𝗔𝗿𝗿𝘂𝗺𝗲-𝘀𝗲

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O sol nascia mais lindo que o normalmente, aquele dia com certeza seria lembrado eternamente por todos aqueles que iriam ao baile de verão. Charlotte se deu o luxo de acordar mais tarde, coisa que nunca fazia por se sentir improdutiva.

Quando lembrou-se que dia era pulou da cama e foi escovar seus dentes. Se olhou espelho percebeu que estava mais linda do que nunca. O que sua avó pensaria quando visse a neta crescida assim, buscando novas aventuras ?

Rapidamente desceu correndo as escadas de degraus breves e escuros de sua casa e foi diretamenta à sala, que por sinal, fedia a mofo, mas esse não era o foco agora. Pegou o telefone vermelho e ligou para Beverly.

- É hoje ! É hoje o baile !

- Ahhhhhh, finalmente o nosso tão sonhado dia ! - A ruiva completou.

- Você vem aqui em casa se arrumar ? Tenho uns esmaltes aqui, podemos pintar as unhas, passar argila no rosto ...

- Argila na cara ?

- Controla a oleosidade da pele, é ótima, o que acha ?

- Ok, 11h estou aí. Seu irmão está em casa ? Não né ?

- Espera, vou checar. Hojé é dia de trabalho do papai, mas Henry ... - saiu da linha telefônica e correu pela casa toda, a fim de procurar o irmão - não, ele deve ter saído com a gangue dos marmanjos lá.

Beverly riu.

- Até daqui a pouco Lottie !

- Te espero, Bev.

                                             [...]

- Ding Dong - a campainha tocou. Era uma raridade ela funcionar assim tão bem, já que faziam três meses que algum dos amigos de Henry havia feito ela parar de funcionar.

Charlotte, com uma toalha na cabeça saiu correndo para atender.

- Oi Bev ... Belch ? O que foi ? - Ela pareceu surpresa.

- Henry pediu pra pegar um pouco de água pra ele e pro Victor. Com licença - entrou na casa como se fosse a dele - tá assim toda emperiquetada por que ?

Charlotte bufou.

- Hoje a noite é o baile - os menino começou a abrir todos os armários da cozinha procurando copos - terceiro da direita.

- Calma ! Eu conheço essa casa mais do que você - abriu o armário desejado e, com seu jeito desngonçado quase fez um três dos copos cair - ah é, hoje tem baile ! Você sabe que só os losers da cidade vão.

- Idiota ! - Pensou para consigo mesma. - É, mas eu já estou indo embora, e quero fazer o máximo de coisas possíveis aqui.

- Preciso ir, tchau ! - Fechou a porta bruscamente e entrou no carro.

- Sinceramente ? Não entendo o porquê de você sentir tanto ódio dela, ela parece ser gentil, Henry - Belch tocou na ferida do menino.

- Ela é egoísta e mandona, e você sabe muito bem o que eu penso de garotas egoístas e mandonas, né ? Mulheres no comando são o câncer da nação, elas devem se submeter, só isso ! Devem ser mandadas ! Mas parece que a cada dia que passa meu pai vai para o time dela.

                                           [...]

- Finalmente você chegou, Bev !

- Estou tão ansiosa !

- Então vamos começar o nosso "dia das meninas"- as duas subiram ao quarto em que compartilhava com Henry.

- Uau ! Nunca vim aqui ! - Beverly começou a perambular pelo cômodo, reparando em cada detalhe. Era engraçado como o quarto era cuidadosamente separado ao meio.

De um lado bagunçado como um furacão, com meias, cuecas e roupas jogadas no chão. A roupa de cama estava totalmente embolada e, a fronha do colchão nem sequer estava onde deveria estar. Já do outro um colchão fino com roupas de cama brancas como uma nuvem e alinhadas dava sensação de equilíbrio. Uma arara repleta de vestidos, do mais simples até o mais glamouroso também fazia parte da decoração.

- E aí? Por onde começamos ? - Charlotte desviou a atenção de Beverly.

- Que tal pelas unhas ?

- Perfeito !

A Extraordinária História de Charlotte Bowers (PRIMEIRA VERSÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora