Do céu ao inferno.

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Narrador P.O.V – manhã de domingo, casa de Bianca, Botafogo.

As mulheres saíram às pressas do Deck Beach Bar. Rafaella (para Bianca, a Lorena) insistiu e pagou a conta inteira, o que fez Bianca resistir no começo, pois os números não eram baixos, mas acabou cedendo porque a mais alta sabia muito bem ser persuasiva.

Dentro do Uber, Bianca pairava a sua mão sobre a perna esquerda da mineira – mas ambas evitavam contato visual. A carioca percebia o olhar da mais alta sobre si de canto de olho, mas manteve-se com o foco nas ruas do Rio de Janeiro, agora já banhadas pelos primeiros raios de sol da manhã. Sabia que se olhasse diretamente para Lorena, perderia o controle ali mesmo.

Bianca certificou-se que a sua colega de apartamento, Mariana, não estava em casa – a mulher conseguiu finalmente o que queria (uma noite com Gustavo) e isso a fez sorrir. Estava feliz pela amiga mas, especialmente, estava aliviada por ter o seu apartamento livre àquela manhã. Avisou para a amiga não voltar à casa pelo menos até às 14h.

A carioca mal teve tempo de trancar a porta do apartamento quando a mulher mais alta colou os seus corpos numa ânsia por tê-la de uma vez. As duas andavam pela sala tirando as peças de suas roupas e jogando-as ao chão, alternando entre beijos, passos desconcertados e gemidos abafados.

Bianca deitou as costas no sofá e puxou a mulher mais alta em cima de si, que por sua vez posicionou as pernas em volta da sua cintura. Sem mais delongas, a mineira deslizou as mãos pelo corpo escultural da morena. Desceu beijos quentes por toda extensão do pescoço, deslizando os dentes na pele alva. Podia ouvir Bianca gemer entre dentes, e isso foi o suficiente para sentir uma onda de calor subir entre as suas pernas. Rafaella afastou-se de Bianca por segundos, para admirar seu corpo: a morena vestia um conjunto de lingerie preta de renda, e o bojo do sutiã realçava ainda mais os seus seios fartos. "Meu deus...", Rafaella pensou, ainda atordoada pela imagem estonteante que pairava embaixo de seu corpo.

Com a experiência e agilidade que tinha nas mãos, Bianca quebrou o entrave de olhares e retirou a calcinha branca de lingerie da mineira e sorriu em deleite quando sentiu a umidade da mulher tocar o seu ventre. Rafaella arfou com o contato do seu sexo molhado na barriga da morena, e tomou os lábios já inchados da menor para si, enquanto rebolava sobre o corpo que tanto desejou a noite inteira.

Bianca, sentindo a sede perturbadora por ter logo a mineira por completo, inverteu as suas posições e deitou Rafaella, empurrando-a gentilmente para o encosto do sofá, onde pôde ter mais abertura para realizar o que estava ansiando há horas.

— Posso? — a carioca perguntou num sussurro enquanto distribuía mordidinhas pela barriga lisa.

— P-pode... — Rafaella resumiu-se a responder, apertando seus lábios no braço, numa tentativa de abafar o desejo que sentia.

Bianca sorriu com malícia para ela, desfez o contato visual e desceu sorrateiramente beijos molhados sobre as coxas da mais alta, que em resposta arqueou o corpo um pouco para cima. Gentilmente a carioca posicionou uma perna de Rafaella sobre o seu ombro e mordeu a parte interna da coxa esquerda da sua amante, ao perceber o quão entregue ela estava.

Tão molhada... — Bianca arrastou a voz rouca de tesão e tomou o sexo de Rafaella para si, onde passou a língua calmamente por toda a extensão, desde o ponto de maior excitação até o centro da intimidade. Saboreava sem pressa, sentindo o gosto da mulher em sua boca. "É como estar no céu", Bianca pensou, extremamente excitada, enquanto chupava Rafaella sem pudores.

Rafaella gemeu alto em resposta ao toque da língua de Bianca no seu sexo, esquecendo-se quem era, onde estava e principalmente a vergonha que costumava ter ao transar pela primeira vez com alguém. Com a carioca, definitivamente, não havia pudores.

Sinestesia | RabiaWhere stories live. Discover now