𝗔𝘀 𝗣𝗲𝗱𝗿𝗲𝗶𝗿𝗮𝘀 (𝗣𝗮𝗿𝘁 𝟭)

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𝐒𝐞𝐠𝐮𝐧𝐝𝐚-𝐟𝐞𝐢𝐫𝐚, 𝟎𝟒 𝐝𝐞 𝐉𝐮𝐧𝐡𝐨 𝐝𝐞 𝟏𝟗𝟖𝟗

- Estou atrasada ! - A menina disse para si mesma quando acordou nove horas da manhã. Para ela, isso era tarde, já que acordava todos os dias seis da manhã em ponto. Em seguida, levantou, lavou o rosto e escovou os dentes. O sol havia nascido diferente naquele dia, estava mais alegre, assim como o coração da britânica. Era um dia diferente, hoje o seu verão começaria.

Pegou uma mochila, colocou seus óculos escuros, seu protetor solar e saiu de casa, sem nem mesmo tomar café da manhã por conta da ansiedade.

[...]

- EI ! - A menina gritou, vendo todos os meninos, inclusive Beverly, na pedreira - COMO EU DESÇO ?

- É só pular ! - Ben gritou, respondendo a menina.

Então, ela pulou, com um pouco de medo, mas pulou. Sentia que, longe de sua mãe estava vivendo a vida intensamente, sentia que Londres havia sido uma gaiola a sua vida toda. Se sentia um pouco mal por estar se divertindo tanto sabendo que a solidão dançava em apartamento. Pássaros criados em gaiolas pensam que voar é um doença, e, era assim que Charlotte se sentia após descobrir que havia asas.

Os sete meninos se divertiram demais, a tarde toda. Nadaram e brincaram de diversas coisas. Era assim que a vida deveria ser vivida, era assim que todos os verões de todas as pessoas deveriam se passar, até que, todos se cansaram e decidiram descansar em algumas pedras.

As duas meninas se deitaram, uma do lado da outra, de alguma forma tinha uma ligação imensa.  Até que de repente a britânica ouviu um barulho familiar: o  carro de Belch ! A não tinha nada contra ele, mas sabia que era mais um idiota da gangue do seu irmão, então se escondeu atrás de uma grande pedra que estava ali. O resto do grupo de crianças não entendeu muito bem o que estava acontecendo, até o veículo parar na frente deles.

- Cadê a minha irmã ? Preciso ter uma conversinha com ela. - Henry disse, procurando a menina no meio do grupo. - Eu sei que você está aqui, Lottiezinha, não precisa se esconder, já ouvi a sua voz sua otária !

A britânica percebeu que de um jeito ou de outro o irmão descobriria onde ela estava, então saiu de trás de pedra, com raiva da humilhação que estava passando na frente dos seus amigos.

- Quem você pensa que é, Henry? Você não manda em mim ! Não vai ficar me controlando o verão inteiro ! - Ela gritou, descontando toda a sua raiva.

Então, de repente Henry Bowers puxou o braço da sua irmã, violentamente, tentando levá-la para o carro do amigo. Victor apenas observava tudo dando risadinhas e, Belch olhava para frente, com um olhar perdido, tentando ignorar tudo o que estava acontecendo e se segurando para não fazer justiça. Era um menino bom, de fato, mas o destino o fez o vilão de história. Ele já estava cansado disso, mas não sabia como sair daquilo tudo, a Bowers gang havia se tornado uma espécie de prisão e, Belch Huggings sabia disso.

A raiva de Charlotte foi maior que a força do irmão, que deu um chute nele, o mais forte que pôde.

- AÍ * ! VOCÊ NÃO PASSA DE UMA *, CHARLOTTE! MEU PAI VAI AMAR SABER QUE VOCÊ TEM ANDADO COM UM BANDO DE GAROTOS. - O menino disse, gritando na cara da irmã, mostrando "quem mandava" e dando um soco na boca da mesma.

Uma lágrima escorreu no liso rosto da britânica, agora vermelho, por conta do soco. A menina olhou para o chão e sentou em uma das pedras onde os losers estavam.

A Extraordinária História de Charlotte Bowers (PRIMEIRA VERSÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora