「Capítulo Onze」

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Dove Cameron POV
Guarujá, São Paulo
17 de junho de 2022

— Não acredito que finalmente encontramos minha irmã e sabemos onde ela está — a voz emocionada da minha cunhada atrai minha atenção. Encaro-a vendo seu olhar fixo nos meus — Não está feliz, Dov? Desde que minha irmã sumiu você quis ter notícias de onde ela estava e agora temos! 

— Eu… — suspiro — Eu não sei se realmente é ela, entende? É idêntica a nossa Sofia, a minha Sofia, porém, tem algumas coisas que não parece com ela. Não quero ter a esperança de ser ela e não ser! 

— Nesse meio tempo ela pode ter mudado o visual, Dov, isso explica de estar diferente da nossa Sofia. Porém, é ela! — meu melhor amigo indaga. Talvez eu esteja sendo pessimista demais em relação a aparição dela, realmente pode ser ela e… 

— Está bem, está bem! — levanto as mãos em rendição — Estou feliz, não sabem o quão feliz estou por estar a alguns passos de terminar meu maior pesadelo. Porém, estou com uma sensação dentro de mim e não vou ignorá-lo… 

— Céus, você é tão pessimista! — minha cunhada revira os olhos me dando um tapa no ombro — Podemos, por favor, comemorar que Sofia está viva e preste a voltar para nós? 

— Você ama me bater, né, pelo amor de Deus! — resmungo, escutando ela rir — Claro, senhorita mandona! — sinto os braços dela me abraçar e, posteriormente, os do meu melhor amigo. 

Não sei dizer qual é a notícia que me deixou mais feliz, a do contrato ou da minha esposa estar viva e prestes a voltar para nós. Ambas me deixaram extremamente feliz, uma notícia realizou meu maior sonho desde que entrei na empresa e a outra acabou com meu maior pesadelo. Se antes eu tinha dúvidas de aceitar a oferta da Scarlett, agora não tenho nenhuma dúvida. Quero ir atrás da minha esposa, trazê-la de volta para nossa família. 

Não consigo pensar na possibilidade da minha esposa ter perdido a memória, esquecido totalmente quem sou, da nossa história ou de o quanto é apaixonada por mim e por nosso filho. Não quero encontrá-la e não ver seus olhos brilhando em paixão ao me ver. Não quero encontrá-la e ver que não me reconhece e reconhece nosso filho. Nossa família que demos duro para construir. 

Deixo as lágrimas escaparem dos meus olhos ao me dar conta de que finalmente meu pesadelo está acabando ou chegando perto do fim. Sinto minha cunhada apertar os braços ao redor da minha cintura e deitar a cabeça no meu ombro, logo escuto-a fungar indicando que também está chorando. Os braços protetores do meu melhor amigo abraça nós duas, nos confortando. 

— Mama, mama… — escuto a voz do meu filho falar ao adentrar a cozinha. Minha cunhada separada de mim para poder ver meu filho — Também quero abraço — deixo um sorriso escapar, abro os braços em um pedido mudo para ele vim na minha direção. 

— Vem cá, meu amor! — chamo, vendo ele vim na minha direção. Pego-o no colo, Dave senta nas minhas coxas de frente para mim e me abraça com força. Planto um beijo na cabeça dele, minha cunhada volta a me abraçar. Ficamos um longo tempo ali abraçados, até meu pequeno reclamar por estar sendo esmagado fazendo todos rirem. 

— Eu amo vocês, muito! — indago, olhando para Cameron e Lina. Meu melhor amigo sorri convencido fingindo jogar o cabelo imaginário para o lado, o que me faz gargalhar. 

— Eu sei, Dov, sempre soube do seu amor encubado por mim! Porém, também amo você! — manda um beijo para mim. 

— Vocês dois se amam, só pode! — diz Lina rindo — Também amo você cunhada! 

 𝐉𝐮𝐫𝐚 𝐉𝐮𝐫𝐚𝐝𝐢𝐧𝐡𝐨 Where stories live. Discover now