Capítulo 95

1.5K 159 71
                                    

A agulha na pele de Seokjin não machucava como o homem pensou que aconteceria. O som da máquina levando tinta a sua derme também não era algo horrível como imagina e após vários minutos, a leve dor se tornava algo quase gostoso, como se sempre pudesse voltar para fazer outras tatuagens, talvez por isso Namjoon fosse cheio delas.

— Ah, você está tão sexy — comentou Jungkook após olhar a tatuagem na coxa do namorado. — Não vejo a hora de distribuir vários beijinhos por esse símbolo da Enfermagem.

— Não pode — falou o tatuador. Namjoon estalou a língua. — Só em uma semana...

— Tudo bem, senhor tatuador — Jeon falou, sentindo-se envergonhado pelo homem tê-lo escutado. — Era só brincadeira...

— Entendi, mas ainda assim quis falar.

Seokjin soltou um som irritado com o tatuador pela forma como falava com Jungkook, mas o homem fingiu não se importar com os olhares raivosos em sua direção. Mentalmente, o enfermeiro pensou que se fosse fazer alguma outra tatuagem, nunca mais voltaria naquele local.

Após tudo pago, não demorou para seguirem para o lado de fora do estúdio, porém foram impedidos de saírem, pelo menos por uns minutos e antes de perguntarem ao segurança o que estava acontecendo, viram Yugyeom indo até o tatuador. Kim retornou após falar algo com o dono do local.

— Cara escroto, homofóbico do caralho — Yugyeom reclamou, vendo o trisal arregalar os olhos quase em conjunto. — Ele vazou que você estava aqui, 'tá cheio de paparazzis lá fora.

— Que merda! — reclamou o loiro, suspirando alto. — O que faremos agora?

— Vamos ter que sair assim mesmo. — Yugyeom bufou. — Quase meti a porrada nele. Vocês nunca mais voltem aqui, hein?!

Os três mais velhos concordaram, por mais que estivessem desanimados que tivessem que enfrentar uma multidão de paparazzis. E foi isso o que aconteceu quando saíram do estúdio.

Vários braços e cliques chegavam aos olhos dos namorados, que permaneceram de mãos dadas, deixando Yugyeom abrir espaço, empurrado a todos que estavam atrapalhando a passagem até o carro.

— Mas que merda, pisaram no meu pé — reclamou Namjoon, bufando irritado. — Gente chata!

— Um porre. Eles não têm outros gays famosos para perseguir? — Seokjin perguntou, apoiando a cabeça no assento do carro. — Uma bobagem isso...

— Eu também acho — comentou Jeon, passando a língua no lábio inferior. — Mas meio que já me acostumei... Me desculpem por isso.

— Ah, baby... A gente não se importa — Namjoon garantiu, brincando com os fios da nuca do namorado. — É que depois de anos, eles ainda são chatos...

— Mas, também... depois da revelação, né? — Seokjin ponderou. — Devem ainda ficar por mais um tempo.

Há cerca de um mês, fotos de Jungkook beijando Seokjin saíram na imprensa e mesmo não afetando a empresa, Jeon resolveu sair a público — após conversar com os namorados e o pai —, e explicou a natureza da sua relação com o enfermeiro e o escritor. Foi um pandemônio e as coisas ainda não estavam calmas, porém a revelação acabou unindo ainda mais o trisal, se é que algo daquele gênero era possível. Desde que tudo foi descoberto, estavam morando juntos na cobertura.

— O importante é que estamos juntos — concluiu Namjoon, sorrindo. — Mas eu estou um pouco cansado. Tem certeza que querem ir nesse jogo de beisebol?

— Ah, eu também não 'tô muito afim — comentou Seokjin, suspirando alto. — Eu nem sei como são as regras desse troço.

Jungkook arregalou os olhos e olhou para frente, porém Yugyeom não escutou a conversa ou se escutou, resolveu fingir que nada ouviu e não fitou Jeon pelo retrovisor. Porém, a face assustada do rapaz chamou atenção dos namorados.

It's definitely youWhere stories live. Discover now