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Dove Cameron POV
Los Angeles, Califórnia
21 de Julho de 2022

Me sinto nas nuvens, como se meu corpo estivesse flutuando, uma felicidade fora do normal. Por seis meses, eu rezei e pedi muito para poder me sentir assim novamente, pra aquela dor insuportável deixasse meu peito e eu pudesse voltar a flutuar. Agora, seis meses depois, estou me sentindo assim e o mérito é todo de uma pessoa. Sofia Carson.

A nossa conversa de ontem, no meu escritório improvisado, não sai da minha cabeça. Ainda consigo sentir meu coração bater forte, as borboletas na boca do estômago, o nervosismo de estar perto dela, a vontade de quebrar o espaço que havia entre nós e selar nossos lábios. Precisei reunir todas as minhas forças para não fazer nada ali, muito menos sem o consentimento dela, eu a conquistei uma vez, consigo fazer isso pela segunda vez.

Durante a nossa reunião, não pude evitar os meus olhares na direção dela, talvez eu tenha perdido alguns pontos importantes debatidos ali, porém, o importante é que ocorreu tudo dentro dos conformes. Nossos olhares cruzaram várias vezes, deixando-a levemente envergonhada por ter sido pega em flagrante por estar me olhando, o melhor é ela tentando esconder a vergonha na frente de todos, sem levantar suspeitas. Acho que não funcionou muito, já que Scarlett barrou minha saída da sala, para questionar o motivo de eu e a Sofia estávamos agindo feito duas adolescentes tendo o seu primeiro amor.

— Mama, como é essa cor em espanhol? — volto minha atenção para o meu filho, a tempo de vê-lo sinalizar a cor vermelha.

— Rojo — falei para ele, rindo da sua careta — Repete comigo… Ro… jo… rojo.

— Rojo — imitou meu sotaque, fazendo careta no final.

— Isso, pequeno — parabenizei ele.

— E esse? —  apontou para o lápis roxo.

— Púrpura. É parecido com o português — expliquei a ele — Púrpura.

— Púrpura — repetiu perfeitamente.

— Olha só, está mandando bem — cutuquei a lateral do seu corpo, me juntando a ele no chão.

Hoje a escola do Dave funcionou meio período, no caso, apenas de manhã. Quando recebi a notícia vinda pela diretora, fiquei sem saber o que fazer, logo hoje que tenho reunião importante junto com a Scarlett, e meus cunhados estariam ocupados o dia todo, e a Sofia foi fazer visita ao um terreno. Pensei na ideia de levá-lo para empresa, porém, sabia que meu filho ficaria entediado e meio chatinho, por sorte a Scarlett me liberou da reunião, dizendo que daria conta sozinha.

— Estou feliz pela mommy estar de volta — meu filho comentou, sem tirar os olhos do desenho que está pintando.

— Também estou, filho — sorri, acariciando as costas dele — Nós vamos ajudá-la a lembrar de tudo, não é?

— Siimm! — falou animado — Será que podemos visitar ela no trabalho? Estou com saudade!

Abro a boca para respondê-lo, entretanto, sou interrompida com o estrondo da porta sendo aberta com força. Olho assustada para a porta, segurando o pequeno corpo frágil do meu filho, logo vejo a Sofia entrar atordoada, o peito subindo e descendo freneticamente, o rosto avermelhado e os olhos úmidos. Ela fecha a porta, deixando a bolsa cair no processo, porém ela não liga, como também não nota que estamos ali. Apenas se encosta na porta, deslizando até o chão.

— Sofia? — chamo-a calmamente, levantando do chão. Ela não se move, me deixando preocupada — Sof?

Suas mãos estão trêmulas, por mais que seu rosto esteja um pouco avermelhado indicando o choro recente, ela está pálida. Sinto meu coração apertar tamanha preocupação, ando apressada na sua direção ajoelhando na sua frente, tomando suas mãos nas minhas, sentindo-as geladas.

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