Fifteenth day - Ocean.

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Blanche's POV

Segunda-feira, 27 de setembro de 1943 - 05:47 AM.

A água estava fria, mas o sol quente. Era uma sensação estranha pois a parte do meu corpo mergulhado na água estava frio, mas a parte não mergulhada estava quente devido ao calor do sol.

Era gostoso.

O mar inteiro apenas para mim, ou só eu para ele. Acho que ele se ele pudesse escolher não gostaria de me ter, mas eu gostava de tê-lo.

Eu não era nada comparada a ele, mas gostava disso.

Estava mesmo precisando de algumas férias, de momentos assim. Eu queria poder ficar boiando aqui para sempre, queria poder me banhar nessa água infinita e gelada todas as manhãs.

Como pode algo ser tão grande assim? Chega a ser até assustador.

É apavorante!

Eu preciso sair!

Mas não conseguia, não sabia como.

Os meus olhos buscavam por algum ponto seguro, mas não havia nada. Eu estava no meio do oceano sozinha, perdida.

- SOCORRO! - Eu gritei com todas as minhas forças quando algo me puxou para baixo.

Eu estava tentando chegar até a superfície, mas não conseguia.

Eu iria me afogar.

- Blanche! - Alguém me chamou e eu parei de tentar chegar até o topo quando reconheci a voz.

- Papai? - Chamei.

- Sim, eu estou aqui! - Sorri largo.

- Sinto sua falta! - Ele riu.

- Eu não sinto, a vejo todos os dias! - Ele garantiu.

- Eu queria poder o ver também! - Confessei.

- Estou sempre ao seu lado, você não precisa se preocupar. Essas são águas seguras, não se preocupe! - A voz dele foi ficando mais baixa.

- Papai, eu estou com medo. Eu preciso muito de você, não me deixe sozinha! - Pedi.

- Querida, não se preocupe! As vezes precisamos mergulhar em mares aparentemente assustadores.

- O que isso quer dizer? - Perguntei chegando até a superfície em um piscar de olhos.

- Você está nadando em águas seguras, querida!

Acordei ouvindo uma movimentação no quarto e me sentei na cama rapidamente.

- Desculpe menina, eu derrubei alguns cabides! - Martha se desculpou e eu ri fraco.

- Está tudo bem, Martha! Eu já ia me levantar mesmo. - Estalei as costas antes de descer da cama.

- Eu não acho uma boa ideia você ir trabalhar hoje, nem você e nem Lucy! - Eu sorri fraco.

- Está tudo bem! Eu não quero ter que ouvir mais besteiras como aquelas de ontem, sem falar que eu já estava querendo voltar mesmo. - Dei de ombros.

- Como estão os joelhos? - Ela perguntou e eu levantei a camisola até ficar com os joelhos de fora.

- Até que não estão tão ruins! - Ela suspirou.

- Vocês meninas são tão rebeldes! - Eu tive que rir.

- Você ainda não viu nada! - Pisquei para ela e ela semicerrou os olhos e cruzou os braços enquanto me olhava.

1943's Battle Where stories live. Discover now