O velório da Virgem Noiva

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São José dos Pinhais, 1928. Dois compadres muito engraçados iam a todos os velórios para distrair parentes e amigos dos finados. Certo dia faleceu uma moça de idade, muito séria e moralista. Durante o velório, um dos compadres cochichou com o outro: será que era virgem mesmo? Por volta da meia-noite, o homem foi acometido por uma dor de barriga e foi até um bosque próximo. Quando voltava, viu a noiva toda de branco, que disse: ainda duvida de mim? Assustado, o compadre correu para a casa e disse ao amigo: não devemos brincar com quem já morreu.
Na antiga estrada que dava acesso a Jaguariaíva, havia um trecho embaixo da serra que diziam ser mal assombrado depois que anoitecia. Certo dia, um senhor foi pescar e, ao voltar altas horas da noite, recebeu um tapa no rosto quando abria o portão. Bate outra vez, disse o homem, que levou outro tabefe. Na quarta vez o agressor se materializou e falou: Embaixo da tronqueira do portão existe um pote de moedas de ouro enterrado! Tire que é teu. Ao tirar a tronqueira, lá estava o pote. Dizem que dali em diante sumiu a assombração do local, pois a alma penada se salvou.

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