Cavalo-marinho

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(Eu demorei pra postar, porque tive dificuldades pra fazer a última parte do capítulo. Cheguei na conclusão de que a melhor poesia que fiz foi a do capítulo Água, é uma poesia mágica, só entende quem gosta de biologia. Mais uma vez, se alguém se sentir incomodado com algo e enxergar gatilho, por favor me avise. Boa leitura ❤️)

























Eu reagi exageradamente, agora você está triste
Te puni por algo que você não fez
Eu prendi suas mãos atrás de suas costas
Lutar com um amor verdadeiro é como lutar boxe sem luvas
Química até explodir, até que não haja nenhum nós
Eu não quero fazer isso com você
Eu não quero perder isso com você
















Taehyung















A subida de elevador foi silenciosa, um silêncio que nos torturou durante um tempo até podermos sair daquele sufoco.

Emma foi mais rápida e se moveu até a porta do meu apartamento primeiro. As únicas palavras que trocamos foi quando perguntei sobre Dahyun e Baekhyun e ela explicou que já tinha deixado eles na residência estudantil. Depois disso, ela apenas perguntou se podia subir e eu, educadamente, assenti.

Não pude deixar de notar o caderno em suas mãos. Ele é vermelho e Emma tampa quase metade da capa com suas mãos abertas.

Vou até ela e o momento em que abro a porta se tornou de certa forma difícil. Emma está me encarando e posso jurar que a chave está errada. Mas, enfim, consigo abrir.

— Entre — falei, diminuindo o tom de voz.

As luzes estão apagadas, mas Emma entra mesmo assim. Ela conhece a casa, já esteve aqui diversas vezes. Porém, não deve saber dos móveis novos. Ligo o interruptor e a vejo se sentando no sofá e colocando o caderninho ao seu lado.

— Quer beber alguma coisa? — perguntei, também por educação.

— Não — ela balançou a cabeça de uma forma absurdamente adorável.

Enquanto ela estava sentada no sofá, tirei meu casaco molhado por causa da chuva, meus anéis e sapatos. Quando fui jogar todos na poltrona, notei o olhar de Emma em cima de mim, analisando cada detalhe como um gato prestes a pular de um telhado para o outro.

Não foi apenas isso que percebi, sem querer, coloquei tudo na poltrona e esqueci que essa era a melhor forma de ficar longe de Emma, mesmo estando no mesmo lugar. Suspirei e me sentei ao seu lado, não tão perto, mas não tão longe. A distância da minha perna com a dela deve medir um palmo apenas. Ambos não sentamos perto do braço do sofá, a distância seria maior.

Emma se acomoda no estofado e quando o cotovelo roça o meu, trago minhas mãos para cima e as coloco atrás de minha cabeça. Não podemos sequer roçar cotovelos sem a minha vontade de estender a mão e beijar a garota ao meu lado.

— Você está bem? — foi a primeira pergunta dela.

— Não — respondo. — Tive uma boa noite, divertida, mas não estou bem. Nada bem.

Emma se vira e apoia o cotovelo na cabeceira do sofá.

— Eu sou o motivo? — a tristeza na pergunta fez meu coração doer.

Pinte a sua dor | kth [CONCLUÍDA] जहाँ कहानियाँ रहती हैं। अभी खोजें