Day three - Thief.

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Harry's POV

Quarta-feira, 15 de setembro de 1943 - 07:58 AM.

Tentei abrir os meus olhos assim que acordei e consegui com alguma dificuldade, olhei para os lados sentindo a minha boca seca e notei que a enfermaria estava bem mais vazia que ontem.

Fiz menção de me sentar na cama que estava, mas a minha perna estava dolorida e coberta com bandagens.

- Eu não falo francês! - Tive que falar quando um cara se aproximou e disse algo.

- Sinto muito, meu inglês também não é muito bom. - Ele me olhou. - Sou Alex Cedric, enfermeiro da Cruz Vermelha. - Ele bateu continência e eu apenas fiquei o encarando. - Já cuidamos do seu ferimento, mas devo avisá-lo que precisa mesmo repousar dessa vez, senhor. Sua febre foi bem alta e sofreu até de alucinações quanto fechavam isso. - Ele apontou para a minha perna machucada.

- Certo. - Respondi seco.

- O café da manhã está sendo servido, quer que eu peça para que lhe sirvam? - Eu ia negar, mas apenas ao ouvir a palavra "café" a minha barriga roncou.

- Certo, tudo bem. - Ele bateu continência antes de sair.

Será que todos os franceses eram assim tão chatos ou faziam de propósito só para nos irritar?

- É bom vê-lo acordado, senhor! - Ben se aproximou também me saldando com uma continência, eu retribuí mesmo ainda fraco.

- É bom ver um rosto conhecido por aqui. - Ele concordou.

- Como está se sentindo? - Ele perguntou me checando.

- Cansado, mas estou bem. Alguma notícia sobre a rota traçada? - Eu perguntei curioso é ele respirou fundo.

- Eu não consegui saber muita coisa. Esses malditos franceses estão nos tratando como a porra de inimigos nessa embarcação, precisamos de você para conseguir algo deles. - Eu neguei com a cabeça.

- Eu também senti isso ontem, além de covardes...- Eu me calei ao ver uma enfermeira vindo quase que saltitante com uma bandeja em mãos.

- Bom dia, tenente Styles! Como se sente? - Ela colocou a bandeja na minha cama e sorriu para mim.

Ben tossiu do meu lado e eu o olhei apenas para vê-lo segurando o riso.

- Estou bem. - Murmurei também tentando ficar sério.

- Aqui está o seu café da manhã, torradas com geleia de morango e leite quente, espero que goste! - Ela explicou sorrindo e eu apenas concordei mordendo o meu lábio inferior para não rir.

Assim que ela saiu, Ben deixou de se segurar e começou a rir.

- Fique quieto! - Eu me curvei para pegar a bandeja e ele riu ainda mais.

- Está sendo tratado como um deus do Egito por aqui, se eu soubesse que teria esse tratamento também teria deixado alguém jogar uma maldita bomba em mim! - Ele roubou uma torrada minha e eu ri revirando os olhos.

- Não fale merda! - Eu mordi um pedaço da minha torrada e quase gemi por sentir o gosto de uma geleia. - Está horrível! - Ele riu concordando.

- Eu sei que está! - Ele puxou um banco e se sentou ao lado da minha cama. - Tenho boas novas! - Eu o olhei curioso.

- O quê? - Tomei um pouco do meu leite quente e ele terminou de mastigar para me contar.

- Os bastardos finalmente conseguiram uma cabine para você. - Eu ri nasalado.

- Aonde estão ficando? - Eu perguntei me referindo ao resto dos meus homens.

- Em um cubículo lá embaixo, mas não podemos reclamar. - Eu concordei.

1943's Battle Where stories live. Discover now