forty four.✨

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Victor

5 dias depois do que aconteceu com Larissa e ela ainda não acordou. Eu só queria que ela acordasse, me dizesse p que aconteceu. Passei esses dias indo e voltando para o hospital e ela permanece do mesmo estado.

Os médicos estão aguardando os resultados de alguns exames dela, que fizeram assim que ela chegou aqui, antes de ser internada.

- Victor. Ela acordou. Seja calmo com ela. A Larissa ainda aparenta estar em estado de choque pelo o ocorrido. - o médico disse e eu assenti. Entrei na sala e ela estava lá, coberta e injetada de soros, pálida.

- Oi amor. - ela disse, com a voz falhada.

- Oi meu anjo. - disse, dando um beijo em sua testa.

Depois de conversarmos um pouco, o médico entrou no quarto.

- Bom dia, Larissa. Trouxe o resultado dos seus exames.

- Eu só quero saber se meu filho tá bem, só isso. - ela disse, nervosa, e eu a acalmava.

- Larissa, de acordo com os exames, você têm alopécia androgenética. É uma doença do couro cabeludo. Devido ao impacto causado, você acabou desenvolvendo a doença. Vamos fazer o tratamento enquanto você estiver internada, tudo bem?

- Tudo bem. Têm cura, né doutor? - ela perguntou, segurando minha mão. Suas mãos estavam trêmulas. 

- Infelizmente, não. Apenas o tratamento.

- Como assim? E-eu não acredito.. não pode ser..  - ela disse com lágrimas no rosto.

- Calma meu amor, calma. - disse, limpando suas lágrimas.

- E sobre o bebê, infelizmente, ele não resistiu. Sinto muito. 

- Não meu Deus, não! Meu filho não! - ela disse, chorando muito e eu a abracei forte. Não acreditava no que estava acontecendo. Larissa estava doente e perdemos o nosso filho.

Eu apenas chorava ao seu lado, sem acreditar.

- Eu não acredito que eu não consegui carregar esse filho.. - ela disse.

- Não é culpa sua meu amor. A culpa é de quem fez isso com você.

- O Pedro é um infeliz, desgraçado, que ele queime no inferno! - ela disse, ainda chorando bastante.

- Pedro?

- Foi o Pedro que me bateu, amor. Foi ele, e a Alice. Eles planejaram me matar.

Larissa

- Mas amor, como assim? - perguntou.

- Eu fui procurar um banheiro um tempo depois do show ter começado. Acabei encontrando uma porta que parecia ser aquelas portas de banheiro. Eu entrei e a Alice me puxou, me ameaçando com uma faca. Daí o Pedro subiu a janela não sei como e me bateu. Eu tentei o possível pra me defender, mas foi em vão.

Ele me olhava com uma feição triste, e isso me machucava ainda mais. Não acredito que perdi meu filho, que tenho uma doença que vou ter que carregar a vida toda e que a minha própria prima tentou me matar.

- Tá, mas quando eu te achei tinha um bilhete no chão. Foi você quem escreveu? - perguntou.

- Foi. O Pedro me deu um pedaço de papel e caneta pra mim me despedir de você. - disse, vendo ele chorar ainda mais.

- Escuta. Olha pra mim. A gente vai ter outro filho, eu prometo. E a gente vai lutar junto contra essa doença, ouviu? Eu não vou te abandonar nunca. Eu te amo.

- Eu te amo. Te amo, te amo, te amo. Obrigada por tudo meu amor.

Nós ficamos abraçados, ainda sem entender no que aconteceu, e sem imaginar como iríamos superar isso.

eu chorei escrevendo
esse capítulo gente,
real

olhos castanhos • vitão | concluída Where stories live. Discover now