse, e eu comecei a rir.

- Vai dizer que não vai querer..

- Para, chato. - ela disse, manhosa.

- Tua prima ficou como quando tu falou?

- Com a maior cara de cu do mundo. Como tu mesmo disse, pervertida do caralho. - ela disse, e eu morria de rir.

- Aí amor, ela não ouviu tu chamando ela de capeta não?

- Se ouviu meu anjo, que se foda, é o que ela é. Quer que eu chame ela de anjo? Só se o anjo for o que caiu do céu, Lúcifer, no caso, capeta.  - ela disse, rindo e eu também não parava de rir.

- Aí amor, fico pensando se tu não tivesse tido o ataque de choque lá quando tu surtou com ela... porra, ia ficar malzão.

- Meu anjo, pensa nisso não. Já passou, vamos pensar em coisa boa, eu vou me mudar, tô feliz, tu também, isso que importa! - ela disse, sorrindo. Como eu amo aquele sorriso...

olhos castanhos • vitão | concluída Onde histórias criam vida. Descubra agora