𝐉𝐮𝐫𝐚 𝐉𝐮𝐫𝐚𝐝𝐢𝐧𝐡𝐨

「Capítulo Nove」

Dove Cameron POV
Guarujá, São Paulo
17 de junho de 2022

— Não pode ser… — repito novamente.

Sabe quando você deseja uma coisa, mas desiste por nunca saber que dará certo e/ou que nunca vai conseguir? Desde que assumi a liderança da empresa dos meus pais, eu sempre tive a meta de fechar um contrato ou ter o contato de uma das maiores empresas dos Estados Unidos, Arkitec Thompson 's. E agora a dona da empresa, Scarlett Thompson enviou um e-mail pedindo para marcarmos uma reunião por videoconferência para explicar mais detalhadamente o projeto dela.

Pego o celular da mão da minha cunhada para reler o e-mail e o conteúdo ali novamente, me sinto uma criança realizada por ter recebido um e-mail da pessoa da área de arquitetura que mais admiro. E na mensagem ela diz estar muito interessada em firmar parceria com a Decoris Arquidesign e que para isso precisava falar diretamente com a dona da empresa, eu. Olho para minha cunhada e Cameron, ambos sabem do quão louca sou para ter esse contato e agora eu tenho, vejo a felicidade deles por mim. Eu estou muito feliz.

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Já fazem mais de três horas que o Booboo informou sobre o interesse da Scarlett em falar comigo, meu melhor amigo respondeu o e-mail dizendo que estávamos interessados na parceria e que era para marcar um horário com minha secretária. Porém, não obtivemos uma resposta dela, minha ansiedade é gritante. Essa parceria será muito importante para mim e para a empresa, já que desde a sua fundação ninguém conseguiu esse marco importante.

E eu já tive o primeiro passo, ter o contato e uma possível reunião com ela.

Pego o controle da TV para mudar os canais a procura de algo que chame minha atenção, estou sozinha na sala, meu filho continua dormindo e meus amigos foram para a cozinha fazer algo que não entendi muito bem. Mas nada da televisão me chama atenção, deixo um suspiro sair dos meus lábios, desligo a TV e me levanto. Não me importo em por o chinelo, gosto de sentir a frieza do chão. Ando até a cozinha me deparando com minha cunhada cortando algumas frutas e uma panela no fogo o que imagino ser brigadeiro de colher, Cameron está sentado no balcão mexendo em algo no notebook com a maior concentração do mundo. Minha curiosidade atiça.

— Ei, o que estão aprontando? — pergunto indo até um lado do balcão e me apoio nele.

— Salada de fruta para acompanhar o brigadeiro de colher que fiz, irá querer? — sinto água na boca ao pensar sobre essa combinação. Concordo com a cabeça, mesmo sabendo que depois irei passar mal por isso, não havia colocado quase nada no estômago nos últimos dias.

— Camarão, o que está fazendo nesse notebook? — tentei ver o que ele estava fazendo, mas ele proibiu.

— Estou tentando fazer algo — comentou sem tirar os olhos da tela e me ignorou por completo.

— Você sabe que quando esse aí se entrete com algo é difícil de conversar — fala minha cunhada, solto uma lufada de ar e reviro os olhos.

— Não sei como insisto em falar com ele — sento em um dos banquinhos, roubando algumas frutas cortadas.

— Finalmente consegui — a voz de Cameron de faz presente depois de um tempo, antes de ter a chance de perguntar quem era. Escuto uma pessoa falando, uma voz feminina. Com quem ele está falando?

— Olá, sr. Boyce — a pessoa do outro lado cumprimenta meu melhor amigo.

— Olá, sra. Thompson. Como vai? — pergunta educado. Thompson? Scarlett Thompson? Ele está falando com a Scarlett?