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Ella era uma péssima curiosa, e logo se cansou de tentar desvendar enigmas sozinha. Voltou ate o quadro e confrontou a velha Matilda:

- Afinal de contas, que é que você acha que ele fez pra estar vivo ate agora?

- Eu sabia! Você esta enlouquecendo a menina! - Nastácia reclamou.

- Não é que eu esteja reclamando. - Ella continuou para Matilda, sem ligar muito para Nastácia do lado. - Eu amo meu avô, ele é o melhor, e seja lá o tonico que ele toma para ficar bem e forte, eu aprovo. Mas... O que é?

Matilda porem, estava sorrindo, muito satisfeita:

- Você faz as perguntas certas, para as pessoas erradas, querida. Por que nunca perguntou a ele?

Ella coçou a nuca:

- Nunca liguei pra isso. Não importa como, o importante é que ele esta vivo.

- Se não é importante para você, por que quer tanto saber?

Ella já estava farta daquilo, fechou a cara:

- Vai me contar ou ficar rodeando com perguntas?

Matilda deu risada, se divertindo:

- Mas você já sabe, garotinha! La no fundo, você sabe.

E não importava quantas vezes Ella perguntava, ou de quantos modos Ella tentava tirar uma resposta, era somente ate ali que ela chegava. Ella não contou para Draco sobre aquilo, pois algo dentro dela sentia que ela realmente sabia, e algo dentro dela gritava que se ela realmente soubesse, era um tipo de segredo que se leva ate o tumulo. Decidiu então que ficaria quieta sobre isso, e assim se foi quase um meses.

Draco e Ella fizeram daquela casa um lugar bom para viverem, e Brutus, mais animado agora que tinha dois amos para servir, fazia tudo com mais vigor, e ate mesmo foi para a cidade, aonde arrumou varias roupas para Draco e Ella. Ella tinha uma sensação que Brutus tinha roubado a maioria delas, mas depois de ter passado um ano na estrada com Harry, Hermione e Rony, e ela mesma ter roubado comida muitas vezes, decidiu que faria vista grossa para isso.

Brutus dizia que as coisas estavam ficando cada vez mais tensas. Caçadores eram cada vez mais vistos andando por ai, agarrando pessoas na rua e levando-as para o Ministério, rostos machucados eram agora comuns, e desaparecimentos era parte da rotina. Brutus contava que via mais e mais cartazes de procurados, e como de esperado, Draco não demorou nem dois dias para se juntar a eles. Seu rosto pálido em preto e branco estava estampado em folhas de procurado, com seu nome em caixa alta e espalhado por todo o lugar. Draco nem queria pensar no que tinha acontecido com seus pais quando os outros Comensais perceberam que Draco fugiu.

O tempo foi passando naquela casa, e Ella começou a gostar muito do lugar. Luna vinha os visitar vez ou outra, garantir que tudo estava bem, Brutus sempre iria a buscar perto do Chalé das Conchas e a levava ate a casa. Ella ficava imensamente feliz quando a amiga vinha a visitar, mas tinha que admitir que agora que se sentia melhor, sua vontade de sair de casa era grande.

Teria sua chance.

Era de noite, Ella e Draco estavam deitados na cama juntos, conversando, mas logo algo chamou a atenção de Draco. Na mesinha de cabeceira do lado de Ella, algo estava com uma cor diferente. Ele se esticou para ver, chamando a atenção de Ella e a fazendo prestar atenção também. A moeda da Armada de Dumbledore brilhava levemente.

- A Moeda! - Ella agarra, se sentando rapidamente e lendo. - Hogwarts. Draco, a guerra começou!

- Eles estão em Hogwarts. - Draco olha. - O Lorde vai atacar Hogwarts... É claro que vai, Harry deve ter voltado lá por algum motivo... - Ele olhou melhor. - Espera, a moeda esta mudando de Hogwarts para os Tres Vassouras.

Merlin - Draco Malfoy Onde as histórias ganham vida. Descobre agora