Day four - Apologized.

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Blanche's POV

Quinta-feira, 16 de setembro de 1943 - 02:13 PM.

- Oi! - Lucy me cumprimentou e eu franzi o cenho.

- Achei que estivesse de folga. - Ela deu de ombros.

- Eu troquei por uma no dia do meu aniversário. - Eu concordei.

- Deve estar cansada, posso fazer algo para ajudar? - Ela riu.

- Pode cuidar do ferimento do Tenente Styles? - Eu neguei na hora.

- Boa sorte! - Peguei a minha bandeja e fiz menção de sair, mas ela me parou.

- Por favor, Laurie? - Eu respirei fundo. - Eu não sei o que fazer com ele, eu disse para ele ficar na cabine e ele insiste em ficar andando pela embarcação! - Eu ri fraco.

- É o que ele faz, Lucy! Você acha que eu também não dei recomendações a ele? - Ela passou a mão na testa. - Eu tive que contar que provavelmente teríamos que amputar a perna dele para ele me deixar apenas verificar a sua maldita temperatura! - Ela respirou fundo.

- Por que ele é assim? - Eu dei de ombros.

- Eu não sei, ele é assustador! - Ela concordou.

- O pior é que hoje o meu enjoo está me matando, se eu continuar assim acabarei vomitando os meus órgãos! - Eu acabei rindo.

- Isso é nojento! - Eu comentei ainda rindo.

- Eu sei que é, justo hoje eu fui escalada para ficar com o tenente! Eu realmente não sei o que fazer se aqueles pontos abrirem outra vez, ele simplesmente não para em canto algum e...- Ela foi interrompida.

- Será que posso ter uma conversa particular com a senhorita Delvaux? - Eu arregalei meus olhos ao ouvir a voz já conhecida por mim.

Me virei apenas para ter certeza que era ele, e era mesmo.

Lucy fechou a sua boca, pegou sua bandeja com bandagens e saiu em um piscar de olhos.

Eu apenas fiquei o olhando e ele cruzou os braços se encostando no batente da porta.

- Concorda com a fala da sua colega? - Ele perguntou.

- Acreditaria se eu dissesse que não? - Ele riu.

- Você não responde, só pergunta? - Eu ri nasalado.

- Você só pergunta, não responde? - Ele respirou fundo, mas acabou rindo outra vez.

- Quero saber qual o nome dos seus protegidos. - Eu franzi o cenho.

- Perdão? - Perguntei confusa.

- As crianças! - Ele disse sem paciência.

- Não são meus protegidos, nós apenas temos algumas regras para com eles. - Ele me olhou surpreso.

- Me diga uma. - Eu respirei fundo e me virei para fazer a minha bandeja.

- A embarcação é muito grande e perigosa, quando decidiram que os deixariam ficar foram bem claros sobre não os deixarmos sozinhos por aí, para que eles não se machucassem. - Eu voltei a arrumar os meus matérias e ele ficou em silêncio.

Franzi o cenho outra vez e virei o meu pescoço minimamente para ver se ele ainda estava lá, e estava.

- Estava falando comigo? - Ele perguntou irônico. - Quantas vezes eu vou ter que dizer para você me olhar nos meus malditos olhos quando eu me referir a palavra a você?! - Respirei fundo e me virei para ele outra vez.

1943's Battle Where stories live. Discover now