Capítulo 6 - A seleção e a aula de adivinhação.

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Capítulo 6- A seleção de Esthefanie e a aula de adivinhação.

O coche cheirava levemente a mofo e palha. Harry se sentia melhor desde o chocolate, mas continuava fraco. Rony e Hermione não paravam de lhe lançar olhares de esguelha, como se temessem que ele pudesse desmaiar outra vez.

Quando o coche foi se aproximando de um magnífico portão de ferro forjado, ladeado por colunas de pedra com javalis alados no alto, Harry viu mais dois dementadores encapuzados montando guarda dos lados do portão. Uma onde de náusea e frio tornou a invadi-lo; ele se recostou no banco encalombado e fechou os olhos até atravessarem a entrada. O coche ganhou velocidade no caminho longo e inclinado até o castelo; Hermione se debruçou pela janelinha, espiando as muitas torrinhas e torres que se aproximavam. Por fim, o coche parou balançando, e Hermione e Rony desembarcaram.

Quando Harry ia descendo, uma voz arrastada e satisfeita chegou aos seus ouvidos.

-Você desmaiou, Potter? Longbottom está falando a verdade? Desmaiou mesmo, é?
Draco passou por Hermione acotovelando-a, para impedir Harry de subir as escadas de pedra do castelo, o rosto jubilam-te e os olhos claros brilhando de malícia, nem notando Esther perto de Hermione.

-Se manda, Malfoy - disse Rony, cujos maxilares estavam cerrados.

-Você também desmaiou, Weasley? - perguntou Draco em voz alta. - O velho dementador apavorante também o assustou, Weasley?

-Algum problema? - perguntou uma voz suave. O Prof. Lupin acabara de desembarcar do coche seguinte.

Malfoy lançou ao Prof. Lupin um olhar insolente, que registrou os remendos em suas vestes e a mala surrada. Com uma sugestão de sarcasmos na voz, ele respondeu:

-Ah, não... hum... professor - depois fez cara de riso para Crabbe e Goyle, e subiu com os dois as escadas do castelo.

Hermione bateu nas costas de Rony para apressá-lo, e os três se reuniram aos muitos alunos que enchiam as escadas juntos a Esther que os acompanhava sem dizer nada, cruzavam a soleira das enormes portas de carvalho e penetravam no saguão cavernoso iluminado com tochas ardentes, onde havia uma magnífica escadaria de mármore para os andares superiores.

A porta que levava ao Salão Principal, à direita, estava aberta; Harry seguiu o grande número de alunos que se deslocava naquela direção, mas apenas vislumbrara o teto encantado, que aquela noite se mostrava escuro e anuviado, quando uma voz o chamou:

-Potter! Granger! Quero falar com os dois!
Os garotos se viraram surpresos. A Prof.ª McGonagall, que ensinava Transformação e dirigia a Casa da Grifinória, os chamava por cima das cabeças dos demais. Era uma bruxa de aspecto severo, que usava os cabelos presos em um coque apertado; seus olhos penetrantes eram emoldurados por óculos quadrados. Harry abriu caminho até ela e com esforço e um mau pressentimento: a Prof.ª McGonagall tinha o condão de fazê-lo sentir que fizera alguma coisa errada.

-Não precisa ficar tão preocupado, só quero dar uma palavrinha com vocês na minha sala - disse ela. - Pode continuar o seu caminho, Weasley.

Rony ficou olhando a professora se afastar, com Harry e Hermione, da aglomeração de alunos que falavam sem parar; os três atravessaram o saguão, subiram a escadaria de mármore e seguiram por um corredor. Esther seguiu para perto das outras crianças do primeiro ano, sorriu gentil e esperou até que a professora Pomona Sprout diretora da casa da Lufa-Lufa, que os levou deixando Esther esperando até que seja chamada.
Harry saiu para o corredor com Madame Ponfrey, que seguiu para a ala hospitalar, resmungando sozinha. Ele só precisou esperar uns minutinhos; Hermione apareceu com um ar muito feliz, acompanhada pela professora, e todos desceram a escadaria de mármore para o Salão Principal.

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