O perdão para Raditz.

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Ele não queria conversa! A revelação de um filho o pegou completamente de surpresa. Não que ele nunca tivesse pensado em ter um filho com ela ou por regeitar a ideia, mas pela forma como tudo foi revelado, porque ela simplesmente não tinha lhe ofertado o beneficio da duvida, ela escondeu a gravidez, ela escondeu a existência do menino. Por deus ele chegou a odiar seu próprio filho achando que era um homem na vida daquela que ele ainda amava! Tinha muito para perguntar, muito para falar, mas por hora só queria se concentrar em um plano para rescatar e manter a salvo seu filho, filho esse que até duas horas atrás nem sabia que existia, mas era seu! Picollo não se daria ao trabalho de arquitetar tudo isso sem ter certeza das cartas que tinha na manga para barganhar, ainda assim era seu filho, era sua responsabilidade mesmo tendo sido privado involuntáriamente dela como pai até ali, e parando para analiza, ele fora privado de tudo: do primeiro choro de vida, do primeiro choro de troca, do primeiro tudo! Mas lutaria para ter outros primeiros, nem que para obter sucesso tivesse que se humilhar para seu pai. Os planos aos poucos começavam a se formar em sua mente e ele ia os organizando por etapas à medida que os tinha, era complexo, arriscado, mas era uma chence em um milhão.

(...)

Bulma estava a horas sentada na cama, seu olhar fixo na parede era vazio, frio, distante, mas a mente tinha um único foco: seu filho, seu bebê, seu amor verdadeiro. Talvez se não tivesse se deixado levar por sua curiosidade e seus sentimentos controversos, talvez eles não estivessem nas mãos de um ser repugnante como Picollo, ou talvez seria mais uma peça no jogo dele, porém com o objeto para barganhar com Vegeta, mas o principal em sua linha de raciocínio era o atenuante de que agora Vegeta sabia sobre o Trunks, e não sabia muito bem qual era a real situação, ou o que de fato ele estaria a pensar. O conhecia bem o suficiente para saber que mesmo ele dizendo sim a algo que iria contra seus princípios profissionais e pessoais, ele não aceitaria de fato, e com certeza estaria a bolar algo para tirar seu filho das mãos do perigo, e se ele tinha um plano ela queria estar ciente, queria esta a par do que ele iria fazer para ter certeza de que não colocaria ainda mais seu Trunks e seu pai na linha de frente ao pilotão de fuzilamento e mesmo que tivesse que encarar a raiva dele ou o desprezo, ela o incararia.

(...)

Raditz estava com Goku e os dois conversavam a respeito do tal Picollo ter confesado a morte de seus pais, enquanto Chichi acalmava Tights que soluçava chorando; o pensamento de que seu pai e seu sobrinho podessem ter o mesmo destino que os pais de seu agora namorado, e aquela ideia a levava aos prantos.

Raditz ficou muito sério diante da pergunta de seu irmão, e talvez o fizesse bem falar abertamente com seu irmão, afinal ele era, sua única família e diante da situação talvez essa fosse a ultima vez que teria a oportunidade de tirar aquele peso que carregava consigo.

—Foi por causa desse assasino que você brigou com o pai naquele dia, Rad?. —Perguntou Goku com um olhar triste.

— Sim e não, eu estava estagiando no escritório do senhor Kame quando um processo de investigação chegou; era um processo grande ,sabe? Desses que você faz fama, mas com o desenrolar do processo eu descobri que o pai estava sendo investigado como cúmplice de contrabando de peças arquioligicas o tal do Picollo era o principal investigado, mas aquilo me pertubou de tal modo que quebrei a regra de sigilo do escritório e fui confrontar nosso pai, mas você sabe como ele era: sempre se achando o dono da verdade e da razão. Ele me confirmou que de fato tinha feito alguns negócios com o tal Picollo, mas quando ele tentou me contar o motivo dele eu não quis ouvi-lo e chamei ele de crimiso e sem escrupolo, e ele, para não sair por baixo me chamou de moleque e jogou na minha cara que se eu estava na universidade era graças ao dinheiro de quem eu estava acusando de ser criminoso. Sabe como eu sou explosivo?! Então, para não o desrespeitar com um soco eu acabei cuspindo no chão. Eu me arrependo muito de não ter ouvido os motivos dele.

Em busca do tesouro de Shenlong.Where stories live. Discover now