𝗔 𝗙𝗮𝗿𝗺á𝗰𝗶𝗮

2.4K 212 42
                                    


𝐃𝐨𝐦𝐢𝐧𝐠𝐨, 𝐝𝐢𝐚 𝟎𝟒 𝐝𝐞 𝐉𝐮𝐧𝐡𝐨 𝐝𝐞 𝟏𝟗𝟖𝟗

- Ei, imbecil ! Chegamos na farmácia! - Henry disse, olhando para a irmã como se ela fosse uma espinha na ponta de seu nariz.

Charlotte desceu do carro lentamente e entrou no lugar. Ela já estava sem esperanças e não sabia o que fazer ou o que pensar. Voltar para Londres? Não ! Ela não era uma perdedora ! Sabia que se voltasse para a sua antiga casa encontraria sua mãe talvez até pior.

A farmácia era novinha, até. O atendente era um homem de meia idade que usava óculos. Ele não conseguia tirar os olhos da menina, estranhando o seu novo rosto na pequena cidade.

A britânica passou de corredor em corredor, até chegar no último, onde viu uma linda menina ruiva. Parecia uma resposta divina, já que não estava afim de falar com o senhor do balcão. Onde a menina estava era a sessão de absorventes, e, parecia um pouco perdida. A britânica logo foi ajudá-la, para, depois pedir ajuda.

- Pegue estes, são meus favoritos. Os com aba são os melhores. - A menina sorriu, entregando um pacote para a ruiva. - Desculpa, você pode me ajudar ?

- Claro !

- Sabe onde estão os remédios para dor de cabeça ? É para o meu pai e, eu não sou daqui. - Disse um pouco envergonhada.

Foram em direção a prateleira do lado, e, uma menina da mesma idade, mas, com um rosto tenso vinha vindo. Então, a ruiva voltou para onde estava e, Charlotte percebeu a sua insegurança com a garota.

- Ah, então essa é a Heather daqui, né ? - Perguntou se referindo ao clássico filme "Heathers".

- É, infelizmente. O seu nome é Greta e ... ela é um monstro de unhas pintadas.

A dupla chegou na prateleira desejada e, a britânica pegou o remédio para o pai, então, foram em direção ao caixa, quando, encontraram três meninos, mais ou menos das suas idades. Beverly escondeu o absorvente nas costas, enquanto Charlotte encarava eles com um olhar de dúvida.

- O que aconteceu ? - A ruiva perguntou.

- Não é da sua conta. - Um deles respondeu.

- Tem um menino lá fora que parece que está morrendo.

- P-precisamos de suprimentos, mas não temos o dinheiro suficiente. - O mais aflito deles respondeu.

- Eu ajudo vocês. Dá aqui. - Charlotte respondeu, pegando todos os utensílios da mão dos meninos e indo para o caixa pagar.

- Ei ! Espera ! Eu tenho um plano ! - A outra menina disse.

Então ela puxou assunto com o homem do caixa, derrubando uma caixa de remédios das milhares que haviam no local e, fazendo com que os meninos fugissem com os utensílios.
Charlotte não achou aquilo certo, então deixou cinquenta dólares no balcão. As duas saíram da farmácia .

- Nem me apresentei ! Meu nome é Beverly Marsh, prazer ! - Sorriu.

- Charlotte Bowers ! Sou nova aqui na cidade, acho que seremos ótimas amigas.

Beverly ficou um pouco surpresa com o nome Bowers, mas não comentou nada. As duas dobraram a esquina e viram o mesmo menino gordinho.

- Você está bem ? Isso parece dolorido ! - Beverly perguntou desesperadamente.

- Sim, estou bem, só caí. - Ele disse animado em ver a menina.

- Sim, no Henry Bowers ! - Um de óculos gritou.

- Henry Bowers ? - Charlotte perguntou se fingindo surpresa.

- É ! Falando nisso, nunca te vi na cidade. - O mesmo menino perguntou.

- Eu sou Charlotte, Charlotte Bowers, infelizmente. É, ele é meu irmão.

- Você ? Irmã do Bowers ? Sinto pena de você, querida. - O mesmo disse sarcasticamente.

- P-prazer! Sou o Bill, Bill Denbrough.

- Eu sou o Richie, aquele é o Stan é esse daqui o Eddie.

- E você ? - A menina se dirigiu ao menino machucado.

- Ben... Ben Hanscom.

- Eu sei fazer curativos. Querem ajuda ? - A menina disse indo limpar o machucado de Ben.

- Acho que não precisamos. - Eddie disse um pouco desconfiado, provavelmete pela menina ter "Bowers" no nome.

- Que tipo de idiota faz a sua própria inicial mas vítimas  ? Tinha que ser o Henry, aquele otário. - Respondeu, tentando mostrar que não concordava nem um pouco com os atos do irmão.

- Me-meninas, amanhã vamos na pedreira, vocês querem ir junto ?- Bill perguntou, se referindo as meninas e mudando de assunto.

- Claro !

- O que é isso ? - A novata perguntou.

- Um lago, passamos nossos verões lá. - Bever Lu respondeu com brilho nos olhos.
                                           [...]

A Extraordinária História de Charlotte Bowers (PRIMEIRA VERSÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora