thirty one

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Harry nos guia até a entrada do consultório da doutora Angelina e eu sinto o meu coração ainda mais acelerado, algo que eu achava que não era possível, mas é. Durante esses meses, Angelina está fazendo de tudo por mim. Ela é incrível, foi ela que acompanhou a gestação do Harry, segundo Anne, e agora está me ajudando muito, tendo total atenção em tudo, me orientando, acalmando e o mais importante: me dando dicas e mais dicas que serão totalmente necessárias daqui a quatro meses quando eu finalmente ter o meu bebê comigo.

Confesso que está sendo tudo mais divertido agora. Eu sinto o bebê se mexendo e sinto alguns chutes um pouco agressivos, mas nada que eu não suporte, na verdade, eu gosto dessa sensação de sentir cada movimento, cada chute..tudo. No início da gestação, logo quando eu vim ao consultório pela primeira vez e pude ouvir o coração do bebê, foi quando realmente caiu a ficha pra mim porque até então, parecia tudo irreal. E hoje é um dia mais que especial, é o dia que eu mais esperei. Saber o sexo do bebê.

Eu sempre falei que gostaria de uma menininha, mas a verdade é que não importa o que seja, irei amar do mesmo jeito. Já me peguei imaginando se for uma menina, como o Harry irá agir, com certeza ele teria muitos ciúmes e iria mimar muito. Se for menino, ele também irá sentir ciúmes e mimar muito, ou seja, isso não importa.

— Linda, eu estava pensando...— Harry diz enquanto nós nos sentamos a espera de Angelina. — Você não acha melhor você ficar de vez lá em casa? Sabe, seria melhor pra você e para o bebê, sem contar que eu iria está por perto sempre.

— Não sei, H.

— A gente pode conversar sobre isso depois, mas eu acho que no momento é o melhor a se fazer. E eu vou poder ficar ao seu lado o dia todo. — ele deixa um beijo em meus lábios e sorri em seguida. — e da Gamora e do Tobby.

Tobby!

Tobby é o mais novo amigo da Gamora. Harry e eu o encontramos sozinho em frente ao estúdio e decidimos o pegar para completar a família, ele é um poodle marrom e ainda é um bebê. Gamora gostou da companhia dele e nós também.

— Eu vou pensar, tudo bem? — sorrio — Prometo.

Olívia Payne.

A voz de Angelina ecoa em meus ouvidos e Harry e eu nos levantamos, indo até a porta da sua sala. A mulher alta de cabelos escuros tinha um sorriso gigante nos lábios e eu logo o retribui.

— Vejo que alguém cresceu bastante nas últimas semanas, não é? — ela brinca e fecha a porta. — Como está o coração, Olívia?

— A probabilidade dele está quase saindo pela boca é muito alta, Angel.

— Sim, sei que sim. E você, meu querido?

— Hã..eu? — Harry a olha um pouco perdido

— Já sei a resposta, tenho certeza que você está pior que ela. — gargalha. — Como sempre.

— Eu só estou ansioso. — Harry diz pateticamente e doutora Angelina cai na gargalhada.

— Ah Harry, eu sei que não é só isso. Sei que seu coração também está na boca e sei que está tendo um treco.

— É, eu estou. — ele pausa. — Olívia,você não ouviu isso.

Tá.

— Vamos logo começar. — Angel diz e eu sinto um gel gelado na minha barriga.

Todos sabem que a mãe ama mais que qualquer outro ser, que seu amor é incondicional e que não existe nada igual nesse mundo. Toda mãe é dona do amor mais inexplicável do mundo. Um amor que não se explica, que se aceita e ama. Quando nasce uma criança, nasce também uma mãe e assim nasce um amor infinito que, muitas vezes, chega a sufocar, de tão grande que é, mas é amor, amor puro. Eu não sabia o que era isso até uns meses atrás, mas posso jurar que agora que sei, entendo que é a melhor sensação do mundo e me sinto a mulher mais feliz do mundo.

Agora eu sei que tudo que Anne me falou aquele dia é verdade, sei que ninguém subestime isso, sei que é inexplicável e sei que também é a paz, sim. Quando tia Anne me falou que um filho é a paz, eu fiquei totalmente perdida, porque um filho pra mim até então seria tudo, menos paz. Mas agora compreendo, é a paz porque nos faz se sentir bem, nos completa.

Eu estou completa.

É estranho falar assim e parecer tão meloso e até bobo,eu também achava isso,eu vivia de achismos até sentir e entender.

— Por que você está chorando? — Harry pergunta baixinho. — Se acalma, amor.

— Porque esse é um momento especial. Olívia agora sente muitas coisas que são inexplicáveis, Harry. Assim como você também sente. — Angelina responde por mim e um pequeno soluço escapa dos meus lábios ao ouvir o coração do bebê batendo.

O meu coração fora de mim.

— Nossa, tem alguém eufórico hoje. — Angel brinca

— Liv, meu Deus, olha isso! — Harry diz enquanto aperta sua mão na minha. — Está ainda mais alto que da última vez.

— Sim, está. — digo em um sussurro e sorrio grande.

— Vocês já pensaram em nomes? — Angel pergunta.

— Não. — falamos em uníssono.

Angelina continua mexendo para lá e para cá, me deixando ainda mais nervosa e sem mão, já que Harry está colocando a força do mundo todo nela.

— Você está machucando a minha mão... — sussurro.

— Desculpe, desculpe! Eu estou nervoso, Liv

Mais uma vez, para lá e para cá. Eu quero gritar.

— Bom, então agora vocês vão ter que pensar... Já pensaram em Alison, Taylor...— ela diz

São nomes unissex, que merda

— Por favor, Angel, diz logo! — suplico

— São nomes legais, não é? — ela sorri

— Doutora... — choramingo

— Preparados?

Harry e eu concordamos rapidamente com a cabeça.

É um menino! Vocês estão esperando por um menininho, gigante inclusive!

Meu Deus!

Olho para Harry que tem um sorriso na cara e que agora chorava silenciosamente.

— Vocês são pais de um menino!

Porra! Harry exclama alto e se levanta. — É um menino, linda, um menininho!

— Sim, o nosso menino. — sorrio me levantando e beijando os lábios de Harry

— Eu vou ensinar ele a tocar violão e piano...e vou ajudar ele em-

— Sim,você vai! — digo rindo em
meio ao choro por sua euforia

Somos pais de menino.

Olívia • harry styles Onde as histórias ganham vida. Descobre agora