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3 de maio de 2020.
Itália, Veneza.

JORGE

Depois de tudo o que aconteceu comigo e com a Tini, preferi me afastar dela, já que as coisas poderiam piorar a eu sabia que melhorar não iam.

Estou morando na Suécia há 6 anos, só fui até Buenos Aires para tentar explicar as coisas mas foi em vão.

Eu e minha esposa iríamos procurar uma casa na Itália, país onde ela nasceu e eu não queria a tirar de lá, durante esse tempo ela estava com os seus pais eu ia todo fim de semana para Veneza e agora buscaríamos uma casa juntos.

Deixei com que ela resolvesse tudo, já que tinha um contato de uma corretora fantástica, mas nem perguntei o nome, apenas fui.

─ Amor, não acredito que depois de quase sete anos vamos morar juntos. ─ ela disse saltitante de alegria.

Por um lado, eu me sentia o ser humano mais horrível do mundo por tudo o que eu a fiz até hoje.

─ Pois é, minha princesa. ─ segurei sua mão.

Chegamos ao condomínio onde haviam casas à venda, e casas já ocupadas. O lugar era calmo, perfeito, do jeito que eu sempre gostei.
A moça que iria nos mostrar a casa estava de costas, provável que abrindo a porta, então saí do carro, abri a porta para minha esposa e retirei os óculos.

Fiquei estático por um minuto ao ver quem era a mulher em nossa frente. Martina. Engoli a seco, tentando manter a postura e minha esposa já toda alegre e simpática como era, a cumprimentou.

─ Essa é a nossa casa ideal! ─ minha esposa falava animada.

A todo momento, eu não sabia como reagir com Martina em minha frente, droga. Saímos do cômodo e fechamos o negócio, iríamos nos mudar amanhã mesmo.

─ Sr. e Sra. Blanco, fizeram uma ótima compra. ─ Martina falou entre os dentes.

─ Você me trouxe um sonho. Obrigada, de verdade.

─ Imagina, não fiz mais do que meu trabalho. ─ suas palavras foram doces.

─ Então Senhorita Stoessel, meu número está na ficha, quando liberarem a casa, me ligue que viremos imediatamente.

─ Meu número também está aí, caso ela não atenda na primeira, me ligue ou ligue para a casa. ─ falei colocando as mãos no bolso.

─ Sra. Blanco, provavelmente às 14h00m estará livre.

─ Que isso, me chame de Lodovica. Ou apenas de Lodo.

Senti uma porrada dentro de mim, agora as duas teriam contato. Martina me olhou como quem me fuzilava, logo nos despedimos e fomos para casa.

Quando chegamos, Lodovica foi para o telefone ligar para sua mãe e eu para Ruggero.

─ E aí, viado. ─ ele falou do outro lado.

─ Você não faz ideia do que aconteceu hoje.

─ Já chegou na Itália?

─ Já, e tive surpresas.

─ Quais?

─ Sabe a corretora que a Lodo disse que encontrou, e que era a melhor da cidade?

─ Hm... Sei. O que tem?

─ Era a Martina.

Ele começou a gargalhar.

─ Imaginei que fosse ela.

─ Você sabia? Por que não me contou?

─ Poderia ser qualquer uma, não imaginei que poderia ser exatamente ela.

Bufei. Após mais cinco minutos, desliguei o celular e não parei de pensar um segundo sobre o ocorrido. Me senti como na adolescência ao ver o grande amor da minha vida.

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Acho que peguei vocês de surpresa colocando a Lodo como esposa do Jorge. KKKKKKKKKKKKKKK

A Stephie era muito clichê, é bom mudar e eu sempre shippei a Lodo e o Jorge. q

Boa leitura. ❤

Una "gran" mentira. || Jortini. [EM REVISÃO] Where stories live. Discover now