Day eleven - Storm.

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Blanche's POV

Quinta-feira, 23 de setembro de 1943 - 06:23 AM.

Eu estava quase pegando no sono quando ouvi o barulho da porta e me sentei na cama rapidamente.

Martha estava entrando com uma expressão corporal completamente exausta.

- Já está acordada, menina? - Eu dei de ombros.

- Eu sequer dormi ainda! - Confessei. - Você está bem? - Perguntei apenas para ter uma confirmação.

- Estou cansada, mas estou bem! - Ela puxou um banquinho e se sentou. - E você, como está? - Ela devolveu a pergunta.

- Não estou bem. - Confessei.

- O que está sentindo? - Ela perguntou visivelmente preocupada.

- Tudo e nada. Não sei explicar, mas posso garantir que é horrível! - Ela suspirou.

- O que eu posso fazer para ajudá-la? - Eu sorri fraco.

- Posso ter um abraço? - Eu dei uma opção e ela sorriu se levantando.

Desci da cama com agilidade e parti para um abraço com ela.

- Eu queria poder mudar o que houve, minha menina! - Ela murmurou.

- Eu também queria, mas não posso... - Senti o meu peito doer.

Ela respirou fundo e fez carinho nas minhas costas por mais alguns segundos antes de desfazer o nosso contato.

- Eu adoraria poder sentar e conversar com você, Laurie, mas preciso tomar um banho e descansar. - Ela segurou as minhas mãos e eu concordei na hora.

- Vá lá, não se preocupe comigo! - Eu recolhi as minhas mãos para perto do meu corpo outra vez e ela sorriu fraco antes de ir em direção ao banheiro.

Quando me vi sozinha na cabine eu voltei a me sentir mal, mas já era um sentimento conhecido por mim devido aos acontecimentos dos últimos dias.

Estava cansada, mas não conseguia parar de pensar por um segundo em tudo que aconteceu mais cedo, foi um erro ter ido procurar o Styles.

Eu nem sabia se poderia ou não confiar nele e o disse coisas muito pessoais que ele provavelmente usaria para me atingir mais tarde, era bem do tipo dele.

Voltei para a minha cama e me forcei a tentar dormir para parar de pensar besteiras.

Harry's POV

Passei a noite em claro.

Não consegui pregar os meus olhos por nenhum segundo sequer essa noite.

O cheiro da Blanche estava presente no cômodo, as suas palavras ainda rodavam a minha mente e a sua expressão triste tomou conta da minha cabeça todas as vezes que eu fechei os meus olhos.

Eu quase a beijei.

Eu quase cometi o maior erro da minha vida, das nossas vidas.

Eu não poderia ter feito aquilo, ter chego àquele ponto foi um deslize enorme da minha parte. Eu não podia ter deixado ela saber que eu também a desejava.

11 anos atrás.

- Pai? - Eu entrei na casa velha e empoeirada o chamando.

Coloquei a minha mochila no sofá e olhei ao redor tentando o encontrar.

Depois que verifiquei todos os cômodos do primeiro e segundo andar, percebi que ele só poderia estar lá embaixo.

- Pai? - Chamei por ele mais uma vez quando abri a porta de madeira quase completamente comida por pestes.

1943's Battle Where stories live. Discover now