1943's Battle

Day one - Meeting.

Harrys's POV

Segunda-feira, 13 de setembro de 1943 - 07:06 AM.

- ABANDONAR EMBARCAÇÃO! - Eu gritava sentindo a ardência nos meus pulmões. - VAMOS, MAIS RÁPIDO! - Eu gritei vendo os homens pulando na água fria sem nem pensar duas vezes.

É isso que eu chamo de extinto de sobrevivência!

Levei as minhas mãos aos ouvidos e tensionei todo o meu corpo ao ouvir o barulho de uma explosão.

- TENENTE STYLES! - Ouvi alguém me chamando e olhei para trás ainda ouvindo um sonido irritante nos meus ouvidos. - O BOTE ESTÁ EMPERRADO! - Eu corri até lá enquanto já tirava o meu canivete do bolso.

- CORTE A CORDA PRINCIPAL! - Eu gritei por conta do barulho da sirene da embarcação e entreguei o canivete para ele.

Nós estávamos afundando.

- SAIAM DE BAIXO, NADEM PARA LONGE SEUS INÚTEIS! - Eu gritei vendo vários homens na água, eles seriam atingidos pelo bote assim que a corda fosse partida. - MAIS RÁPIDO SE NÃO QUISEREM MORRER! - Eu bati na lateral do navio.

Deixei o garoto se virando para cortar e voltei a caminhar pelo convés, eu não poderia partir até ter certeza que todos estavam fora daqui.

- MAS QUE CARALHOS, HEADWHITE? - Eu Esbravejei o vendo arrastando um corpo.

- EU NÃO POSSO O DEIXAR! - Ele gritou e eu neguei com a cabeça.

- A ESCADA NÃO VAI DESCER SEM UM APOIO, VOCÊ VAI PULAR COM ELE NA ÁGUA E ELE VAI ACABAR DE MORRER! - Eu gritei tentando o puxar. - VOCÊ PRECISA ABANDONAR A EMBARCAÇÃO AGORA! - Eu gritei no seu ouvido. - ISSO É UMA ORDEM MARINHEIRO! - Ele se sentou no chão e eu respirei fundo.

O barulho ensurdecedor da sirene do navio estava me deixando tonto, isso sem contar a instabilidade da superfície onde estávamos.

Estávamos afundando cada vez mais e mais a cada minuto.

Ouvi o barulho de tiros e olhei para o céu vendo uma luz forte e vermelha descendo.

Sinalizadores.

- ISSO É UMA ORDEM! VOCÊ...- Ele me interrompeu.

- É O MEU IRMÃO, TENENTE! EU O LEVO COMIGO OU MORRO COM ELE! - Ele gritou olhando nos meus olhos e eu pensei duas vezes antes de realmente fazer isso.

Mas fiz.

Peguei uma corda solta e puxei o corpo quase desacordado do marujo que estava ferido.

- COLOCA O COLETE OU VOCÊ VAI AFUNDAR COM O PESO! - Eu joguei uma boia para ele e ele a colocou com maestria.

Amarrei o marujo ferido no corpo do seu irmão e dei um nó forte, o que o fez gritar de dor.

- Sinto muito, companheiro! - Eu murmurei dando outro nó tentei me equilibrar para ficar de pé.

Não conseguindo me manter ereto por conta da força das ondas, eu tive que me arrastar até a ponta puxando os dois.

- NADA O MAIS RÁPIDO QUE PUDER OU VOCÊ VAI SER PUXADO PARA BAIXO, NÃO PARE DE NADAR SE QUISER FICAR VIVO! EU FUI CLARO? - Eu olhei nos seus olhos e ele assentiu com os olhos arregalados.

Ele estava em choque.

- Que Deus esteja com vocês! - Eu disse antes de os jogar no mar.

Olhei por alguns segundos e eles não submergiram mais.

- PORRA! - Eu passei a mão na cabeça tendo que os esquecer para ver o que sobrou da embarcação.

Voltei a andar devagar devido ao chão estar sendo engolido pelo mar.